o convidado de hoje é o Edwin Junior, atual vice-presidente da agência Avellar.

Edwin foi CMO da Domino’s Pizza no Brasil, cadeira que ocupou por quase 9 anos. quando ele assumiu o cargo, a Domino’s fazia parte do Grupo Trigo e tinha 43 lojas no Brasil. quando ele saiu, já era sócio da marca e deixou mais de 300 lojas espalhadas pelo país. um feito e tanto!

o bate-papo com o Edwin foi sensacional! falamos de paixões em comum, como a música, e como ela influenciou sua carreira. passamos também por momentos importantes de sua trajetória, além de curiosidades interessantes de sua vida pessoal e profissional.

redes sociais do Edwin:

espero que vocês curtam esse episódio tanto quanto eu!

LIVROS CITADOS
PESSOAS CITADAS
  • Rapha Avellar
  • Lenny Kravitz
  • Elton John
  • Bruce Springsteen
  • Kurt Cobain
  • Naval Ravikant
  • João Kléber
  • Rodrigo Munaretto
  • Boninho
  • Grazi Massafera
  • Gary Vaynerchuk
  • Adam Grant
  • Beethoven
  • Mozart
  • Yuval Harari
  • Mario Chady
  • Eduardo Ourivio
LINKS IMPORTANTES
FRASES E CITAÇÕES
  • “Impaciência com ações e paciência com resultados” – Naval Ravikant

se você curtir o podcast vai lá no Apple Podcasts / Spotify e deixa uma avaliação, pleaaaase? leva menos de 60 segundos e realmente faz a diferença na hora trazer convidados mais difíceis.

Henrique de Moraes – Fala Edwin, cara seja muitíssimo bem-vindo aqui ao calma!, queria começar já te agradecendo pelo seu tempo é claro, sei que é difícil encaixar esses compromissos na agenda então muito obrigado pela generosidade e também queria dizer que é um prazerzaço ter você por aqui, tô empolgado, cafeinado e pronto para o nosso bate-papo cara.

Edwin Junior – Obrigado Henrique, obrigado pelo convite, eu acompanho o seu podcast, tem muita coisa bacana e uma coisa que eu preciso na minha vida é calma porque eu sou um cara bem acelerado, então vamos entender como é que vai ser essa nossa história aqui hoje.

Henrique de Moraes – Maravilha. Eu criei esse nome inclusive porque eu acho que preciso um pouco de calma, é a minha busca pessoal, na verdade eu tento encontrar isso nos outros

Edwin Junior – É um mantra, é uma mantra

Henrique de Moraes – Exatamente. Mas vamos lá cara, eu queria começar te perguntando sobre uma paixão que a gente tem em comum, que é a música né, descobri que você é um, como você coloca né, músico frustrado. Eu não gosto desse termo porque eu acho que a música não frustra ninguém né, tem é claro o sonho que a gente deixa para trás mas cara, a música para mim pelo menos ela só tem impacto positivo e eu queria entender assim como que a música entrou na sua vida, se ela ainda é presente e como que ela influenciou até na sua vida pessoal e carreira, se você puder falar um pouquinho sobre esse assunto.

Edwin Junior – É um assunto que eu amo e você falou bem cara, eu nunca tinha pensado por esse lado né, na verdade não frustra ninguém, talvez frustre eu querer estar em cima de um palco o tempo todo tocando, aí tudo bem, aí tô frustrado mas em temos de música, é uma coisa que sempre agregou muito na minha vida. E assim, quando eu paro para pensar um pouco, eu já refleti algumas vezes sobre isso, de onde vem essa paixão pela música e o estilo de música que eu gosto, eu lembro nitidamente de quando eu era pequeno, lá pelos meus 6 anos, 7 anos, meu pai tinha uma vitrola em casa e eu lembro nitidamente do vinil dos Beatles que ele escutava, e aquilo ali ele escutava às vezes e tal mas meu pai nunca foi músico, ele não é um grande fã de música mas eu lembro exatamente daquele momento né que ele botava às vezes para escutar e assim, eu fui crescendo, ali na minha pré-adolescência e realmente quando comecei a curtir mais música, comecei a comprar muito CD, vinil nem tinha muito mais naquela época, no final da década de 80 e início de 90 mas me impactou muito, na casa de um amigo meu cara, eu morava em Portugal, onde você tá hoje né, então eu morava em Portugal quando era pequeno e eu lembro desse amigo meu me apresentando o CD do Nirvana, o Nevermind, e cara aquilo, eu olhei aquele bebê pelado na capa, falei “Cara que loucura é essa aqui?” e comecei a escutar e comecei a gostar mais desse tipo de som, e aí nisso cara fui crescendo ali, aí o Green Day chegando forte né no início da década de 90, o cd Dookie que eu estava até escutando essa semana de novo, é um estilo de banda que eu adoro também, gosto mais das antigas, hoje ficou meio down ali o negócio, gostava mais das antigas, e aí cara lá pra 94, 95, começou a me dar vontade de aprender a tocar, não só escutar, então nesse momento já tinham muito CDs de Rolling Stones, Beatles, Nirvana, Green Day como eu falei aqui, Lenny Kravitz, sempre gostei muito do Lenny Kravitz também, e aí comecei a querer aprender a tocar guitarra. Eu lembro que tinha um amigo da minha avó, que o cara ele dava aula de guitarra e aí eu falei “Pô quero aprender a tocar guitarra, mas queria talvez aprender a tocar violão primeiro”, aí o cara chegou para mim e falou assim, Roberto o nome dele, ele falou “Pô Edwin se você quer aprender a tocar guitarra, então cara esquece o violão e vai direto pra guitarra, vai ser mais fácil pra você e você vai ficar mais empolgado mais fácil”, e aí cara foi isso, eu fui lá e comprei uma guitarra, nesse momento eu tinha viajado pros Estados Unidos e minha primeira guitarra, olha que loucura, foi uma Gibson SG cara então assim cara, minha primeira guitarra já foi uma grande guitarra né, e depois comprei uma Fender e tal e comecei a tocar, final de 99 ali, 97, eu tava no pré-vestibular, vamos voltar um pouquinho, eu tinha me mudado, eu saí de onde eu morava e fui para outra casa aqui no Rio, e comecei a tocar guitarra ali, fazia algumas aulas e tal, arranhava alguma coisa de rock’n’roll. Eu nunca fui um cara muito de solar não, eu sempre fui muito de base, roqueiro mesmo e por aí vai porque eu acredito que não tenho grandes habilidades na mão pra fazer isso. E aí eu estava um dia cara, e eu gostava de tocar alto, eu tenho um amplificador Marshall e meu irmão, botava na altura e botava lá as músicas, tocava os covers todos e um dia nesse prédio novo que eu tava morando bateu na minha porta um cara que eu não conhecia, e falou “Pô tudo bom? Meu nome é Gil eu sou teu vizinho aqui de baixo” e eu achei que o cara ia reclamar do som né, e aí ele falou “Pô cara eu tenho uma banda e a gente está procurando um guitarrista, você quer entrar na banda?”, eu falei “Pô vamos lá”, nunca tinha tocado em banda, já tocava há uns 5, 6 anos guitarra mas nunca tinha tocado em banda, e aí ele me chamou e eu fui lá pra um estúdio em Vargem Grande aqui no Rio perto de onde eu moro hoje e lá eu comecei a ter uma paixão maior porque a gente começou a fazer algumas músicas próprias, comecei a ter esse clima de banda, a gente tocou em vários barzinhos, em várias casas de show aqui no Rio quando eu era menor, e aí eu tive que tomar uma decisão nesse momento da minha vida se eu ia seguir essa carreira ou se eu ia me dedicar a faculdade, vestibular porque tava num momento de fazer alguma coisa e os ensaios, como a galera já era um pouco mais velha que eu, o pessoal já trabalhava e eu tava na fase de estudo, os ensaios eram depois do trabalho então tipo começavam 11:30, meia noite e ia até 3, 4 da manhã e eu chegava no dia seguinte e tinha que ir pra escola estudar, então meus pais me chamaram e falaram “Cara, o que você quer da tua vida?”, e naquele momento eu me senti muito acuado e resolvi ir para o lado um pouco mais do estudo e aí a banda ficou como hobby, até hoje encontro com os cara e a gente troca, a banda existe mas não é a mesma formação e é isso cara. Então assim, isso é um pouco da minha carreira de músico, hoje em dia tenho uma filha de 4 anos, as músicas que eu mais toco hoje são as músicas do Bita, músicas de criança pra ela no violão, e nessa pandemia cara, depois a gente pode falar um pouco mais na frente, nessa pandemia uma das coisas que me acalmou e que eu fiquei mais concentrado e mais centrado foi aprender um novo instrumento, então eu comprei um teclado, sempre quis tocar piano sempre gostei muito cara de Elton John, de Coldplay tocando piano né, de Queen, e cara sempre gostei muito disso e nessa pandemia falei “Porque não?”, um dia entrei num site lá e comprei um tecladão da Casio, tá lá em casa e tô aprendendo, tô adorando tocar e eu acho que para quem já toca qualquer outro instrumento, é mais fácil você aprender qualquer outro, então minha esposa fica “Caraca como é que você já tá tocando assim?”, porque é meio que, pra gente que toca né fica um pouco mais tranquilo ali a gente dominar um instrumento, não domino ainda mas estou gostando muito cara de tocar teclado.

