calma! #30 com Pedro Quintanilha
Pedro Quintanilha é empresário, business hacker, fundador do Mentalidade Empreendedora, bacharel em administração e marketing, pós graduado em marketing e design digital pela ESPM e consultor em gestão empresarial e marketing digital.
ao longo dos anos ele vem contribuindo com empresários e gestores de negócios, os auxiliando a projetar suas vidas, desenvolver e acelerar o crescimento de seus negócios com táticas de vendas online.
ele e sua empresa, Mentalidade Empreendedora, já ajudaram milhares de empresários a cumprirem seus objetivos em negócios por meio de seus produtos e programas educacionais.
Pedro também foi um dos 10 GVs (Geração de Valor) selecionados para receber mentoria do Flávio Augusto, fundador do curso de inglês Wise Up e empreendedor serial. além disso fez parte do time de execução do projeto do GV Cast, podcast que atingiu mais de 15 milhões de pessoas em sua primeira temporada.
redes sociais do Pedro:
LIVROS CITADOS
- Wikinomics – Don Tapscott, Anthony D. Wil
- Para que Estou na Terra? Uma Vida com Propósitos – Rick Warren
- O mensageiro milionário – Brendon Burchard
- Trabalhe 4 horas por semana – Timothy Ferriss
PESSOAS CITADAS
- Tim Ferriss
- Gustavo Mota
- William Douglas
- Ramit Sethi
- Marcos Eduardo
- Naval Ravikant
- Rick Warren
- Brendon Burchard
- Flávio Augusto
LINKS IMPORTANTES
- Mentoria Makers
- Mentalidade Empreendedora
- Revolução da Recorrência
- Business Hacker
- Ramit Sethi on Persuasion and Turning a Blog Into a Multi-Million-Dollar Business
- Flávio Augusto – Os 3 Elementos Básicos do Empreendedorismo
- Podcast Mentalidade Empreendedora
FRASES E CITAÇÕES
- “Paciência com ações e impaciência com resultados” – Naval Ravikant
- “Seu destino pode mudar, basta mudar sua mente” – Pedro Quintanilha
se você curtir o podcast vai lá no Apple Podcasts / Spotify e deixa uma avaliação, pleaaaase? leva menos de 60 segundos e realmente faz a diferença na hora trazer convidados mais difíceis.
Henrique de Moraes – Fala Pedro, cara seja muito bem vindo ao calma!, obrigado aí cara por ter topado participar, por ter sido bem generoso aí com seu tempo, sei que é difícil então seja bem-vindo, espero que a gente consiga levar e trazer bastante valor aí para a galera.
Pedro Quintanilha – Boa, isso aí, tô calmo tô de boa
Henrique de Moraes – Bom você falar cara, porque você é um cara agitado, bem acelerado, como é que tá isso hoje em dia?
Pedro Quintanilha – Depois que a gente tem filho algumas coisas mudam, e eu tô mais pra mais lucros e menos estresse, é o que a gente tem feito hoje mas eu continuo acelerado mas sabendo que tudo tem seu tempo né, a gente vai amadurecendo né, vai crescendo e vai amadurecendo.
Henrique de Moraes – Sim, é engraçado, eu vou mexer aqui na estrutura toda das perguntas que eu tinha colocado e eu vou fazer uma pergunta aqui que é bem desconectada com tudo mas eu não sei se é coisa de algoritmo mas eu te sigo lá no Instagram e em algumas redes, a gente já trabalhou junto, e eu lembro do seu ritmo e eu tenho a sensação de que você deu uma diminuída no ritmo, no pace então assim, você diminuiu de fato, como é que tá isso cara?
Pedro Quintanilha – Cara então, é isso que eu tô te falando né, a gente vem, a gente continua a cada ano dobrando o tamanho do nosso negócio né então assim eu não posso dizer que eu diminuí o ritmo porque a gente tá crescendo, a gente segue crescendo, sacou?
Henrique de Moraes – Só tá mais tranquilo né
Pedro Quintanilha – Exatamente cara, eu acho que quem mudou fui eu, entendeu? Eu que mudei sabe?
Henrique de Moraes – Tá mais seguro né, menos ansioso com as coisas
Pedro Quintanilha – É, quando a gente sai da zona da sobrevivência cara, a gente começa a olhar de outra forma sabe porque assim, vou te falar uma coisa que eu falo pouco isso né mas como esse papo nosso é um papo mais informal né, mais abertão assim, eu comecei um negócio que não tinha nada né, eu não tinha dinheiro nenhum cara, tá ligado? Eu vim de uma família de comerciantes que suava pra poder pagar e vivia endividado então tipo assim, graças a Deus eu tive acesso à várias coisas que a maioria das pessoas, se a gente for olhar pro nível Brasil, não tem, educação particular e coisas desse tipo mas era aquilo, nunca passei necessidade, de não ter comida em casa nem nada disso né graças a Deus sabe, mas eu nunca tive um negócio de, não tinha luxo né cara, então vivia naquele limbo da classe média, você almeja coisas, você é o cara que tá na sala com um monte de gente muito bem de vida mas você tá ali abaixo da linha, entendeu?
Henrique de Moraes – Conheço bem essa sensação
Pedro Quintanilha – Isso mexia comigo, talvez esse afã, essa coisa que eu tinha assim muito forte do começo, que me fez romper rápido pra crescer mais, era isso, esse apetite de quem quer sobreviver, tá ligado? Acho que esse é o lance
Henrique de Moraes – E cara assim, aproveitando essa sua fala, você trouxe seus pais e a estrutura familiar e essa coisa de crescer olhando, porque eu passei pela mesma coisa, minha família tinha tudo, no sentido de não faltar nada, não poder reclamar, eu sempre estudei em escola particulares também, boas escolas, meus pais sempre lutaram por descontos por ter três filhos, e colocaram a gente pra estudar em boas escolas, sempre lutando ali pra pagar aquela mensalidade, e é isso, a gente cresce observando a luta dos pais, vendo a luta por sobrevivência, e vendo outras realidades também à nossa volta e eu acho que isso dá um, desperta alguma coisa de fato na gente, e eu queria entender assim o quanto você, olhando de fora hoje né, porque tem essa coisa da gente conectar os pontos olhando para trás né, você na posição que você tá hoje né, de estar mais tranquilo, estar mais seguro eu acho, acho que a segurança é uma palavra importante né, como que você acha que ver essa luta dos seus pais influenciou em tudo que você fez, você lembra de alguma sensação ou de algum pensamento nesse período de construção que ficasse muito latente?
Pedro Quintanilha – Cara eu lembro de uma fala da minha mãe, que me desmotivava a empreender, engraçado né o cara começa começa um negócio com a mãe martelando na cabeça, minha mãe falava “Eu não quero filho roçando umbigo atrás de balcão de loja” então assim, era o que me fazia de certa forma procurar uma carreira, inicialmente minha busca foi por uma carreira, uma carreira dita “segura”, considerar um concurso, considerar ser um executivo numa multinacional né então tipo era almejar isso né, mas a verdade mesmo era que eu não queria nada disso cara, eu queria outra coisa, queria liberdade tá ligado, quando eu olhava pras coisas eu queria me conectar por projetos né, por isso que me interessei por consultoria, então foi ver isso, ver essas possibilidades, e a luta financeira dos meus pais foi um negócio que me motivou bastante cara, te falar que ver e não querer passar por aquilo, porque é uma coisa já resolvida né, bem resolvida em mim, eu falo com tranquilidade mas a primeira vez que eu falei isso eu chorei muito, eu fiquei uma época né quando meus pais tinham um valor em dívidas, e eu só consegui ficar numa boa, isso há alguns anos atrás, quando eu consegui acumular e guardar aquele valor que eles tinham em dívidas, uma parada bizarra tá ligado? Porque é um trauma bizarro então assim, faz parte, tem coisas que movem né, são dores que acabam movendo a gente pra frente
Henrique de Moraes – Sim, com certeza. Essas coisas acabam sendo um drive bem forte né cara, não tem como não ser, é engraçado porque no meu caso os meus pais, depois quando eu tava entrando na vida adulta, a qualidade de vida deles melhorou sabe, eles fizeram boas escolhas né felizmente, que deram uma boa folga para eles, não ficaram mais tão com a corda no pescoço e hoje em dia tem uma vida até confortável, mas eu lembro muito também assim que eu ficava com essa coisa muito forte assim tipo, “Cara não quero passar por isso”, tem até a coisa dos filhos né, de falar “Meus filhos não vão passar por isso”, e você bota uma meta na sua cabeça muito louca, mas você falou sobre um ponto ali que eu tinha separado até uma pergunta sobre isso, que é a liberdade né, acho que todo mundo que vai para o lado do empreendedorismo busca isso de certa forma, só que quem não é empreendedor, quem não tem a cabeça de empreendedor, acho que entende isso da maneira errada, e eu queria até entender um pouco da sua cabeça do que que é liberdade, porque eu tô falando isso? Porque no final das contas a vida de empreendedor muitas vezes é mais difícil do que do empregado, especialmente se você tem um emprego público, qualquer coisa nesse sentido, cara é uma loucura, eu lembro da época que a gente trabalhou junto no projeto, em que a gente quase virou algumas noites né para fazer aquele lançamento do William Douglas, então é uma correria, uma loucura, e você agora tá nesse momento mais seguro mas eu sei que você viveu isso intensamente durante anos e anos e anos errando ali, criando novos negócios, novos modelos, quando você se viu no meio desse turbilhão, você pensando assim “Quero ser consultor porque eu quero ter liberdade”e aí você começou a empreender e isso virou um caos, como é que foi? Você entende isso como liberdade ou uma hora deu um bug na sua cabeça cara?