Henrique de Moraes – Maneiro. Cara tem alguns pontos importantes que eu queria puxar mas um deles, o primeiro é, você lembra da sensação da primeira vez que você tocou junto com sua galera?

Edwin Junior – Lembro cara, eu lembro, é meio que uma sensação de não acreditar que a gente estava produzindo aquele som juntos né

Henrique de Moraes – Cara, eu acho que a gente tem essa coisa de querer voltar né em alguns pontos assim, uma memória que a gente tem que é muito carinhosa e você quer voltar, você gostaria de repetir né e uma das coisas da vida é isso, nunca vai se repetir aquela experiência né, e uma delas é essa cara, das primeiras vezes que eu toquei assim junto com banda porque é uma sensação tão única, eu falava quando a agência era menorzinha e a gente ficava junto lá em Niterói, eu cheguei a cogitar pagar aula de música pra todo mundo, pra galera tipo aprender a tocar uma música juntos e saber como era a sensação de trabalhar juntos para fazer uma coisa nova e ver aquilo acontecendo porque eu sempre uso essa metáfora da banda pra galera, que eu falo o seguinte que às vezes a gente fica tão sobrecarregado com o dia a dia da agência de tanta coisa para fazer e tudo mais, especialmente a galera de criação, acaba entrando na mesmice né, começa a ficar repetitivo ali fazendo mais do mesmo e eu falo isso, eu falo assim “Galera, a gente tem que ser foda, imagina se a gente fose uma banda, porque na banda você não faz sua melhor música depois que você é contratado ou depois que saiu um orçamento milionário. Então assim, não fica esperando a gente pegar uma conta absurda ou o cara falar assim “Toma aqui todo o dinheiro do mundo pra você fazer o que você quiser” não, vamos fazer foda agora com os recursos que a gente tem porque é isso que vai fazer a gente chegar mais na frente onde a gente quer chegar” e aí então a música ela foi muito importante para mim nesse sentido de construção, de saber como é quando você tá de fato fazendo uma coisa, construindo uma coisa junto sabe, e também na parte criativa porque eu comecei a agência por causa da parte criativa né, e ela substituiu durante muitos anos a música então agora eu tô voltando também curiosamente, eu também tô voltando a tocar mas durante muito tempo substituiu minha necessidade por criar sabe, a agência né, a criação de design ou de fazer campanha e tudo mais e eu queria entender um pouco como a música, se você acha que ela influenciou na sua carreira como marketeiro de alguma forma?

Edwin Junior – Cara eu acho que assim, a música né ela te leva para um viés um pouco mais talvez criativo né porque eu acho que quem já toca há muito tempo em algum momento o tocar, vamos dizer assim uma música que você já conhece né, um cover ou alguma coisa assim, ela é legal mas você quer sempre algo mais, então acho que esse algo mais, de buscar algo mais, de querer criar alguma coisa diferente eu acho que isso é um pouco da cabeça de marketeiro, você não tá satisfeito com um padrão que tá ali, você quer fazer uma coisa diferente, aí você pega uma música e você ao invés de tocar igual a que a banda toca você muda aquela melodia pra você fazer da sua maneira né, porque você acha que vai ficar mais interessante, porque você quer ter novidades, então um pouco disso. Cara e eu já me atrevi a escrever algumas músicas mas não fui acho que um grande vitorioso nisso, tem uma pasta aqui no meu computador cheio de letra da época de adolescente, aí hoje você vai dar uma lida e tem uns negócios nada a ver, mas no final do dia quando você vai escutar as letras por trás das músicas que a gente gosta eu acho que tem um pouco disso, é o momento de cada um que tá botando para fora ali algum sentimento alguma coisa assim mas eu acho que, respondendo tua pergunta é isso cara, eu acho que é um pouco de querer sair um pouco do padrão e querer fazer uma coisa diferente né

Henrique de Moraes – É um conformismo né, eu acho que todo marqueteiro mesmo tem e assim como o músico, pelo menos a galera que gosta de criar né tem esse tipo, tá sempre querendo mudar o status quo né, inventar as coisas. Deixa eu fazer mais uma pergunta só relacionada a música cara, você sente falta, porque você é da época, você sente falta da experiência de comprar discos e CDs?

Edwin Junior – Cara olha que curioso, eu tava ontem indo para casa aqui da agência e aí eu falei assim, não na verdade eu tava escutando a Rádio Cidade, que é uma rádio rock aqui do Rio, e aí tava falando sobre o lançamento de um álbum novo do Bruce Springsteen,  e aí falou que o cara já tá há cinco ou seis décadas com número 1 em top álbuns da Billboard, e aí foi justamente isso, falou que hoje em dia tá difícil de mensurar a quantidade de alguns porque não tem mais e tal e aí eu tava pensando assim “Cara eu acho que eu vou começar a comprar vinil”, eu ontem tava pensando nisso e aí eu lembro nitidamente eu indo nas lojas, escolhendo os CDs, lembro do primeiro CD do Oasis que eu comprei, aquele Morning Glory, na minha casa tinha uma estante cheia de CDs organizado por nome, ordem alfabética, por estilo de música, cara eu sinto muita falta disso e tava pensando justamente em voltar mas pro vinil, só que assim, eu acho que agora é um pouco complicado né porque é uma brincadeira cara agora né o vinil, e aí precisa de dedicação, precisa de um monte de coisa mas eu sinto muita falta disso cara, eu acho que isso aí nunca vai voltar, acredito que nunca vai voltar, o que vai acontecer são esses malucos aí de retrô querendo ficar no vinil, é isso que vai acontecer.

Henrique de Moraes – Pois é, eu acho que cara era uma experiência que era meio transcendental assim, é isso que você falou exatamente, você ir para a loja escolher, às vezes você escolhia pela capa né

Edwin Junior – Aí você passava o dedinho, lembra?

Henrique de Moraes – O barulhinho né cara, causa nostalgia

Edwin Junior – E falando da capa, essa semana eu fui numa livraria e eu vi um livro lá cara que era um livro das capas dos álbuns mais influentes de rock e o porquê por trás de cada capa, e aí era dividido por década, de 70 até 2000 e aí tem todas as capas de Offspring, Green Day, Foo Fighters e por aí vai, Nirvana, explicando o porquê de cada capa, cara eu fiquei maravilhado, eu vou comprar esse livro.

Henrique de Moraes – Animal. Pô muito maneiro cara e o fato de você abrir aquele livrinho, eu lembro até hoje a primeira banda de rock and roll mesmo assim que eu ouvia, que eu comecei a ouvir, eu comecei velho, foi Guns e era aquele Live Era e a capa era tipo um livrinho mesmo e tinham umas fotos deles assim largados, bêbados e drogados, e eu olhava aquilo e falava “Cara isso é tão diferente da minha vida” que você entrava, ficava tentando imaginar o que era viver aquela vida, hoje em dia você vê tudo no Instagram, a pessoa tá lá postando em tempo real, é muito doido isso cara

Edwin Junior – E uma coisa que você falou que é engraçado, esses livrinhos, cara eu abria, era aquele plástico tipo cigarro, aí você abria aquela capa ou no dente, rasgava no dente e aí o lance era esse, era ver a capinha, ler as letras, eu tinha um vício que era fazer o seguinte, eu pegava a capa, tem a capa lá do Nirvana que é do bebezinho clássico do Nevermind, a capa é aquela só que dentro tinha várias fotos, como você falou, tinha uma foto do Kurt Cobain fazendo assim com dedo né, mandando a galera lá para aquele lugar e aí eu falei “Caraca, do cacete” porque é exatamente isso que você falou, “Cara, que cara é esse meu irmão?” pô eu só vi os caras ali na capa ou nos clipes na MTV, aí o que eu comecei a fazer? Comecei a escolher as melhores fotos internas, eu virava e virava a minha capa daquele CD

Henrique de Moraes – Que maneiro

Edwin Junior – Então se você pegar hoje o meu Nevermind, tá o Kurt Cobain mandando um sinalzinho do dedo, e eu comecei a fazer isso. Então pô é uma coisa muito legal que eu lembrei agora.

Henrique de Moraes – Cara alucinante, muito maneiro mesmo, eu spu velho mesmo, nessas horas eu percebo mas vamos lá. Cara outra coisa que eu descobri que a gente tem em comum aí na pesquisa do podcast, é que você se considerava um mau aluno, eu queria entender o porquê de você se considerar e eu vou falar porque eu me considerava, me considerava não, porque eu era na verdade, não era nem consideração, não era interpretação minha, era porque cara eu nunca consegui prestar atenção em coisas que não me interessam, até hoje se eu tiver que fazer uma aula e o conteúdo não for muito interessante, eu não estiver de fato genuinamente querendo aprender aquilo ali, eu vou viajar, minha cabeça vai longe e cara, meus professores falavam isso, eu lembro que o feedback que os professores passavam pros meus pais era “O Henrique tá no mundo da lua, não sei direito onde ele tá mas ele não tá na sala de aula” e por mais que eu me esforçasse cara eu juro, eu tentava, eu me esforçava às vezes ficava “Não eu preciso prestar atenção”, abria os olhos assim e não rolava, eu queria entender assim porque que você se considerava um aluno ruim ou sei lá?

Edwin Junior – Cara eu acho que diferente de você, eu nem tentava prestar atenção, eu era da turma do fundão, eu matava aula, jogava cabeção de nego na privada da escola, não prestava atenção em nada mas eu acho que no final do dia era um pouco isso cara, pra quê que eu tô aprendendo isso entendeu, pra quê tô aprendendo a história de não sei das quanta mas é assim, o mau aluno mesmo, eu nunca gostei de ler, é até uma coisa perigosa de falar hoje em dia, eu vi no nosso papo que a gente teve aqui antes, negócio de livros e tal, eu li poucos livros na minha vida e assim, só para você ter ideia de como eu não gosto de ler, vamos lá não é que eu não goste do conteúdo de livros, eu absorvo conteúdo de livros diferente de leitura, então eu escuto muito audiobook, não é questão de que eu sou alienado do livro não tá, a minha metodologia de aprender não é lendo, porque disperso muito rápido, então se eu estivesse em casa lendo alguma coisa e o cachorro latiu na rua eu ia lá ver o que aconteceu e largava o livro já, abandonava aquela página. Hoje com audiobook cara eu boto no carro e vou escutando vários audiobooks que são excelentes. Então pra você ver o nível, tinha um livro pra ler na quinta, sexta série e eu não ia ler e tinha uma prova na semana seguinte, minha mãe preocupada que eu ia repetir, que não sei o que se não conseguisse ler o livro, olha o nível da parada, a minha mãe leu o livro e me resumiu o livro cara então assim, além de não gostar minha mãe me mimava para cacete nesse sentido e no final do dia cara, eu nunca repeti de ano, sempre fui um cara que sempre passei mas muito na risca, eu sempre ia pra prova final, recuperação, todo mundo de férias depois de dezembro e eu fazia ali intensivo em janeiro, fevereiro para pagar as matérias que eu não consegui fazer, eu nunca repeti mais por outro lado cara eu sempre penei pra passar. Então acho que fui um mau aluno por isso, porque eu acho que eu não fui um exemplo em sala de aula para ninguém, não gostava de estudar, colava pra cacete, eu passei muito mais tempo da minha vida preparando cola em sola de sapato, dentro de estojo, escrevendo letra pequenininha, dentro de caneta BIC que a gente enrolava um papel dentro da caneta BIC e depois da prova tirava, atrás de calculadora, eu passei muito mais tempo me preparando para o momento da cola do que para o momento da prova entendeu

Henrique de Moraes – Era um criativo desde sempre né

Edwin Junior – É e cara eu cheguei, eu lembro na faculdade, eu chegava ao cúmulo de roubar a prova dos outros tipo assim, tava do meu lado uma pessoa que eu via que tava mandando bem, eu virava pra trás, pegava a prova do cara e colava então assim, é um pouco disso, não é exemplo pra ninguém mas por outro lado também cara eu acho que se tivesse sido diferente não seria grandes diferenças na minha vida.

Henrique de Moraes – Eu acho que grande parte disso aí cabe a responsabilidade ao sistema de educação que assim, muita gente não se encaixa, eu definitivamente não me encaixo, não consigo, tentei depois mais velho e mais maduro, fiz uma pós e continuava com o mesmo problema, as aulas que me interessavam eu ficava amarradão, fazia anotação, era o melhor aluno o professor me adora até hoje, mas as aulas que não me interessavam cara eu cagava, e nem é isso assim, de repente quando eu olho eu já tô repensando problema da agência, tipo o que eu tenho que fazer, como vou fazer aquilo, enfim. Isso que você falou da leitura cara, só pra trazer aqui, é interessante porque esse é um hábito que eu desenvolvi agora velho, velho mesmo, de um ano e meio pra cá, e foi depois que eu ouvi um podcast, é um cara que eu acho foda que é o Naval Ravikant, sempre falo dele aqui no podcast, em que ele fala que ele sempre leu e ele parou de ler depois que as redes sociais entraram e ele não sabia porque, e quando ele foi investigar ele percebeu que ele tava achando que ele tava informado vendo tweets, vendo posts, essas coisas, textos de blog, e aí o que ele fez, ele falou “Cara vou começar a tratar os livros como post de blog, então eu começo a ler qualquer um, eu não fico mais assim tipo “Preciso terminar esse livro”, eu pego, leio, e às vezes começo um livro da metade, e aí volto para o início”, e ele começou a zapear e aí ele falou que ele começou a de fato desenvolver essa paixão de novo, e eu falei “Cara, é um bom teste” e cara, mudou a minha vida porque de fato eu faço isso, tô lendo cinco livros ao mesmo tempo e eu vou zapeando de um para o outro sem me preocupar tanto se eu vou terminar ou se não vou e isso tira esse peso sabe, cognitivo de você “Ah eu não terminei esse livro, não posso começar outro” foda-se, começa outro, você tá curioso? Vai ler

Edwin Junior – Não tem regra né?