Pedro Quintanilha – Então, qual que é parada né, o que me morreu pro digital foi um desejo de um projeto que eu tinha, um projeto pessoal que eu tinha né e aí eu queria, esse projeto incluía uma parte de morar fora e tal e eu precisava juntar uma grana pra isso e eu tinha uma crença de que as coisas iam acontecer na minha vida após eu participar dessa parada, tá ligado? Tinha essa parada na minha cabeça
Henrique de Moraes – A gente pode saber qual é essa parada ou é segredo?
Pedro Quintanilha – Pode saber, mas é porque é uma questão mais relacionada à minha fé, um negócio que às vezes não faz muita diferença pra quem tá ouvindo a não ser que o cara esteja 100% conectado comigo mas enfim, era uma questão relacionada à minha fé, uma questão de algo que eu almejava, e aí isso me moveu para o mercado digital, porque essa possibilidade né de você trabalhar de qualquer lugar do mundo era uma coisa que me chamou atenção, e na possibilidade de você gerar valor e a partir daquilo que você tem conhecimento, a partir do que você tiver né, que não necessariamente precisa ser um produto, produto também mas não necessariamente né, ou seja, uma barreira de entrada mais baixa, um custo mais baixo da começar, você começa com aquilo que você aprendeu e eu sempre gostei muito de estudar, mergulhar nas coisas né, e aí essas coisas foram fechando na minha cabeça e cara, de fato quando tudo que você começa a se romper a arrebentação é meio desafiador entendeu então assim, eu não vejo como pior não sabe, às vezes se pinta essa figura de que o empreendedor vai ralar muito, cara na boa pra mim ralar muito não é virar uma, duas, três, dez noites, para mim ralar muito é você viver numa merda de vida entendeu, e para mim ralar muito é você ter que entrar às 8h, sair às 18h e às vezes nesse espaço de tempo você não tem o que fazer muitas vezes, ralar muito é o que acontecia comigo, é o tédio né, você ser obrigado a ter que parar aquilo que você tá fazendo porque deu a hora, isso para mim é ralar muito então assim, eu de verdade cara não consigo enxergar, com todos os sacrifícios necessários do processo e que fazem parte, eu não consigo enxergar como pior em hipótese alguma, tá ligado? Se eu tivesse que escolher 10 vezes eu acredito que eu faria, óbvio que no meio do caminho eu faria várias diferentes, mas eu escolheria construir o meu próprio negócio
Henrique de Moraes – É, acho que é isso, quem tem essa cabeça de empreender cara é diferente assim, não tem jeito, você tá muito mais focado na construção mesmo então assim, não importa a quantidade de esforço que você faz porque você sabe que no final das contas o resultado é seu né, então esse é um ponto diferente né de quando você rala ali de 8h às 18h que seja ou seja lá qual for sua carga de trabalho que você tá construindo para outra pessoa no final das contas né, tá construindo lá um muro para alguém, então isso faz diferença mesmo.
Pedro Quintanilha – Tem um ponto aí sobre esse negócio de construir para outra pessoa né, eu vejo assim que a gente é remunerado pelos riscos que a gente topa correr, então qual que é a minha visão tá, quando o cara topa comprar essa franquia do mercado de trabalho, porque isso é uma franquia né, você compra,você compra ela como? Trocando sua hora por um salário, então assi, eu não vejo que o cara tá construindo pra outra pessoa, não enxergo nessa ótica, eu enxergo assim, que o cara topou assumir menos risco e ter outra pessoa pagando pra ele por aquele tempo que ele escolheu vender, entendeu? Então no final do dia, a minha visão é que todos nós somos empreendedores em algum nível, desde a mãe que cuida do filho em casa, que escolheu isso, ser dona de casa, algo nobre e que pouco se fala, principalmente nesse mundo que a gente tá hoje né de empoderamento, é algo absolutamente nobre a mãe que se dedica a criar seus filhos e a cuidar da sua família e dar um destino pra uma criança, até o cara que escolheu concurso público, não existe demérito, acho que cada um tá empreendendo na sua vida, cada um tá empreendendo, e para mim esse é um olhar que me traz tranquilidade entendeu, falo assim “Cara ele escolheu, a gente é livre pra escolher”
Henrique de Moraes – Sim, totalmente. É isso assim, o que eu quis dizer com essa construção no final das contas é porque, é lógico que posso estar generalizando muito mas no final das contas essa disposição que a pessoa que tá construindo pra si, que sabe que tem essa construção maior, que tem alguma coisa maior, essa disposição para virar a noite enfim, fazer o que tiver que fazer né, assumir muito mais risco, estresse e tudo mais, é porque a pessoa tá focada nesse lugar ali enquanto a pessoa que trabalha de carteira assinada ou qualquer coisa nesse sentido. muitas vezes ela não tem essa disposição para dar porque ela sabe que ela tá trocando a hora para salário, então não tem essa sensação de construção, essa que é a questão principal no final das contas, e aí acaba talvez não tendo essa disposição toda mas cara, vamos falar um pouco aqui da sua experiência né, aliás vamos voltar um pouquinho assim, se você estivesse num bar e muito barulhento, se alguém te perguntasse o que você faz e você tivesse que explicar rápido para não ficar rouco para a palestra do dia seguinte, como que você falaria, como você explicaria?
Pedro Quintanilha – Normalmente eu falo assim, depende de quem, depende de pra quem eu tô me apresentando, dependendo de quem eu falo assim “Cara sou agente secreto”
Henrique de Moraes – “E não me enche o saco”
Pedro Quintanilha – Eu falo assim cara, que eu ajudo pessoas a transformarem o seu conhecimento, a sua influência ou a sua paixão em receita recorrente, construindo um negócio com mais lucros e menos estresse, isso é o meu papel, essa é a minha função, isso é o que eu faço a partir do meu negócio, dos meus produtos.
Henrique de Moraes – Maravilha, esse pitch agora que vocês acabaram de ouvir, isso é fruto de anos trabalhando porque eu ouvi vários podcasts e ele não tava tão redondo assim e porra, até agora falei “Cara, vou contratar esse maluco”
Pedro Quintanilha – A gente vai melhorando né cara, tem que melhorar
Henrique de Moraes – Caraca, lapidou bem, ficou sensacional, muito bom
Pedro Quintanilha – Só pra deixar um adendo aí, a gente como empresa é uma consultoria, a gente trabalha especificamente com produtos de assinatura, e aí vão desde memberships, sites de membros, portais por assinatura, comunidades online, então a gente trabalha com toda essa área de assinatura e atende empresários que desejam iniciar produtos de assinatura, seja pra produto físico, produto digital, a gente escolheu esse segmento pra trabalhar e tem toda uma cadeia de produtos que atende desde o cara que tá começando até o cara que já está num estágio mais avançado, já tem um negócio consolidado e crescendo e quer desenvolver mais, então esse é o conceito do nosso negócio.
Henrique de Moraes – Boa, vamos fazer uma simulação aqui, vamos supor que eu sou um empreendedor solo, mas tenho minha audiência e quero trabalhar contigo, como é que a pessoa faz, qual o primeiro passo que ela tem que dar? Ela tem que aplicar em algum lugar? Fala aí pra galera que estiver ouvindo
Pedro Quintanilha – O primeiro passo é a mentoria, é o passo principal do programa, o programa de mentoria que se chama mentoriamakers.com.br, o nome da minha empresa é Mentalidade Empreendedora e aí a pessoa conhece nosso programa e a partir dele ela pode entrar, aderir direto à esse programa a partir de um processo de seleção, caso ela não esteja pronta pro programa de mentoria a gente direciona ela pra outros programas, então a gente trabalha dentro dessa perspectiva.