Henrique de Moraes – Não tem regra, e isso sobre o áudio né, cara o áudio é muito importante, acho que pouca gente dá o valor devido ao áudio porque eu comecei o podcast porque eu sou fã de podcasts, eu não ouço tanto audiobook porque eu acho caro, na maioria das vezes eles são mais caros do que comprar um livro para Kindle mas cara tem tanto conteúdo foda de podcast, mas tanto conteúdo foda que eu acho, às vezes eu acho um absurdo quando as pessoas falam “Não ouço, não gosto de podcast”, caralho meu irmão você tá muito errado, eu não quero julgar, acho que as pessoas tem sua maneira de absorver a informação mas nesse ponto desculpa eu vou julgar, eu acho que você tá errado

Edwin Junior – Eu comecei também a fazer um podcast recentemente

Henrique de Moraes – Faz o jabá aí cara

Edwin Junior – Pode fazer jabá? Se chama “Marketing e Algo Mais”, então eu falo um pouquinho de marketing, sobre a minha história de marketing e agora eu tô numa pegada de começar a entrevista gente, então nos últimos 5 episódios eu comecei a entrevistar algumas pessoas e assim

Henrique de Moraes – Eu vi que você entrevistou o João Kléber, cara

Edwin Junior – Vamos fazer umas aspas aqui, daqui a pouco a gente fala do áudio, vamos falar do podcast que é uma coisa interessante isso, eu comecei o podcast, assim que eu tava saindo da Domino’s, eu falei “Vou fazer um podcast” que é uma coisa que eu consumo bastante, porque eu acho que tem muita gente legal aí fora que pode absorver algum conteúdo meu né, alguma frase, algum histórico

Henrique de Moraes – Que fique claro aqui que eu já absorvi, já até publiquei sobre

Edwin Junior – Então assim, que pode ajudar alguém né cara, acho que no final do dia é isso, acho bacana ajudar alguém e aí eu comecei a fazer os primeiros episódios, eu falei “Como é que se constrói uma marca?” eu fui lá e falei como é que é, “Como é que é o marketing hoje em dia?”, vou lá e falo como que é, contei um pouco da minha história e aí eu vi cara que sozinho, fazer um podcast onde você fala sozinho, pô precisa de muito conteúdo porque não tem essa troca aqui né, por exemplo a gente tinha um script e já estamos falando de outra coisa que não tava no script, e aí quando você faz o negócio falando sozinho, eu pelo menos não tenho essa capacidade de pegar um assunto e falar dele sozinho durante 30 minutos, eu não consigo fazer isso, consigo até nos assuntos que eu domino mas assim, não domino tudo então o que eu domino mais eu consigo e depois acabou, e também tem outra coisa chata no fazer sozinho que você fica se julgando se você falou certo ou errado, se podia ter falado melhor ou pior e aí você para, volta, um episódio que tem 15 minutos de duração demora 2, 3 horas para gravar porque eu fico voltando toda hora, aqui no nosso papo não, a gente marcou esse papo aqui, vamos falar aqui nesse tempo que a gente tem marcado e é isso, se eu falei alguma besteira aqui depois vai editar ali e acabou, então eu tenho um pouco disso. E aí eu comecei a trazer gente para entrevistar e aí assim, comecei a trazer gente primeiro que era do mundo ali do marketing, então trouxe o primeiro convidado meu foi o Rodrigo Munaretto que ele é hoje diretor de marketing do Pizza Hut, pô o maior concorrente da Domino’s, então pô saí da Domino’s e chamei o cara pra conversar frente a frente, é o episódio hoje que tá bombando mais, justamente por isso porque a gente falou de treta, falou porque que eu não gostava do Pizza Hut, porque ele não gostava na Domino’s, então rolou esse estresse, foi maneiro e aí depois eu falei “Cara eu gostei desse formato”, porque é um formato onde eu consigo editar menos porque eu não tenho uma equipe pra editar podcast então cara, cortou aquele blábláblá do início, cortou o final, meu irmão pega aquilo lá e joga no Anchor e vai embora, então eu gostei disso. E aí depois eu chamei um mágico, eu sou apaixonado por mágica, podemos falar de mágica depois anota aí, apaixonado por mágica e eu chamei um mágico que eu adoro pro podcast, depois a Gina Indelicada, um perfil que tem cinco milhões de seguidores e o último que entrevistei foi o, um cara que participou de um comercial da Domino’s há um tempo, e é um cara que também fez parte da minha infância, o “para para para”, a galera em Portugal também conhece o João Kléber no “Fiel ou Infiel” que ele fez há pouco tempo aí, e eu vou começar a fazer isso cara, vou começar a trazer gente pra trocar essa ideia. Fechamos aqui, segue aí que eu baguncei tudo

Henrique de Moraes – Que nada cara. Tem uma coisa que é importante falar disso aí que é, você foi lá e fez meu irmão, isso é tão fundamental que as pessoas ficam muito tempo lapidando, quando a gente faz sozinho, realmente eu tenho alguns episódios que eu faço sozinho também que eu lanço de vez em quando assim que vão no meio dos episódios de entrevista e realmente dão muito trabalho e eu tenho que ter um script assim completo cara porque eu não consigo improvisar também, eu sou péssimo improvisando sozinho, eu me sinto esquisito e começo a repetir as palavras, boto um monte de maneirismo no meio e fica muito esquisito, então tem que ter um roteiro e acaba às vezes, é meio até escroto que eu fico tipo um robô né

Edwin Junior – Exatamente, e às vezes cara tem umas frases que eu não posso deixar de falar que eu escrevo e eu leio então assim, fica ruim, o nosso aqui fica muito mais natural e por mais que a gente às veze fale uma coisa que talvez não fosse o ideal sei lá, tinha que ser falado de uma maneira melhor, a espontaneidade acho que barra qualquer coisa

Henrique de Moraes – Agora o ponto mais importante cara é isso olha só, você tá conversando com pessoas que são importantes para caralho sabe e esse conteúdo está disponível de graça, esse pra mim é o ponto principal do podcast cara, você tem acesso, bota qualquer CEO, de qualquer empresa no mundo, você vai encontrar um bate-papo desse cara com alguém e falando sobre os playbooks dele de vida pessoal, de trabalho, de tudo cara, tá tudo disponível, qualquer coisa, quer aprender sobre o que, me fala? Procura o nome do cara no Spotify, qualquer negócio de streaming da vida, você vai encontrar o cara falando sobre tudo, sobre a vida de então assim, eu acho um absurdo a galera não aproveitar isso mas vamos lá, continuando aqui. Curiosidade então cara, que história é essa da sua paixão pelo Big Brother e sua história com o Big Brother inclusive, conta um pouco disso aí cara

Edwin Junior – Cara na minha infância, aí voltando pra infância, eu sempre fui um cara muito tímido, eu fui uma criança muito tímida, um cara não eu fui uma criança muito tímida e aí cara, talvez porque eu mudei de país muito cedo né, me mudei pra Portugal quando tinha 6, 7 anos, me mudei pra Portugal, cultura nova, estudei em escola americana aí então não sabia falar inglês mas as aulas de história e geografia eram todas em inglês e não entendia nada, então me sentia um pouco ali mas quando eu voltei para o Brasil lá com uns 15 anos mais ou menos já

Henrique de Moraes – Só uma dúvida, você ficou quanto tempo aqui? Ah 15 anos, beleza

Edwin Junior – 4 anos, fiquei 4 anos em Portugal, quando eu voltei pro Brasil com uns 12 anos, e aí com 15 anos mais ou menos eu comecei a ter uma rebeldia dentro de mim, e comecei a ser esse aluno ruim, comece a querer me vestir diferente dos outros, comecei a querer fazer gracinha, ser o piadista da sala, por pura rebeldia. E aí cara uma coisa que sempre me encantou bastante, eu acho que talvez possa ser um pouco do negócio de música, negócio de músico frustrado e tal, eu sempre quis ser famoso, sempre tive isso, “Pô caraca como é que deve ser ser famoso? Deve ser um negócio muito louco”, justamente isso que você falou, como é que deve ser a vida de um cara que sai na rua e todo mundo conhece? Deve ser uma loucura isso, é um estilo de vida tão distante do que 99% da população que cara, eu queria experimentar um pouco isso. E aí eu lembro nitidamente em 99 ou 2000, agora não lembro, vendo o Fantástico falou que ia chegar no Brasil um programa que ia tornar as pessoas milionárias e famosas, eu tava ali com meus 20 e poucos anos, terminando a faculdade já, eu falei “Cara não tenho dinheiro então, milionário eu quero ser e famoso também quero ser então vou tentar juntar os dois” e aí lançaram a primeira inscrição pro Big Brother 1, me inscrevi só que o primeiro foi maior armação de todas né, onde eles chamaram as pessoas convidadas porque eles queriam provar aquele modelo ali de programa, mas eu me inscrevi pro 1, pro 2, pro 3, pro 4, pro 5 e assim as coisas que eu fazia era um negócio bem tosco mesmo