Henrique de Moraes – Show. Cara eu ouvi aí sua trajetória, e eu sei que você teve algumas tentativas aí de negócio que não foram muito bem sucedidas, e que te levaram pro sucesso atual, você tem algum fracasso favorito? Desses que você passou, algum que você acha qye tenha sido o principal pra te dar um aprendizado pro futuro, por exemplo?
Pedro Quintanilha – O Busque Certo. Foi um classificado online que eu trabalhei e como que foi a parada? Eu comecei como um “estagiário”, ganhava 700 pratas pra poder aprender, basicamente isso, foi minha segunda ação dentro desse ambiente digital, e aí eu aprendia, estudava e implementava nesse projeto, empreendedor, cara mais velho, mexia com caminhão, tinha um portal lá de caminhões chamado Portal dos Pesados, e aí ele começou um classificado, inicialmente de carros usados, depois seguiu pra imóveis, depois abriu pra um guia local, então foi expandindo e aí foi um produto digital sendo expandido dentro dessas áreas, se a gente fosse chamar tecnicamente, tipo um ZAP Imóveis sabe, esses classificados, dentro desse lugar, acho que existem ainda, são agregadores de conteúdo online. E esse projeto cara, eu trabalhei, a proposta que ele tinha me feito era assim, “6 meses você vai fazer isso, vai ser meu estagiário, depois do sexto mês como estagiário eu vou parar de te pagar e se você quiser você vai ganhar 1% do negócio a cada mês”, eu topei e aí fechei um acordo com ele porque é o seguinte, eu precisava sobreviver, eu já me sustentava, já era casado quando aconteceu isso, casei com 23 então era novo e aí eu fiz um negócio com ele, eu falei “Beleza mas vamos fazer o seguinte, o que eu vender de anúncio, você deixa de comissão pra mim, anúncios diretos, se for numa empresa e vender, e também se eu fechar algum projeto, um serviço ou alguma coisa pra alguma empresa, consultiva ou qualquer coisa desse tipo, isso é meu, meu negócio. É uma contrapartida, não vai te onerar em nada, você não tem interesse de consultoria, de nada disso, tudo bem assim?”, tudo bem, fechou, acordamos isso e beleza. Aí o que eu comecei a fazer, eu comecei a todo mês ganhar 1%, eu topei, e pra me sustentar eu fazia isso, eu vendia classificados, eu já tinha tido uma experiência antes com venda de classificados online, um outro projeto, que se chama Guia Forte, inclusive acho que existe aqui nessa região ainda, que é um cara que hoje inclusive é meu cliente, o dono desse classificado que eu trabalhei é cliente nosso e esse aí também foi engraçado porque não foi um fracasso, já vou te contar o fracasso, vou só te contar um passo dessa história antes. Esse classificado foi assim, eu tava querendo casar, e aí construir casa aquele negócio né, e aí eu trabalhava na Prefeitura aqui da cidade, a produtividade lá no ápice e aí eu falei “Preciso casar e não tem como, tô aqui no teto, ganho esse salariozinho que me pagam”, e esse amigo meu me ligou porque eu tinha feito um site de compras coletivas antes que não tinha dado certo e ele era o cara que eu tinha chamado, que eu tinha conversado pra fazer a parada, aí ele me ligou pra oferecer um trabalho pro meu cunhado, “Cara tem um negócio aqui pra vender um classificado”, eu falei “Mas que negócio é esse?”, aí ele “Não cara, isso não é pra você não, você tem faculdade”, ficou meio, trabalho de vendedor, desmerecido “Isso não é pra você”, eu falei “Que não é pra mim o que, me fala o que é tô precisando ganhar dinheiro, quero casar, maior doideira aqui, construir, me ajuda aí”, aí ele “Não, beleza” e aí me fez a proposta, e qual foi a proposta? Ele falou assim “Isso aqui é um classificado, custa R$80 por ano, se você for num empresário que eu te indicar e você fechar o contrato, você vai ganhar R$ 30 e eu ganho R$50, ele falando isso para mim, e se você for por você mesmo você ganha R$50 e eu R$30, aí eu virei pra ele e falei assim “Tô rico”, aí ele riu de mim, aí beleza peguei e comecei a vender, em 10 dias eu dobrei o salário que eu ganhava na prefeitura, porque ele me mandava em um cara e eu ia em 10, e eu tinha uma meta de todo dia uma venda, não vou voltar pra casa sem uma venda, eu tinha uma Biz velhinha, aí eu ia por Cabo Frio, botava blusa de gola pra aparentar ser mais formal, aí depois eu comprei um iPad, aí já estava casado, pra poder dar aquela apresentada, mais credibilidade. E aí eu fui e esse projeto me abriu essa possibilidade porque esse cara que era um empreendedor, que tinha esse negócio de empresário ele soube que eu vendia bem, era um cara desenrolado e aí ele me fez essa proposta pra ser estagiário dele, abrir mão dessa parada, rolou umas tretinhas aí com esse maluco, e aí depois abri mão e beleza, entrei nessa parada do Busque Certo, cara foi meu MBA, foram 24 meses que eu trabalhei ganhando 1%
Henrique de Moraes – E dava pra pagar alguma coisa com esse 1%?
Pedro Quintanilha – Essa que é a parte boa, a parte engraçada, engraçada hoje né, eu fiz um exit cara, isso aí é bom pra contar em palestra, tem muito cara de startup que o pessoal fica aí batendo palma que fez esse tipo de exit
Henrique de Moraes – Se tem, cara
Pedro Quintanilha – E aí o exit foi o seguinte, eu recebi depois de 24 meses trabalhando, 30 parcelas de R$500
Henrique de Moraes – E recebeu as 30?
Pedro Quintanilha – Recebi sim
Henrique de Moraes – Pelo menos isso, um dinheirinho né cara, dá para pagar um mercado
Pedro Quintanilha – Ah dava
Henrique de Moraes – Muito bom, depois dessa venda da sua parte, do seu share da sociedade beleza, já tem mais uma pra conta, mais uma experiência
Pedro Quintanilha – E foi no meio desse tempo aí que eu descobri o uso de produtos
Henrique de Moraes – Boa, e você tá há quanto tempo trabalhando com digital?
Pedro Quintanilha – Então, eu descobri o compras coletivas foi em 2010, então isso me fez abrir meus olhos pra uma possibilidade de fazer na minha cidade, foi esse o impulso inicial
Henrique de Moraes – Mas quando você começou a compra coletiva você ainda não sabia, não sacava nada né, foi a partir daí que você começou a estudar, certo?
Pedro Quintanilha – Quando não deu certo esse negócio, botei o site no ar lá com esse comigo e tal, “Ah porque não vira”, “O que que é?”, um monte de coisa que você tem que fazer entendeu, eu achava que era, era igual a galera que você vê chegando novo no mercado de infoproduto né, que o cara acha “Não, bota o cursinho na internet aí que vai vender e ganhar milhões”, “Fulano tá fazendo milhões”, todo mundo que o cara vê tá fazendo milhões, e aí “Como é que é esse negócio, bota o produto aí, faz uns 3 vídeos que vai vender esse negócio”
Henrique de Moraes – A quem você atribui essa responsabilidade/culpa da galera ficar com essa falsa impressão, é da própria galera que é enganada?