Henrique de Moraes – Dá um exemplo

Edwin Junior – Esse que eu fui chamado, em 2005, eu literalmente peguei uma melancia, cortei e coloquei na cabeça, comprei um roupão laranja no supermercado, eu tava em São Conrado aqui no Rio, pra quem não conhece o Rio de Janeiro tem uma orla aqui, tem São Conrado que é parte da orla, um amigo meu morava ali, um amigo meu o Peter que mora no canadá até hoje e falei pra ele “Cara filma aqui pra mim que eu vou fazer umas graças”, e o que eu fiz? Melancia na cabeça, roupão, nada a ver, imagina só em frente à praia ali, então você saía da praia e tinha um maluco ali, eu entrevistando a galera, meio que um repórter “Fala aí beleza, o que você faz da vida?”, a pessoa tava bebendo cerveja, “Pô me dá um gole dessa cerveja aí” e pegava a cerveja do cara e bebia, “Pô fala aí pra câmera “Edwin no Big Brother”, aí comecei a fazer isso, aí eu fui chamado em 2005 para justamente fazer parte do processo de seleção, então eu lembro que eu tava no trabalho, eu trabalhava na indústria química nessa época e aí ligaram para o meu celular “Aqui é da Rede Globo e tudo mais, a gente acabou de ver seu crivo aqui do vídeo e queria chamar você para conversar aqui para o Big Brother, só que não pode falar para ninguém isso é segredo de estado porque se vazar você tá fora”, eu falei “Beleza vamos nessa” e foi na semana seguinte, não falei para ninguém, na semana seguinte fui para o hotel, tinha de chegar 7 da manhã no hotel, cheguei no hotel e o cara falou “Chega e não sai do carro, vai uma equipe aí te pegar”, eu já me senti ali um famoso né, então dentro do carro a galera me pegou, me jogou pro quarto e falou “Daqui a pouco vão te chamar”, aí me chamaram, desci pela escada, quando entrei numa sala para mim ia ser um papo cara tipo eu você aqui né, para um primeiro papo mas não, cheguei na sala e meu irmão era um pessoal sentado em forma de U, tinha umas 15 pessoas e no meio desse U tinha uma cadeira e uma câmera na frente, não sabia que ia ser assim, e aí sentei lá, é o que eles chamam de cadeira elétrica onde os diretores da Globo, o Boninho, a galera da produção, eles começam a disparar um monte de pergunta e você vai respondendo ali e aquilo ali é justamente, pra quem vê Big Brother, agora não tá mais assim o formato da abertura mas antes a abertura era a galera na cadeira falando e tudo mais, então exatamente aquilo ali foi o que eu gravei e cara, aquilo ali foi tipo meia hora de papo, foi muito intenso e aí depois me mandaram pro quarto e falaram “Se você for chamado, a gente vai te ligar hoje à noite pra você fazer o exame de urina, de fezes e etc pra você participar do negócio”. E aí fiquei em casa esperando o negócio acontecer, não aconteceu mas falaram que eu ia ficar de reserva, só que começou o programa, eu não entrei, fiquei frustrado com o negócio e aí depois internamente eu descobri que, tinha uma amiga minha, amiga não, amiga da minha mãe que fazia parte da produção do Big Brother e ela me falou que quem entrou no meu lugar foi o Alan, um cara que tinha um black power, pra quem vê Big Brother.

Henrique de Moraes – Foi na época da Grazi então?

Edwin Junior – É

Henrique de Moraes – Você poderia ter namorado a Grazi?

Edwin Junior – Exatamente, olha a loucura, eu brinco até com a minha esposa hoje “Oh se não fosse o Big Brother poderia ter namorado a Grazi”. Então assim, de alguma maneira o que eles fazem né ou faziam, não sei como eles estão tocando agora, pra cada perfil tinham duas pessoas, então perfil do cara black power meio alternativo, duas pessoas, então pra se um desistir eles plugarem o outro, então é mais ou menos isso. E aí de lá pra cá cara, esse Big Brother eu quase não vi porque eu fiquei meio revoltado porque não entrei e tudo mais, poderia ter sido eu, mas depois eu comecei a ver, e é um programa que eu sei que é polêmico, a galera acha que não é legal mas eu gosto porque é uma puta experiência humana ali e as tretas são ótimas.

Henrique de Moraes – Muito bom cara, muito bom. Cara deixa eu te fazer uma pergunta que talvez soe meio aleatória aqui para quem não conhece a sua história mas aí você pode de repente contextualizar, o que está na sua cortiça hoje cara? Qual foto?

Edwin Junior – Cara, quer que eu fale da cortiça ou não?

Henrique de Moraes – Pode falar cara, tem que contextualizar senão a galera vai ficar perdida também

Edwin Junior – Vou contextualizar, então o que é a cortiça? A cortiça é o seguinte, eu tava fazendo, tava nessa indústria química que eu falei pra você ali, tava fazendo marketing estratégico que é um marketing mais de precificação, de fazer orçamento e não esse marketing criativo que eu gostava, trabalhava de terno, uma pasta de couro nada a ver comigo e eu quis trabalhar para uma marca grande, uma marca famosa, quero fazer acontecer no mercado e por aí vai. Comecei uma pós-graduação e neste mesmo momento meu pai me chega lá com um DVD do “O Segredo”, aquele famoso “O Segredo” onde basicamente, um grande resumo do livro e do filme aí, documentário, se você mentalizar e você se imaginar em algumas situações que você realmente quer, o universo vai conspirar a seu favor e você vai chegar lá, então é basicamente isso. Então eu entrei nessa jornada e aí dentro da pós-graduação eu conheci algumas pessoas ali do grupo e a gente começou a fazer alguns trabalhos de grupo pro Spoleto que é do Grupo Trigo, que é dono do Spoleto do Koni e era dono da Domino’s até recentemente, primeiros contatos com essa empresa eu comecei a mentalizar que eu queria trabalhar ali pelo estilo, pela vontade, por serem marcas grandes, pela vontade de crescer e aí a cortiça aí que o Henrique tá brincando é o seguinte, eu peguei uma foto de uma lasanha, que era o produto do Spoleto e um contracheque que eu tinha na época que eu ganhava dois mil e poucos reais, eu peguei meu contracheque e peguei a lasanha, a lasanha botei na cortiça, o contracheque eu apaguei, o nome da empresa era Quaker Chemical, apaguei com liquid paper, escrevi Spoleto, apaguei o meu salário que era dois mil e poucos e botei R$ 4.000, colei na cortiça e todo dia de manhã eu acordava, olhava para aquela cortiça usando a mentalização do Segredo e falando “Um dia eu vou chegar lá, um dia eu vou ganhar R$ 4.000, um dia eu vou trabalhar no Spoleto e o universo conspirou ao meu favor, uma das pessoas dentro do meu grupo como eu falei, trabalhava no Spoleto e a gente foi entrando cada vez mais na empresa, foi abrindo vagas, fui me candidatando e foi aí que começou minha história em alimentação, então a cortiça que o Henrique se referiu era isso, a vontade de querer fazer alguma coisa né, então o que tá na minha cortiça hoje é assim, depois que eu saí da Domino’s, depois de 9 anos sendo diretor geral e diretor de marketing da Domino’s, sou sócio da marca até hoje mas assim, o que tá na minha cortiça hoje é um pouco, pode parecer um pouco clichezão mas é voltar a ser feliz no que eu faço tá porque depois de tanto tempo em alimentação, e principalmente na Domino’s, eu já tava indo numa direção um pouco mais mecânica de algumas coisas que eu tava fazendo, eu tava sendo podado de algumas coisas e agora né sendo sócio aqui da agência, da Avellar, eu tô conseguindo ir para uma parte muito estratégica e ter uma visão muito de longo prazo do que vai se tornar isso tudo aqui que a gente tá fazendo, e hoje eu já tô numa cadeira muito mais vamos dizer assim feliz em relação a conciliar agenda, porque minha agenda lá na outra empresa que eu tava trabalhando, agenda era na empresa então era reunião o dia inteiro, era reunião de diretoria, reunião de resultado, reunião com board, reunião de conselho e a nossa vida, a agenda mandava nossa vida, agora não, agora eu mando na minha agenda então não quer dizer que porque eu mando na minha agenda que eu vou para praia de 8 às 10 horas da manhã e não é isso, eu mando no seguinte cara, que assunto dessa semana são muito relevante para eu chegar naquele sonho que a gente quer construir aqui dentro e a agenda eu construo assim, então essa reunião que eu vou fazer amanhã, o que ela vai me levar para acelerar ainda mais o que a gente vai estar construindo aqui dentro? Cara vai ser pouco, então vou cair com ela e vou botar uma outra reunião que seja mais produtiva que isso então é assim que é, e talvez eu esteja trabalhando mais do que eu estava trabalhando antes mas agora eu acho que tô trabalhando um pouco mais estratégico de uma maneira um pouco mais inteligente para mim, que funciona mais para mim nesse momento então na minha cortiça é chegar nesse estado de felicidade que não chega nunca na verdade, “Estou feliz e ponto final”, felicidade é um estado que você se encontra então é um pouco disso.

Henrique de Moraes – Sensacional. Muita coisa importante cara, eu vou voltar em alguns assuntos que você falou mas eu queria te perguntar uma coisa assim, qual é a sua missão dentro da agência hoje, você tem algum papel específico que você precisa cumprir, precisa que eu digo assim, que você se propôs, o valor que você tá entregando, qual seria esse?

Edwin Junior – Cara, missão aqui a gente tá explodindo a agência em várias empresas porque a agência começou pequena ali com pequenas contas, hoje depois de dois anos e pouco, que é pouco tempo, a gente já tá com grandes contas, a gente tem cliente dentro da casa que paga R$ 8000 de fee à cliente que pagam R$ 300.000 de fee, então a agência hoje ela tá navegando nesse entrelace todo aqui, a gente tá explodindo as empresas dentro da Avellar e a gente tá criando uma empresa focada em entretenimento em grandes contas e uma empresa focada no mercado de pequenas e médias empresas, então a minha missão aqui dentro é a gente se tornar essa agência que vai ser reconhecida como a agência que vai gerar resultados para pequenos e médios negócios e uma coisa legal é que assim, eu não sou publicitário cara, nunca tive agência mas sempre fui cliente de agências minha vida inteira então eu sei muito bem o que o cliente espera e eu acho que a gente sentado aqui e construindo essa empresa, essa agência, com cabeça de cliente, eu acho que é assim que a gente vai chegar nos resultados então minha missão principal aqui é primeiro, organizar toda a estrutura para crescer esse negócio focado em pequenas e médias empresas.

Henrique de Moraes – Maravilha, sensacional né que são dois não publicitários tocando uma agência né, e eu sou o terceiro, não tô com vocês mas também não sou publicitário cara.

Edwin Junior – E isso assim quando você para pra pensar, eu já tô aqui a dois meses né, “já”, só dois meses, quando eu sento com o nossos clientes para conversar eu vejo que é outro papo cara porque o cara, a gente tá falando de negócios, não tá falando de publicidade, a gente tá falando de negócio, de como é que o negócio pode ser melhor então uma coisa que eu implementei aqui, que você provavelmente deve estar fazendo na tua é o seguinte cara, é muito legal uma marca pensar em awareness, pensar em conhecimento de marca, pensar nesse brilho, em campanhas e tudo mais, mas se não tá gerando resultado cara, o negócio do cara não importa, então aqui o que que a gente está fazendo? Qual é a meta do cliente em número, eu quero número, não quero “Ah minha meta é aumentar awareness” não, qual é sua meta de números? “Cara, tenho que gerar não sei quantos leads mês que vem”, beleza então pra gerar isso você precisa investir tanto em mídia, fazer a conta reversa e com isso eu vou planejar teu criativo, vou planejar teu conteúdo e a gente vai chegar lá, e aí todo mês a gente tem hoje mais de 15 clientes dentro da casa nesse misto de pequeno e médio e a gente tem meta para cada um deles e a gente sabe exatamente se o cara tá feliz ou não com a gente porque se a gente tá batendo o cara tá feliz, se não tá batendo tem oportunidade por aí.

Henrique de Moraes – Maravilha. É engraçado né porque isso parece tão óbvio mas tão pouca gente faz essa engenharia reversa de tipo cara, isso acontece muito lá na agência também, da pessoa chegar lá e falar assim “Ah eu tenho tantos reais aqui para investir e eu quero gerar tanto leads por mês”, aí você fala “Beleza, já sabe quanto é o seu custo de aquisição, custo por lead?”, “Ah não sei”, “Beleza, vamos ver aqui a média do seu mercado”, “Ah beleza, é tanto”, aí fala assim “Olha só, você não consegue, o máximo que você vai chegar vai ser mais ou menos aqui, a gente pode otimizar ao máximo, a gente está te dando uma visão realista” e assim ninguém faz a conta então tipo assim, é tão simples quanto isso

Edwin Junior – Eu cheguei à uma conclusão cara fazendo umas pesquisas, publicitário não sabe fazer conta, não faz conta, não faz

Henrique de Moraes – Ele quer ser artista né?

Edwin Junior – É, olha só, uma das coisa, e aí vou dividir uma coisa legal com você e com teu público aqui do podcast, a gente rodou uma pesquisa com 4.500 agências e o número um de maior desafio das agências, que eles falaram, o maior desafio que encontram no dia a dia, o maior desafio com 16% é não consegui gerar valor para o cliente ou seja, o cliente não tá conseguindo enxergar valor no pagamento que ele tá fazendo para você. Quando você deixa de ser investimento para o cliente e passa a ser custo acabou, você vira linha negativa no DRE do cara e acabou, e aí então isso, esses 16% se somam a outros 9%  que é não conseguir reter clientes, e aí uma coisa depende da outra, se você não tá gerando valor você não retém cliente, e isso é 25% do desafio, e aí os outros 17% é que você não consegue convencer a diretoria e o outro que você não consegue fazer um valor vamos dizer, fechar o valor do seu serviço, e aí é justamente isso, se não consegue “Por isso aqui tudo aqui que eu vou te entregar você vai pagar isso”, o cara não consegue fazer essa conta, então publicitário não sabe fazer conta mesmo, às vezes você fica muito no universo do lúdico, do criativo e quando você vai falar com um cara de negócios você não consegue passar essa imagem que você tá querendo passar da tua agência.

Henrique de Moraes – Com certeza os problemas estão todos interconectados né, mas eu acho que assim, tem a parte da agência e tem a parte de muitos clientes também que começam muito apaixonados pelo negócio né e também não estão olhando isso, eu tava discutindo isso com um parceiro meu também esses dias, que eu falava assim “Acho que as pessoas buscam as agências querendo resultado mas o que motiva elas no fundo é a vaidade”, do tipo assim “Eu quero aquela agência ali porque ela fez tal parada para tal cliente que eu gostei e tudo mais” então cara assim é meio, é quase que controverso, uma coisa bate contra a outra porque ele tá indo ali pelo lado artístico, pelo lado criativo, esse é o motivo né, ou pelo concorrente ou por ter visto uma campanha, mas ele quer o resultado palpável dos números, então porque você não procurou uma agência que sabe dos números antes? Não faz sentido, o cliente também é meio perdido de vez em quando, e um dos papéis que a gente tenta assumir aqui, um chapéu que a gente tenta assumir é de mostrar isso para os clientes sabe, do tipo assim “Cara porque você tá procurando a gente de fato?” e mostrar para ele porque que ele tá procurando, inclusive negar jobs né, do tipo “Cara você não tá no momento, eu vou virar custo pra você em breve, você ainda nem validou seu modelo de negócio, então espera um pouquinho, quando você estiver nesse momento você vem procurar a gente, e agora faz desse jeito”, a gente tenta até dar uma consultoria, um passo a passo, falar “Faz isso agora, faz isso depois, depois você vem procurar a gente” porque senão é isso, você virou custo porque às vezes o cara não tá no momento e tem o fato lógico também de você não conseguir se posicionar, ou de fato gerar valor, que aí são problemas mais enraizados ali no DNA da agência, então não vou entrar agora. Mas deixa eu te perguntar uma coisa cara

Edwin Junior – Só pra fechar esse assunto aqui, tem uma coisa que é o seguinte, muitos clientes não sabem nem o que eles querem como resultado, então isso é uma coisa interessante, a gente tem que ajudar eles, “O que é teu negócio?”, “O que vai gerar mais resultado pro seu negócio?”, então é basicamente isso, vai lá.