Pedro Quintanilha – É o ser humano, o ser humano tá sempre comparando o bastidor dele com o palco do outro né, eu não atribuo à ninguém não, eu atribuo isso à nossa essência idiota de achar que tudo vai ser fácil, entendeu? A querer sempre fazer milhões com pouco esforço, com pouco trabalho
Henrique de Moraes – A galera tá sempre buscando atalhos, não tem jeito
Pedro Quintanilha – Tipo esquema de pirâmide, nunca para entendeu? Não para, o negócio só brota e vai mudando, muda nome né? Muda uma empresa, depois outra, bitcoin, agora é a onde de bitcoin disfarçado, antes era ver vídeo na internet, rastreador, ovo de avestruz e por aí vai, tem de tudo, é a ganância do ser humano, acho que não tem atribuição à ninguém não
Henrique de Moraes – É, eu perguntei porque assim, eu lembro que teve uma época que rolou muito forte também essa propaganda, vamos colocar assim né, de que era fácil. A própria galera que estava tentando vender produto digital, tentando vender enfim, os programa deles lá de como fazer fórmula de lançamento e tudo mais, botava um pouco dessa expectativa de que seria fácil e tranquilo
Pedro Quintanilha – Mas cara, toda vez que você vai, quando você vai apresentar alguma coisa, você mostra os benefícios né
Henrique de Moraes – Sim, exatamente
Pedro Quintanilha – Você vai sair pra pegar alguém você vai fazer o que, vai com bafo? Vai fedorento? Não né cara
Henrique de Moraes – Ou pior, vai falar dele, “Olha eu passei Listerine mas normalmente tenho bafo”
Pedro Quintanilha – Então assim, a gente quando apresenta alguma coisa, faz parte do processo você apresentar os benefícios
Henrique de Moraes – Mas é engraçado cara, eu tava pensando sobre essa frase que você falou agora, das pessoas compararem os próprios bastidores com o palco dos outros né, e eu tava refletindo sobre isso pensando “Cara mas é muito louco” porque a internet tá se transformando num lugar onde na verdade tudo é palco né e assim, mesmo quem não tá vendendo nada, assim nada tipo “estou vendendo um produto aqui”, tá se vendendo ali né, tá se vendendo campeão, se vendendo maravilhoso, lindo, gostoso, enfim tudo isso, o corredor, o malhador, o trabalhador ou qualquer coisa e a partir do momento que tudo vira palco, quem é que é expectador da história? É muito louco isso cara porque a partir do momento que tá todo mundo no Instagram se vendendo ali, se mostrando foda, quem é que vai estar do outro lado, você tá fazendo isso pra quem?
Pedro Quintanilha – Mas isso aí é um pouco de, na minha ótica isso é um pouco na visão nossa de bolha porque se você olhar assim desde a, tem um livro chamado “Wikinomics” do maluco que criou a Wikipedia, que ele fala um negócios dos 85-10-5, que é 85% das pessoas são consumidoras, puramente consumidoras, 10% são replicadores ou editores, e aí falando até dos dados da própria Wikipedia né, ele trouxe isso e aí isso extrapola para internet, o uso da internet tá, então 10% é o cara que edita lá entendeu, e 5% é quem cria, então você tem 5% dos caras que estão realmente produzindo algo, colocando para fora algo, 10% replicando o que quem tá criando tá criando e 85% tá consumindo, esse é o ponto. Então cara a maioria das pessoas tá completamente aquém cara, o público que ouve esse podcast aqui é nata da nata, é o suprassumo, é o 1% da sociedade
Henrique de Moraes – A gente tende a realmente achar que tá todo mundo vivendo a mesma coisa porque a gente tá olhando pra pessoas que estão vivendo a mesma coisa que a gente porque a gente também tá ali querendo se espelhar em pessoas que fazem alguma coisa que a gente queira fazer, enfim tem toda essa questão, faz sentido. Cara, falando de digital agora assim, como você tá aí desde que tudo aqui era mato né, o que que você viu assim, principais mudanças? E aí pode ser de qualquer coisa, tanto de mentalidade como de coisas que funcionavam que não funcionam mais, ferramentas, pode navegar aí da maneira que você achar melhor, do que vier de repente e estiver mais latente na sua cabeça pelo menos
Pedro Quintanilha – Assim, mudanças que eu vejo é: hoje o supermercado ele exige uma profissionalização maior, tá mais difícil de começar, não que, tá mais difícil em relação ao quanto era fácil, entendeu? Continua mais fácil do que qualquer outro mercado, para começar entendeu, porque a barreira de entrada continua baixo né mas ela paulatinamente vai subindo e conforme o tempo vai passando, na verdade se a gente olhar é um pouco espelho do mercado americano, se a gente olhar hoje pro mercado hispânico por exemplo, eu tenho produtos hoje em língua hispânica e cara o mercado hispânico tá vivendo o boom dos produtos digitais hoje que a gente viveu aqui 2012, 2013 então eles estão hoje vivendo isso, então tá mais fácil de vender lá
Henrique de Moraes – E você aprendeu a falar espanhol?
Pedro Quintanilha – Eu não, licenciei meu produto e tenho uma pessoa que era da minha mentoria que fala lá, representa a gente
Henrique de Moraes – Já ia pedir pra você dar uma palinha aqui
Pedro Quintanilha – Eu falo o Portunhol do Narcos. E assim, o mercado americano por exemplo, ele vivia uma coisa que a gente vai começar a viver, isso é uma das principais mudanças que eu vejo, você vê por exemplo um acréscimo, incremento no preço do lead né, o custo de aquisição, de clientes aumentando e isso vai empurrando o mercado para necessidade de profissionalização, vai empurrando as pessoas a parar de pensar, vender um produto só, pra passar a vender mais produtos, vai empurrando e aí, nenhum jabá aqui ms já fazendo um jabá cara, vai empurrando as pessoas pra recorrência, naturalmente, o cara que pensava na venda única agora já não pode mais pensar na venda única porque a venda única já não banca o custo de aquisição dele, então ele necessita, ele se torna obrigado a vender recorrente pra crescer, pra lucrar, ele precisa de mais de 1 produto na esteira dele ou quando eu falei para você, você perguntou como que o cara entra, eu falei Mentoria Makers, beleza mas pra baixo o que eu tenho? Tenho Revolução da Recorrência, tenho a comunidade Business Hacker, pra cima o que eu tenho? Tenho Mentalidade Master, tenho consultoria, entende? Então tipo assim, você puxa essa profissionalização, o mercado começa a ser puxado pra necessidade de você encontrar formas de crescer não só mais trazendo mais cliente também, também mas entregando melhor, o cliente, as pessoas começam a, antes ninguém tinha contato nenhum com curso online, hoje se tornou comum e a partir do momento que se torna comum em prática, o cara começa a olhar para aquele curso online feito meia boca e ele fala “Pô isso aqui é ruim”, “Ah mas entrega transformação” beleza, transformação é importante, é o fator que vai fazer vender mas se não tiver preocupação com entrega, se não tiver uma preocupação em gerar valor na entrega do produto você vai ficar fadado a ir para baixo entendeu, é igual uma empresa dizer que o atendimento dela é de qualidade, entendeu? Cara é obrigação, atendimento de qualidade não é diferencial entendeu? “Eu tenho atendimento de qualidade”, cara é o mínimo que você pode fazer para atender alguém é ter qualidade entendeu então assim para mim essas são as principais mudanças assim né, é você realmente sair do lugar que era só mato, qual que é a questão do lugar que é só mato? Quem chega primeiro pega as melhores posições né, e vai assumindo aquelas posições e óbvio que as cartas são reembaralhadas, elas trocam, novos vão surgindo porque tem gente que se acomoda nesse caminho né, alguns surgem e somem porque não geraram valor ou sei lá, mudaram de ideia, mudaram de negócio, acontece isso muito no nosso mercado então assim, é o que eu vejo, falando de principais para mim esse é o cenário assim que demonstra essas mudanças né
Henrique de Moraes – Tem alguma das coisas que você aprendeu sei lá, no início, que ainda funciona até hoje, por exemplo?
Pedro Quintanilha – Cara, a base do marketing não muda nunca, então se a gente for olhar, tudo que a gente faz tá ali nos fundamentos, AIDA né, atenção, interesse, desejo e ação. “Ah vou fazer com 3 vídeos, com 5 vídeos, com 10 vídeos, com 15, com 2, com 1, isso aí é acessório, isso é processo, o que é o processo? O que faz o negócio acontecer? É atenção, interesse, desejo e ação, isso não muda, como os seres humanos funcionam né, a fuga da dor é a busca pelo prazer, é isso então se você apresenta uma proposta que traz ele para essa realidade onde ele vai fugir da dor e encontrar o prazer você vai ser bem sucedido. Resolver problemas reais, não muda. Às vezes eu vejo umas coisas estranhas nesse mercado, já vi assinatura de pintura de maçaneta de porta, eu tava lá no Canadá, maluquice real isso, uma mulher tinha 300 assinantes, 300 assinantes num membership de pintora de maçaneta de porta, um subnicho do artesanato entendeu? Decorar a maçaneta da porta da casa, essa é a parada, tipo um negócio ocupacional, e ela fez um evento ao vivo para 100 mulheres, isso é o que me deixou mais impressionado, um evento ao vivo de pintura de maçaneta de porta. Não desmerecendo isso mas cara é muito maluco
Henrique de Moraes – E assim, parando pra pensar nem deve ser o mais maluco, se tem tanta gente inscrita, imagina os que não tem.