Henrique de Moraes – Cara, desse pouco tempo, desses dois meses, tem alguma curiosidade que você já percebeu da diferença do chapéu que você tá usando agora, do tipo antes no lugar do cliente o que você esperava da agência, a expectativa que você tinha de como era o trabalho dentro e agora estando dentro da agência vendo esse mundo, o que mudou na sua cabeça?

Edwin Junior – Cara isso é uma coisa muito curiosa, tenho todo dia batido com isso porque quando você é cliente, você vê uma agência, você pensa que a agência vai estar ali pensando no seu negócio 24h, só vai ter você, você é o principal, na hora que pegar o telefone e ligar pra agência tem que te atender e tem que fazer o job no tempo que você quer, então isso é um pouco cabeça de cliente que eu tinha, “Tô pagando então tem que fazer”. Agora quando eu tô sentado nessa cadeira de agência, tem processos, tem SLAs, hora de equipe, tem um monte de coisa que se essa roda não girar perfeitamente, vira uma zona o negócio então eu acho que uma das coisas que a gente tá tentando fazer aqui nesse tempo é educar o cliente, “O que é uma agência?”, “Como é que são os processos dentro de uma agência?”, para ele entender também e ter empatia de ambos os lados, então é óbvio que a gente como agência tem empatia com o cliente de quando é urgente, é urgente, vamos fazer porque a gente é a agência desse cliente então vamos fazer acontecer, mas por outro lado também o cliente tem que ter uma empatia de não ter só a empresa de cliente, então eu acho que é um pouco desse universo de expectativa e realidade em relação ao que o outro pensa do outro, é um pouco disso.

Henrique de Moraes – Sensacional cara porque é muito alinhamento, né a gente tava conversando esses dias sobre isso, fazer um playbook e um vídeo de onboarding do cliente que explica para ele qual é o papel dele, o que ele pode esperar da gente porque é isso, a gente tem essa sensação e cara, ninguém faz ideia, agência é um dos piores modelos de negócios que existem, gerir uma agência é uma loucura assim porque primeiro, especialmente se você é um líder né, tá ali numa posição de liderança, tem que gerenciar e tá lidando direto com o cliente, a sua cabeça tem que ficar mudando de modelo de negócio em modelo de negócios o tempo inteiro e você tem que entender o problema daquele cara ali, e você ficar fazendo essa virada o tempo inteiro deixa uma pessoa maluca mesmo, você fica meio esquizofrênico cara, então muito foda, muito maneiro saber desse caminho aí que vocês estão seguindo, tá super alinhado com o que a gente tá tentando fazer aqui também. Antes da gente ir para as perguntas que são as perguntas que eu faço para todo mundo no final, eu queria só te perguntar uma coisa, na verdade é uma observação e eu queria saber se faz sentido ou se não faz, eu observando assim dentro da pesquisa e vendo um pouco, já te acompanhando desde que, comecei a te acompanhar desde que você participou do primeiro CMO Playbook lá atrás, eu lembro até hoje do dia que eu ouvi cara esse podcast isso é muito louco, podcast tem disso, você grava um pouco do movimento, tava no metrô em Ipanema visitando cliente e pensando “Nossa que maneiro essa história” indo pegar o metrô, olha que loucura.

Edwin Junior – Olha uma loucura, eu gravei, eu fui o quinto convidado no CMO Playbook, hoje já tem 60 episódios, sabia nem quem era Rapha Avellar, não sabia quem era a Avellar e cara, eu tô sentado exatamente na mesa onde eu gravei o podcast, não tinha pensado nisso, então minha história com o Rapha e com a Avellar nasceu nessa mesa aqui, que eu cheguei aqui e “Cara quem são esses caras aqui?”, sentei e fiz o podcast e hoje tô sentado nela aqui como líder de uma vertical, do cacete.

Henrique de Moraes – Porra, muito foda mesmo. Vou te fazer uma pergunta depois mas deixa eu fazer observação, eu tenho a sensação de que esse movimento todo seu também tem uma coisa de protagonismo assim no sentido de você começou a gerar conteúdo, fazer podcast e tudo mais, tem a ver cara e se tiver a ver de onde você acha que surgiu isso, essa necessidade?

Edwin Junior – Assim, eu dentro da minha vida corporativa vamos dizer assim, eu sempre tive muito dedo para me expor, para falar o que eu sinto, para falar o que eu acho que tá certo ou que tá errado, e eu comecei nos últimos meses ainda dentro da Domino’s a criar mais um pouco de artigos, eu comecei com artigos no Linkedin, então vou expor aqui minha verdade e comecei a falar algumas coisas, falar sobre construção de marca, falar o que eu acho que tá certo e que tá errado no marketing hoje, e eu vi que a receptividade da galera que leu foi muito positiva, pessoal elogiando ou criticando, pessoal comentando alguns pontos de vista, eu falei “Pô legal, eu acho que tem um pouco mais para eu colocar para o mundo, vamos dizer assim do que ficar só fazendo algumas campanhas de pizza” não menosprezando obviamente, tudo que eu tenho na minha vida hoje eu dedico à Domino’s então assim, e comecei a criar o podcast, comecei a querer falar um pouco mais, a conhecer mais gente, o meu LinkedIn tinha 500 pessoas e hoje tem 5.000 pessoas, então eu começo a querer ter um destaque de voz no cenário de marketing e aí conhecendo o Rapha né, um cara que eu admirei desde a primeira vez que sentei aqui nessa mesa, eu acho que ele tem um pouco disso, ele fala as verdades, ele tá cagando pra opinião dos outros, e eu dentro da Domino’s não podia fazer muito isso, porque eu não podia cagar pra opinião do presidente, não podia cagar pra opinião do conselho, então aquilo foi me minando um pouco, meus últimos 12 meses na Domino’s, quem me conhecia nos últimos 8 ano e no último ano que eu tava na Domino’s viu que a minha energia minou porque justamente eu acho que deu esse clique em mim, “Cara putz, eu acho que eu queria fazer uma coisa que eu não tô fazendo”, e aí eu volto naquela cortiça da felicidade, então minha felicidade ali dentro ela foi minando e aí hoje quando eu dou esse step aqui pra esse novo negócio eu acho que tem muito isso que você falou sim, acho que aqui eu posso botar o dedo na cara do Rapha que é o dono da agência e falar “Você tá errado meu irmão, é assim que se faz”, “Ah não beleza então vamos fazer assim”, então assim hoje eu consigo fazer um pouco disso e eu acho que é assim que eu vou encontrar um pouco meu rumo de protagonista como você mencionou.

Henrique de Moraes – Maravilha. Pergunta se você conseguiria responder rápido essa pergunta assim, mas se você pudesse dar uma característica do Rapha que você acha foda, qual seria?

Edwin Junior – Cara o Rapha, é um pouco isso que eu falei, ele tá cagando pra opinião dos outros, ontem a gente tava exatamente falando disso cara, a gente tava num puta de um projeto aqui, e aí a gente tá num projeto que a gente vai, vou dar um spoilerzinho aqui, a gente tá, a gente vai criar alguns produtos e serviços pra agências, pra outras agências. E aí eu perguntei pro Rapha ontem, eu tava com meu time aqui e falei “Rapha, gostou do projeto?”, “Achei do caralho, foda”, “Mas me responde uma coisa, você compraria esse produto ou serviço que a gente tá servindo? Como um cara há dois anos atrás dono de agência?”, e aí ele “Não, porque eu sempre caguei pra opinião dos outros, então eu sempre quis fazer tudo sozinho, eu não sou o perfil, não sou a persona desse mas tenho certeza que 99% dos publicitários, dos donos de agência vão querer”, então pra mim a característica é essa.

Henrique de Moraes – Maravilha. Cara me diz aí de 1 a 3 audiobooks que você recomendaria.