Pedro Quintanilha – Tem um maluco que eu conheci da Inglaterra, que era um membership de pessoas que são corredores de motovelocidade, ele tem um grupo que paga mensalmente para ter acesso à uma comunidade fechada de corredores de motovelocidade que se reúnem para correr em autódromos ao redor do mundo, tipo um subnicho do subnicho né cara, um negócio surreal então assim, tem vários, vários programa interessantes e aí é onde algumas pessoas falam “Ah mas eu não tenho conhecimento, não posso criar meu programa de assinaturas” pode, certamente você tem alguma coisa aí que você vai conseguir transformar em algo por assinatura.
Henrique de Moraes – Cara e assim, quais os maiores erros que você vê a galera cometendo ainda? Especialmente gente que tá começando que te procura assim, o que você vê de mais comum?
Pedro Quintanilha – Cara um erro muito comum que eu vejo é a pessoa protelar de começar porque ela ainda não se sente pronta, é muito comum isso, a pessoa fica num ciclo vicioso de preparação mas não começa, ela fica ensaiando, ensaiando, ensaiando mas não se apresenta, entendeu? Então pra mim isso é um erro grave cara, e é um erro que eu cometi inclusive, eu cometi esse erro, para poder colocar meu primeiro produto no ar eu demorei muito. Eu tinha uma neurose cara, só pra você ver como é doido esse negócio que é assim, eu fiquei 1 ano estudando para fazer minha pós graduação, esse ano de 2013 que eu tava lá fazendo as paradas do Busque Certo eu ficava estudando para fazer a pós porque eu achava que a pós era muito avançada entendeu, olha que doideira fiquei um ano me preparando para me preparar, maluquice né, e aí eu fiz lá a pós na ESPM e tal, de marketing e design digital e assim vou te falar, boa parte da pós eu meio que dava aula, era bom porque trocava, com professor e tudo mais, mas da galera, tipo assim coisas que eram conceitos básicos mas porque eu tinha me preparado antes, foi legal mas cara é possível que isso tenha me privado de muita coisa, e esse 1 ano que eu demorei pra lançar também né
Henrique de Moraes – Esse eu acho que é o erro de fato mais comum assim em qualquer pessoa né, para empreender no geral assim, para vender especialmente né, as pessoas tem muito medo de vender então eu tava ouvindo inclusive hoje a entrevista, não sei se você conhece o Ramit Sethi, uma entrevista dele no Tim Ferriss de anos atrás, no início do podcast do Tim Ferriss, que ele fala isso, que ele levou três anos para vender o primeiro produto, o cara é um mestre
Pedro Quintanilha – Ele tem o Zero to Launch né?
Henrique de Moraes – Isso. Pois é, e aí o maluco demorou 3 anos fazendo post de blog porque ele não se sentia bem, quando ele vendeu o primeiro produto que ele vendeu ele vendeu por $5 que ele falou, foi um e-book e ele falou que ele pediu desculpas, ele falou “Desculpa porque assim eu sei que eu não costumo vender as coisas, que os meus textos são gratuitos mas eu tô precisando fazer esse aqui”, e ele falou que ainda assim depois que ele vendeu isso ele ainda levou anos para se acostumar a vender né, e esse é o ponto, que quanto antes você começa, lógico que tem que ter alguma preparação mas quanto antes você começa, o aprendizado na verdade começa a partir dali né, o aprendizado de fato começa na prática, então eu tava conversando com a minha esposa hoje, ela tava conversando comigo pedindo umas ajudas para saber o que fazia, ela tá trabalhando como motion designer, e ela queria trabalhar em algum estúdio de animação, mas ela falou que não se sente preparada, aí eu falei “Tá, então começa”, ela “Mas como assim?”, eu falei “Você vai, pega um estúdio de motion, de qualquer coisa de animação, fala “Olha, não tenho experiência nisso, tenho experiência nessa área aqui de animação e quero aprender”, e as pessoas vão te contratar sabendo que você quer aprender, e aí você vai aprender e se sentir preparada”, é essa o caminho, não tem jeito.
Pedro Quintanilha – Eu jogo boardgames, e aí tem uma regra que eles falam na comunidade mesmo de boardgame, entre os amigos também que é a seguinte, a melhor forma de aprender a jogar é jogando, você pode ver video tutorial, pode ler o manual, e normalmente os jogos que eu jogo são um tanto complexos e aí tipo assim você lê o manual, manual de 50, 100 páginas às vezes
Henrique de Moraes – É um livro
Pedro Quintanilha – Mas cara não tem jeito, não tem jeito, a melhor forma de aprender a jogar é jogando, e aí você senta na mesa e joga. E aí a primeira vez você vai errar, vai ter regra que você vai “Beleza, passei”, “Pô errei essa regra aqui galera, beleza na próxima a gente já ajusta ela”, aí “Ah vi isso aqui, como é que faz isso?”, “Vamos olhar o manual aqui, aí olha o manual e você faz assim” e aí vai, não tem jeito cara.
Henrique de Moraes – Tem aquela frase clássica né do nenhum plano de negócio sobrevive ao primeiro contato com o cliente e não tem jeito porque é um pouco como aquele ditado de mãe né que assim, às vezes você até sabe quais são as merdas que todo mundo comete, você sabe de alguém, você tem um mentor que falou “Não faz isso” e ainda assim você faz, erra e aí sim bate o estalo “Ih ele falou essa porra pra mim, me avisaram” então você tem que errar, não tem jeito faz parte do aprendizado. E cara, de ferramentas, você tem alguma ferramenta que você use hoje assim que seja muito relevante pro seu negócio, não sei se faz diferença ou não mas tem alguma que faça muita diferença para o negócio acontecer?
Pedro Quintanilha – Tem uma que tá começando a fazer diferença agora para nós, que a gente migrou recentemente, a gente utilizava Slack e mais um pra fazer as coisas, e a gente migrou pro Discord
Caraca segunda pessoa que fala isso, o Gustavo Mota, que inclusive foi o cara que falou assim “Cara chama o Pedrinho, chama o Pedrinho”, porque ele participou aqui também
Pedro Quintanilha – Ele não me falou nada dessa parada não, nem troquei ideia com ele
Henrique de Moraes – Ele falou comigo essa parada, que ele mudou e mudou a vida dele
Pedro Quintanilha – Cara, mudamos pro Discord e tá bom, tá maneiro, tá mais estruturado, mais organizado, tem sala com audio, sala com vídeo, prático e cara estamos curtindo e é uma ferramenta, agora que a gente é híbrido, mas já operamos por remoto, remote first, então a gente tem escritório e tudo mais mas eu decidi por exemplo nas manhãs ficar de casa, 100%, para ficar mais tempo com meu filho e tudo mais e o meu sócio ele decidiu ficar em casa para sempre
Henrique de Moraes – Quem é, o Dudu?
Pedro Quintanilha – É o Dudu, e ele agora tá só de casa, montou um escritório com um monte de tela e as doideiras dele, e aí ele tá lá fazendo as paradas e direto de casa e a galera agora da empresa está com opções né, então eles tem opções de trabalhar de onde eles se sentem mais produtivos, pra nós é mais jogo
Henrique de Moraes – Você tá com quantas pessoas no time hoje cara?
Pedro Quintanilha – 12
Henrique de Moraes – É uma galerinha, como é que você viu o seu papel mudando conforme a empresa ia crescendo porque assim, uma das dores mais difíceis que eu acho que até ouvi você falando sobre isso, sobre uma época em que você foi gargalo do próprio negócio porque você tava crescendo e não tinha como atender, e você tinha que fazer uma escolha, enfim, até queria falar sobre essas coisas mas como você viu seu papel mudando, porque delegar é difícil né especialmente para pessoas que são muito de botar a mão na massa, delegar e difícil porque você tem essa coisa de “Ah a pessoa não vai fazer que nem eu” e você quer estar em cima de tudo e não funciona desse jeito, você não vai conseguir andar se você quiser operar em tudo, quiser meter o bedelho em tudo né, como é que foi isso, como é que foi o seu papel e quais aprendizados você teve?
Pedro Quintanilha – A primeira coisa foi realizar que realmente não vai cara, o cara não vai fazer que nem eu entendeu, se ele fizesse que nem eu ela ia estar na minha posição, entendeu? Então assim, o desafio é achar caras técnicos especialistas que sejam melhores do que eu naquilo que é para aquela função mas se for falar de aspecto de busca de crescimento, as atribuições que eu fui acumulando, know-how que eu fui acumulando ao longo do tempo, realmente não dá, se você não ter consciência dessa parada e desencanar não rola, não vai conseguir delegar, entendeu? E aí o lance para mim de delegar é assim, é um processo de confiar e conferir, isso para mim que é o processo de delegação, você instrui, confia e confere, e aí no meu perfil de funcionar né eu mostro para o cara como deve ser feito, entendeu? Então por exemplo, tem duas pessoas hoje de vendas, como que eu treino os caras de vendas? Eu vendo, eu mostro pra eles, “Cara olha aqui, é assim”, tava dando treinamento de vendas pra galera num período aqui, aí beleza “Vamos lá olha aí, vamos ver essa pessoa aqui ó” aí eu peguei o Instagram assim, abrir e falei “Esse camarada aqui no Instagram, vou vender para ele”, assim, pros caras, e os caras “Caralho, maluco” aí eu fui lá, liguei, falei com o cara no direct, aí maravilha “Pô deixa eu falar pra você, te apresentar uma oportunidade e tal”, puxei, liguei pro cara no viva voz, no final passamos o cartão, matriculado num dos programas nossos, aí virei pra galera e falei “É assim”, sacou? Tipo “Como é que faz?”, “É assim que faz cara”, aí tipo, no exemplo né, não existe um outro jeito de se liderar, e obviamente o meu papel ele vem mudando, o papel numa busca mais estratégica, mas ele vai mudando do aspecto menos, coisas que outras pessoas podem fazer por mim, disparar email, algué pode fazer por mim, é caro eu parar para disparar um email entendeu?
Henrique de Moraes – Sim, esse é o ponto em que as pessoas erram né
Pedro Quintanilha – É caro. Editar um vídeo, é caro. Eu sou um cara caro pra ficar ali gastando meu tempo editando vídeo, esse é o ponto. Então ter essa consciência e aí começar a trabalhar esse aspecto vem primeiro dessa realização, amadurecimento e mentalidade e passa por ações práticas mesmo, de você saber que vai dar merda entendeu, também, vai dar, da mesma forma que a gente passa por desafios, passou antes por desafios, o teu colaborador, galera que tá ali com você, seu time, sua equipe ela vai passar também por desafios no processo, aí meu papel é muito mais de coach né, nesse sentido de coach tipo de futebol né, de basquete ali né, “Cara vai por aqui, vai por lá e tal”, e isso vai mudando, vai muito mais pra pessoas, gestão, vai ficando mais nessa direção e menos operação, máquina e coisas assim né.
Henrique de Moraes – Sim. A minha psicóloga, ela me falou uma vez sobre isso, eu tava conversando sobre essa parada de delegar, de algumas coisas que eu tenho mais dificuldade de abrir mão sabe e ela falou assim, “Como é que um professor de natação ensina uma pessoa a nadar? É dentro da piscina ou fora?”, aí eu falei “Fora”, ela falou “Pois é porque ela vai enxergar melhor o que tá acontecendo, se estiver lá dentro você não vai conseguir ver se ele tá fazendo certo ou não”, é um pouco difícil né, e tem uma coisa que um cara que eu me amarro que é o Naval Ravikant, que ele fala uma coisa que é engraçada, é muito difícil, não é uma coisa fácil de fazer, é simples mas difícil né, que ele fala que quando ele tava começando a carreira dele ele percebeu que ele perdia muito tempo fazendo coisas idiotas, e aí o que que ele fez? Ele falou “Cara vou botar uma hora absurda, minha hora custa $5000, isso é para mim não é para os outros, a galera tava pagando $100 a hora mas para mim a minha hora valia $5.000, porque? Porque toda vez que sei lá, chegou uma encomenda da Amazon errada, o que eu ia fazer, eu ia trabalhar ou ia devolver essa encomenda? Ah depende, custou menos de $5000? Então eu não vou devolver porque não vale a minha hora, sacou?” E ele falou que foi como ele conseguiu estabelecer prioridades né e é importante isso de fato porque a gente nem percebe
Pedro Quintanilha – Criou um critério pra mensurar isso, é verdade.
Henrique de Moraes – Pra mensurar, exatamente. Cara a gente falou ali dos principais erros que os empreendedores cometem mas eu queria entender de percepção de características agora, você já ajudou a modelar uma porrada de negócios, centenas de negócios provavelmente e você já com certeza pescou ali características que pessoas que tem uma sei lá, mais chances de dar certo né, que costumam performar melhor, que tem pontos em comum né, tem alguma coisa assim que você conseguiria destacar pras pessoas das suas mentorias, seus processos que deram mais certo?
Pedro Quintanilha – Tem muito, e tem um que é critério de desaprovação para mim, se o cara não for assim eu reprovo ele, ele pode querer me pagar 10 vezes mais, eu não acho aceito em hipótese alguma, eu reprovo solenemente, falo “Cara muito legal mas assim, não vai dar pra gente trabalhar junto cara”, “Não mas eu vou pagar o dobro”, “Cara beleza, muito obrigado, tamo junto, um grande abraço aí”, não aceito cara, sabe o que é? São pessoas que não são auto responsáveis, e tem um outro que é critério de desaprovação também no meu processo de mentoria na hora que eu faço a seleção dos mentorados, que é o cara não ser ensinável, não ser ensinável
Henrique de Moraes – Mas como é que você percebe?
Pedro Quintanilha – Ah eu tenho um jeito, tenho um jeito e posso te dizer qual é, só vai babar se alguém da sua galera aqui ouvir e aplicar pra mentoria o cara já vai
Henrique de Moraes – Já vai querer dar um migué
Pedro Quintanilha – Já vai querer e vai ferrar meu negócio, mas vou pensar uma forma de dizer sem dizer o que eu falo, senão vai me quebrar lá na hora de aprovar ou não o cara. Mas basicamente cara, pre você sacar se o cara é ensinável ou não, o que você precisa ver? É você ver se ele aceita uma instrução tá? Eu vou dividir, dane-se, então se alguém aplicar, beleza aí vai lá. É o seguinte, eu pergunto pro cara assim “Qual é o resultado que você espera alcançar? Aí o cara fala “Ah quero fazer 100 mil com a internet”, recorrente né, “Legal cara”, “Tem gente que fez isso?”, “Tem gente que fez isso, tem gente que faz mais de 1 milhão, meus clientes faturam grana, o negócio aqui não é brincadeira”, aí o cara vai lá e fala isso e eu falo assim “Tá bom cara, e se nesse processo de 6 meses ao invés da gente chegar aí nos seus 100 mil que você tá buscando, a gente chegar em 50 mil, o que você me diz?” Aí o cara ele para, pensa e pô o investimento pra mentoria é de 15 mil por semestre, à vista ou 18 mil em 3 vezes, no momento em que estamos gravando esse podcast, e aí quando o cara me fala assim “Cara tudo bem, por mim de boa, 50 mil já, tô investindo 15, tendo as instruções eu ainda faturar 50 mil pra mim é maravilhoso”, aí eu “Pá, esse cara é ensinável, esse cara aceita instrução”. Então quando o cara fala assim “Não, de jeito nenhum”, porque às vezes o cara quer meio que se vender entendeu, mas ele tá demonstrando quem ele é agindo assim, o cara fala “Não ainda mais com você que é fera e não sei o que lá, que pô arregaça, que todo mundo bomba, eu vou ser seu maior case, eu vou fazer mais de 100 mil”, aí eu falo “Esse cara é problema, maluco problema”, porque é problema? Porque o cara não aceita instrução, ele não aceita, na primeira que ele tomar uma porrada, aí duas coisas, ou ele na que acerta ele sai fora porque ele se acha o bom, se acho o cara, aí ele não atribui muitas vezes o valor ao programa e tudo mais “Não, isso aqui era ideia minha, porque não sei o que”, esses caras sacou? E aí ele sai fora ou ele vai ser o cara que vai bater lá e sei lá, fez 30 mil e falou “Não mas eu queria 100 e não sei o que, que porcaria”, “Pô você teve o dobro do resultado”, “Mas eu queria era 100” e aí acabou, esse cara ali na ligação eu já converso com ele e aí eu falo “Cara legal, interessante, mas não vai dar pra gente trabalhar junto tá bom?”, algumas pessoas ficam chateadas, eu busco sempre fazer de um jeito que fique ok, de uma forma amigável, na boa “Infelizmente está fora do que a gente busca em relação ao projeto e tal” e é isso, e se o cara me perguntar, eu falo, não tem essa parada não, você sabe né? Eu falo cara, “Beleza, você não é um cara ensinável porque eu não trabalho com gente assim”
Henrique de Moraes – E na parte da auto responsabilidade, como você consegue?
Pedro Quintanilha – Então, a auto responsabilidade é a seguinte, quando o cara às vezes quer usar a mentoria como tábua de salvação, “Ah porque isso aqui é o que vai fazer eu virar, e tal porque você vai fazer isso e tal”, aí eu tiro total isso e falo “Cara eu não vou fazer nada”, “Tá claro para você que eu não vou subir anúncio pra você, eu não vou fazer página, eu não vou…” tá ligado? Tudo que não, aí quando o cara é pouco responsável, ele fala “É mas aí então eu prefiro contratar uma agência que vai fazer por mim, que vai dar instrução”, aí eu falo “Cara vá com Deus”
Henrique de Moraes – Aí é esse maluco que chega na gente né? Eu vou aplicar pra mentoria e vou ficar vendo
Pedro Quintanilha – Pode aplicar, vai ser muito legal
Henrique de Moraes – Cara sabe qual é o pior de todos para mim, pelo menos porque assim, o cliente que chega lá, a gente não atende pra lançamento, esse tipo de infoproduto a gente não atende esse tipo de cliente, a gente atende mais marcas mesmo que vendem produto, especialmente e-commerce, esse tipo de coisa mas de vez em quando chegam uns malucos lá na agência né normal, maluco faz parte, e é a pior proposta, vamos ver se chega para você também, é tipo assim “Não, você vai me fazer vender 50 mil? Então vamos fazer o seguinte, quando eu vender eu te pago, a gente faz aqui parceria, é ganha ganha”, alguém falou ganha ganha perto de mim eu saio, é surreal.
Pedro Quintanilha – É um tipo de parceria essa aí que só dá certo se der errado, parceria que só dá certo se der errado é essa, é muito comum acontecer no mercado porque assim é o medroso né, na verdade o cara tá escondendo o cagaço dele atrás disso entendeu, cara se o cara não tem disposição para investir no negócio que ele diz que ele acredita, porque que eu vou ter que sair do que eu tô fazendo para investir no negócio dele? Maluquice isso, eu lembro de uma vez, num dos encontros meus né, do meu grupo premium de clientes, que um membro caiu nesse lugar aí entendeu, caiu nesse lugar de medo, e olha o que aconteceu né, como lá no grupo tem caras que tem negócios maiores, caras que investem em outros negócios, um desses membros do grupo tava nesse lugar de medo e a gente não sabia né mas ele tava com um produto lá que tava fazendo ROI 12, para quem não tá ligado ROI 12 é assim, você botar R$ 1 e tira R$ 12 do outro lado, basicamente é isso então assim, o produto convertendo bem né, era um produto que vendia bem, não vou obviamente expor nem o nicho nem nada aqui pra não expor a pessoa, mas o fato é que esse cara tava lá com esse tipo de produto tendo bastante resultado, só que ele tava com medo de investir mais, mas ele não queria dizer isso, e aí ele foi e fez uma apresentação no grupo meio apresentação pitch assim sabe? Mostrando e tal, e falando “Não e eu tô buscando aqui investidores” e assim, acontece isso de um cara investir num outro negócio, acaba rolando esses negócios mas não é essa a proposta do programa, a proposta do programa é o desenvolvimento, é a galera compartilhar o que tá fazendo, o que tá dando certo enfim, e aí o que aconteceu, esse maluco trouxe isso pra mesa e eu saquei, na hora eu saquei e falei “Cara é medo, tá com medo”, aí eu virei para ele e falei assim “Brother vem cá, você tem carro?”, aí ele “Tenho”, aí eu virei pra ele e falei assim “Cara você tá com produto de ROI 12, você tá procurando investidor né?”, “Tô”, “Porque você ainda não vendeu seu carro e botou nesse produto aí? Você tá com ROI 12 cara, você vai comprar 12 carros mês que vem”, sacou? Aí ele murchou, porque? Cara se você não tem coragem de botar o teu, porque você quer que eu bote o meu? Você não tem coragem de botar o teu, porque você vai botar de um investidor externo? Tá ligado? Essa que é a parada, então se o cara anda nesse lugar aí, cara não tem nem conversa, não tenho o que conversar com um cara desse entendeu, o cara vai cagar na hora de fazer, ele vai peidar e você vai perder seu dinheiro, não vale a pena.
Henrique de Moraes – Totalmente. Cara, eu não vou nem começar aqui porque senão fudeu, vamos fazer o seguinte cara, a gente algumas perguntas aqui do final de episódio que eu costumo fazer para todo mundo, e aí são perguntas mais rapidinhas pra gente conseguir fechar aqui e dar tempo dos seus compromissos aí pra eu também não tomar seu tempo pra caralho aqui, já tomei bastante inclusive. A primeira delas, me fala de 1 à 3 livros assim que influenciaram completamente a sua vida, que mudaram sua forma de enxergar o mundo, você tem?
Pedro Quintanilha – Cara, o principal de todos é a Bíblia, principal absoluto, é um livro que eu leio e releio, mas eu penso assim que a vida é muito curta para a gente reler livros né, eu tenho esse pensamento idiota e eu gosto sempre de ler novidades né mas um livro que eu leio e releio é a Bíblie e assim, se fosse recomendar de dentro dela são 66 livros né, já passou dos 3 aí mas eu vou falar outros tá, é um livro de provérbios que me ensina muito e modela muito como eu penso, busco não só ler mas estudar e buscar ali contexto sabe, tenho esse interesse e aí me ajuda muito essa forma né, formas de pensar assim, como funcionar, tá ligado? Outro livro que é um livro assim, aí falando agora de outros livros que me influenciaram e me inspiraram, tem um livro que se chama “Uma Vida com Propósito” do Rick Warren
Henrique de Moraes – Eu já ouvi falar
Pedro Quintanilha – É um livro muito legal, são 40 dias, você faz um compromisso no primeiro dia do livro assim, você confirma e lê ele, é até uma estratégia boa de retenção
Henrique de Moraes – Verdade
Pedro Quintanilha – Tem um amigo meu que odeia ler né, e o único livro que ele leu foi esse porque ele se comprometeu
Henrique de Moraes – Excelente, taí
Pedro Quintanilha – Foi lá, se comprometeu e aí leu, o cara tem compromisso com a palavra. E um outro livro é um que tá aqui em cima da minha mesa, inclusive eu tava olhando ele hoje aqui, “O mensageiro milionário” do Brendon Burchard, é um livro que me inspira e me influenciou bastante, e tem um outro que é o “Trabalhe 4 horas por semana” do Tim Ferriss, você até falou aí do Tim Ferriss, é um cara que eu admiro muito, e assim, acontece o inverso quando você lê o “Trabalhe 4 horas por semana”, doideira, então faz o efeito inverso e é um livro muito interessante, principalmente aqueles aspectos que ele fala de delegação, de você eliminar coisas, aquele processinho que ele traça, na verdade é um livro de produtividade né se gente fosse olhar né, como uma boa ideia, uma big idea forte né
Henrique de Moraes – Totalmente
Pedro Quintanilha – Então é isso né
Henrique de Moraes – Ele fala que esse título foi uma bênção e uma maldição, porque ele fala tipo assim “Cara todo mundo me fala “Não, mas você trabalha 4 horas por semana?”, “Não é esse o propósito, é como você eliminar ruído e tirar merda da frente e focar no que importa né”, esse é o ponto. Cara, você tem algum hábito que você implementou nos últimos anos, de qualquer vertente, que tenha feito seus dias melhores, te tornado mais produtivo, mais concentrado?
Pedro Quintanilha – Cara exercício, prática de exercício físico, e aí tem dois exercícios que eu tenho, um que eu tô descobrindo agora assim melhor um pouco mais, que já flertava com ele mas tinha um pouco de receio assim, e o outro que eu me apaixonei que foi a canoa havaiana, é um esporte que eu adotei assim e agora eu considero o meu esporte né, adoro canoa, remar de manhã e tudo mais é maravilhoso e o CrossFit cara, mas eu não sou daqueles evangelistas do CrossFit não, chatão do CrossFit, eu conheci à pouco tempo, apesar de ter o maior hype, apesar de que até já passou um pouco do hype mas o fato é que é um tipo de exercício que se adapta com meu perfil de personalidade, entendeu? Eu falei do negócio do projeto né, de rotina então assim, todo dia é uma coisa diferente então tem esse estímulo né
Henrique de Moraes – É, eu adora também cara o CrossFit, eu parei porque me mudei agora né mas eu acabei entrando num ritmo de vida muito frenético um tempo atrás e não consegui voltar mas é exatamente isso que você falou, não ter a rotina de fazer o mesmo exercício todo dia, tem a coisa do desafio pessoal ali cara que é genial e te faz para entrar numa pilha maluca e fora os movimentos que eu acho maravilhosos, movimentos de ginástica especialmente, acho muito maneiros, muito desafiadores né
Pedro Quintanilha – Vai treinando mobilidade né, eu tô bastante assim tanto quanto acima do peso né mas isso eu tenho conseguido resgatar movimentos né, eu patinava quando era menor, fazia patins street, ninguém sabe disso mas enfim, e aí ver alguns movimentos, algumas coisas assim que você vai voltando a fazer e vai adquirindo também né, negócio de ficar de cabeça para baixo é maneiro pra caraca
Henrique de Moraes – Muito bom. Cara para você o que é ser bem sucedido?
Pedro Quintanilha – Cara, acho que ser bem sucedido é você cumprir a tua missão, cumprir aquilo que você nasceu pra fazer, que você escolheu no meio do caminho também, pra mim sucesso é isso, sucesso é cumprir a missão.
Henrique de Moraes – Boa, e tem alguma coisa que te causa ansiedade hoje em dia?
Pedro Quintanilha – Cara, ansiedade em que sentido?
Henrique de Moraes – De tirar seu sono, de te deixar estressado. Nada? Que beleza, quero essa vida, vou entrar na sua mentoria amanhã
Pedro Quintanilha – Tem uma parada cara assim sei lá, tipo eu acho que essa parada assim, filho, criação de filho sabe, dá um pouco assim né, você não sabe o futuro e tal, como que vai ser, se você tá sendo um bom pai sabe, você não tem um termômetro, não tem um gabarito né pra isso então isso daí é uma coisa que me deixa às vezes encucado assim cara, como eu disciplino, e aí obviamente eu procuro ajuda nesses aspectos mas será que essa forma que eu to disciplinando é o jeito certo, é o jeito que vai fazer ele progredir e crescer, sabe? Eu tenho umas paradas assim mais relacionadas a isso, essa questão de quero mais filhos então tenho esse desejo de ter mais dois filhos, então uma coisa que me deixa assim é essa parada aí de será que tô fazendo do jeito certo né?
Henrique de Moraes – E nunca vai saber, esse é o problema
Pedro Quintanilha – É, você vai saber o resultado depois né
Henrique de Moraes – É, exatamente e mesmo assim acho que não tem jeito certo e errado cara, a gente só tenta ali não cometer alguns erros que a gente conhece, e a gente vai cometer o que a gente não conhece
Pedro Quintanilha – Não provocar trauma né, tem umas paradas assim, aí se protege demais é ruim né cara porque vira moleque de apartamento, se solta muito também, então acho que o que mais me deixa assim e é isso cara, no mais eu assim, tenho ficado muito tranquilo cara, muito calmo assim, aprendendo que cara, a gente depois que domina né assim, tem um amigo meu que tava falando aí “Vou passar por uma mudança e tudo mais” e aí um amigo meu tava falando né “Porque não sei o quê, você não tem uma garantia”, eu falei “Cara não tem garantia, não preciso de garantia, eu vendo online” até falei isso pro cara, sacou? Eu vendo online cara, dane-se sacou? “Ah mas se tudo acabar, se explodir?”, “Se não explodir a internet, eu vendo sacou?” Então assim, depois que você descobre que você tem o poder de gerar um recurso cara com teu esforço, acabou cara, você tá livre.
Henrique de Moraes – E você tem todos os pilares né cara, é o mais importante, é o que você desenvolve na prática né, você tem todos os recursos para vender qualquer coisa em qualquer lugar, você tá na internet porque enfim, é onde você vende hoje em dia sabe, mas no final das contas se surgir outra coisa ou se cai a internet, você vende, você sabe os princípios de marketing, sabe como gerar demanda, você sabe como resolver um problema enfim, são os first principles que a galera costuma falar né. E cara, por último aqui, se você pudesse falar com o Pedrinho de 10, 15 anos atrás, o que você falaria para ele ter mais calma?
Pedro Quintanilha – Então cara eu falaria assim: “Faz mais rápido tá, faz mais rápido e fica tranquilo que vai dar certo” eu falaria isso agora para o Pedrinho. Mas olha é bem possível que o Pedrinho de 10 anos, ele não ia ouvir não cara, talvez ele ouviria a parte do fazer mais rápido, isso eu acredito entendeu? Faz mais rápido
Henrique de Moraes – Eu sempre falo cara que o nome do podcast, eu tenho uma preocupação dele, tenho o mesmo problema do Tim Ferriss né de dar a sensação errada porque no final das contas o que eu quero, o que eu sempre falo é isso cara, é uma frase do Naval Ravikant, “Paciência com ações e impaciência com resultados”, tipo cara faz as coisas que você tem que fazer rápido, você não tá ficando mais novo, vai ficar cada vez mais difícil, meu irmão resolve as paradas mas cara, fica calmo com o resultado, se você estiver fazendo as coisas certas, estiver aprendendo, não cometendo os mesmos erros o resultado vem né, é um pouco disso. Sensacional cara. Última pergunta, só por curiosidade, quando você viu o video lá do Flávio Augusto em 2011, algum daqueles conceitos que ele fala mudou pra você?
Pedro Quintanilha – Visão, coragem e competência, foi o que ele falou no vídeo
Henrique de Moraes – Continua a mesma coisa, você acrescentaria alguma coisa?
Pedro Quintanilha – Visão, coragem e competência cara, aquilo ali abriu minha cabeça, um machado de viking no meio da minha cabeça. Visão, coragem e competência, não adianta cara é o fundamento, você ver o que outros não estão vendo ou o que você tá vendo mesmo, você vê e você anda sobre aquilo que viu, entendeu? É isso, esse é o passo, porque às vezes as pessoas ao seu redor não vão estar vendo, vão estar até desmerecendo o passo que você tá dando, entendeu? Cara a primeira vez que eu paguei mais de R$100.000 num programa premium né as pessoas ficaram malucas, entendeu? “Você é doido cara, R$100.000” tipo assim, é isso aí sacou?
Henrique de Moraes – E a pulseirinha aí
Pedro Quintanilha – Essa aqui? É minha, tá escrito “Seu destino pode mudar, basta mudar sua mente”, é a crença central da nossa empresa
Henrique de Moraes – Boa. Maravilha. Cara, Pedro obrigadaço pelo seu tempo cara, obrigado pelo bate-papo, foi sensacional, tem umas parada aí que a galera, hackzinho inclusive pra hackear o Pedro
Pedro Quintanilha – Ler a Bíblia, esse é o hack
Henrique de Moraes – Obrigado pelo seu tempo cara, obrigado por ter topado participar mais uma vez, se a galera quiser te encontrar fala aí onde é
Pedro Quintanilha – Cara, pra me encontrar o Instagram é melhor lugar, @phmquintanilha e todas as outras redes é o mesmo nick, então acaba achando
Henrique de Moraes – Nick? Voltou agora em 2008 sei lá
Pedro Quintanilha – Então em todas as mídias você vai achar assim e o podcast Mentalidade Empreendedora, é uma boa né, galera que ouve podcast saiba que quem ouve podcast são pessoas melhores né, você tá ligado nisso né? Pessoas melhores ouvem podcast, e aí eu tenho um podcast também que se chama Mentalidade Empreendedora, toda semana, toda terça 5 horas da tarde sai um episódio
Henrique de Moraes – Maravilha, a gente coloca os links das redes sociais e do podcast aqui, beleza?
Pedro Quintanilha – Show de bola
Henrique de Moraes – Então cara, obrigado mais uma vez e pô, a gente continua se falando
Pedro Quintanilha – Ah Henrique, para você se aplicar na mentoria, é mentoriamakers.com.br
Henrique de Moraes – Como é que é? Fala de novo
Pedro Quintanilha – Para você se aplicar lá na mentoria, mentoriamakers.com.br
Henrique de Moraes – Maravilha, fechado então cara
Pedro Quintanilha – Você já está pré-aprovado
Henrique de Moraes – Maravilha, agora fudeu cara porque a pergunta que corta a galera eu já tô ligado, tô dentro já
Pedro Quintanilha – Valeu cara, um abraço irmão
Henrique de Moraes – Abraço