Edwin Junior – Vamos lá, eu sou fanzaço, fanzaço já há uns 4, 5 anos do Gary Vaynerchuk, você deve conhecer o cara, um mega de um empreendedor, começou do zero e tem uma agência e outros negócios hoje, então tem o livro dele chamado “Jab, Jab, Jab, Right Hook”, basicamente ele simula um boxe né, então você dá alguns jabzinhos e na hora que abrir, você dá um hook, um gancho muito grande, é exatamente isso, então nesse livro ele conta, foi best seller esse livro, ele conta exatamente uma estratégia de conteúdo para você fazer hoje em dia, vai fazendo os conteúdos, vai fazendo os conteúdos e cara quando você ver uma brecha você lança O conteúdo que vai levar a tua empresa para outro nível, é um pouco disso que ele fala, que é muito legal, então se chama “Jab, Jab, Jab, Right Hook”, é muito legal. E eu li recentemente “Originais” do Adam Grant, não sei se você conhece esse livro

Henrique de Moraes – Cara eu tô lendo porque eu ouvi você falar e ouvi mais duas pessoas falarem dele na mesma semana, aí eu comecei a ler e tô achando foda, muito foda.

Edwin Junior – Então esse livro cara ele basicamente ele fala o seguinte, como é que os inconformistas mudam o mundo, e aí dando um exemplo muito claro aqui, eu falei isso já no meu podcast recentemente, pra mim a maior sacada do livro é essa, se você quiser então, quem tá escutando não quiser ler o livro não precisa, só isso aqui que vocês vão precisar entender, como é que os inconformistas mudam o mundo? Na verdade cara quanto mais conteúdo você criar e jogar para o mundo, maior vai ser o feedback do mundo em relação ao que você está produzindo então um exemplo super simples, Beethoven, Mozart, todos os compositores fodas que todo mundo conhece que fez obras incríveis, eles fizeram muita merda também ao longo da vida deles, compuseram muita coisa ruim, muitas composições horrorosas mas por terem feito tantas coisas eles fizeram coisas maravilhosas, então é um pouco disso, isso é um pouco desse pensamento do livro que é um pensamento muito legal. Terceiro livro, esse cara eu vou começar, é um livro que eu não li ainda mas tá na minha prateleira, tá no audiobook aqui no meu fone para começar a ler é “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, todo mundo fala muito bem desse livro e eu quero começar a ler, então é um livro que tá na minha cabeceira aqui.

Henrique de Moraes – Cara esse livro é muito foda, e especialmente o primeiro capítulo, eu releio o primeiro capítulo de vez em quando cara, para eu lembrar do contexto da história das coisas, é muito foda e uma outra dica, duas dicas na verdade, uma: tem um Ted do Yuval Harari que em 12 minutos ele explica esse primeiro capítulo do livro, que é sensacional e um dos últimos episódios do The Tim Ferriss Show é com ele e caralho, puta que pariu, que episódio sensacional

Edwin Junior – Vou ver então, vou ver e quem sabe eu nem preciso ler o livro

Henrique de Moraes – É, porque é grande o livro. Cara, pra você o que é sucesso? O que é ser bem sucedido?

Edwin Junior – Cara, não vou negar que você tem que atrelar bem sucedido à grana né cara, a um conforto financeiro, não vou nem dizer milionário, mas que você se sinta confortável financeiramente, pra mim é isso, e o outro cara é aquele clichezão mas é fazer o que você gosta, durante 13 anos da minha vida em alimentação, durante 12 anos porque o último ano não foi tão bom, durante 12 anos eu não trabalhei na minha vida, porque quando você faz o que você gosta você não precisa trabalhar mais na sua vida, e aí é isso que eu tô buscando, então bem sucedido pra mim é não ter que trabalhar mais na vida mas fazer o que você gosta.

Henrique de Moraes – Maravilha. Cara quanto do seu sucesso você atribui à sorte e quanto você atribui à trabalho duro? Isso é uma pergunta que eu peguei emprestada aí de um podcast famoso, não sei se você conhece

Edwin Junior – Cara, é uma pergunta difícil essa cara porque se você jogar muito pra um lado você se coloca num pedestal, se você jogar muito pro outro você se coloca que você não fez muita coisa, que foi sorte, então cara do meu sucesso assim, não sei nem se é meu sucesso, falar meu sucesso mas a minha carreira até onde eu estou hoje eu acho que teve uns 60-40 vai, de dedicação minha e 40% de sorte, porque eu acho que a sorte na verdade é conhecer as pessoas certas para te levarem em alguns lugares que você não chegaria sozinho ou não chegaria tão rápido, então minha história inteira assim desde que eu nasci até hoje, se eu não tivesse, se meu pai não tivesse ido para Portugal quando eu tinha 6, 7 anos e não tivesse voltado eu não teria aprendido o inglês que eu aprendi em escola americana, que eu não teria me dado oportunidade de trabalhar numa multinacional então assim, você começa a amarrar tudo isso na vida e é um pouco do que eu considero sorte, um pouco de sorte que eu tive mas que, olha que interessante, eu tive sorte de estudar numa escola americana e ter o inglês fluente hoje, mas não foi sorte do meu pai me colocar numa escola americana, foi o outro lado né que é totalmente dependente dele, que ele teve o mérito de ser promovido na empresa onde ele tava e foi repatriado pra Portugal então assim, uma coisa mistura na outra mas eu acho que no final do dia cara o 40% que eu falei aqui de sorte é conhecer as pessoas certas, eu tô sentado aqui onde eu tô porque há um ano e meio atrás eu topei por sorte fazer um podcast com um cara que eu nem conhecia, que era o Rapha, então se não tivesse topado ou se minha agenda naquele momento se fosse mais importante do que talvez um podcast que tivesse começando, eu não estaria sentado aqui hoje então isso para mim é um pouco de sorte e o resto cara é aprendizado da vida que a gente tem, eu tô aqui hoje para construir algumas coisas muito com base no que eu tenho de experiência profissional então acho que é um pouco disso, 60/40 do meu lado, não sei qual é resposta padrão da galera mas o meu é 60/40.

Henrique de Moraes – Maneiro, tem um componente aí que é importante cara e as pessoas não dão o devido valor a esse tipo de coisa que você fez de participar por exemplo de um podcast de uma pessoa que você não conhecia né, porque tem uma coisa que eu já ouvi falar que é de aumentar a superfície de que a sorte pode te atingir né e é isso, você consegue fazer mais esse networking, se envolver com mais pessoas você aumenta a chance disso acontecer do que se você se deixar parado em casa né, então é um mérito também. Cara, você tem uma trajetória sensacional, teve um cargo alto em uma das maiores empresas do planeta né, uma das maiores marcas do planeta então assim, tem ali muita coisa que envolve, tem autoestima, tem grana, essa sensação de realização e tudo mais mas quem tá, a nossa narrativa pessoal nunca é a mesma do que a galera tá vendo né então tá todo mundo “Olha lá o Edwin, foda pra caralho, tá com a vida ganha, nunca mais vai precisa trabalhar na vida, sorte da Domino’s” e a gente nunca tá assim né, na verdade a gente tá sempre insatisfeito e isso que faz inclusive a gente se movimentar e fazer isso, por exemplo dar o salto de fé que você deu agora de sair pra agência e tudo mais. Eu queria entender assim, hoje o que te causa mais ansiedade? O que te tira o sono por exemplo sabe, você tem alguma coisa? E como é que você lida com ela também, como é que você faz para diminuir a ansiedade hoje em dia?

Edwin Junior – Assim, eu sempre tive uma ansiedade muito grande na minha vida de juntar dinheiro né, eu sempre tive essa preocupação de juntar dinheiro e coisas desse tipo, pensando lá na frente quando eu tiver mais idade e tal de não ficar tão preocupado em ter que acordar cedo para botar dinheiro em casa, mas essa ansiedade aumentou mais ainda quando eu tive minha filha, minha filha tem quatro anos de idade, então agora cara tem um ser humano ali que depende de mim e eu vou poder, eu quero muito junto com a minha esposa dar o melhor da vida para ela, então o que gera muita ansiedade para mim hoje é eu ter certeza que eu tô em projetos que eu deveria estar nessa minha fase da vida, então assim topei vir para cá, sou sócio daqui, a gente tem um sonho gigantesco aqui e eu realmente hoje, a minha ansiedade está baixa porque como eu tô olhando aqui em cima da floresta, tô olhando o macro estratégico eu sei onde a floresta vai, e minha ansiedade está baixa. Se eu tivesse um pouco mais dentro da floresta eu tava com saudade maior porque eu não estaria enxergando o que que vai vir aí no curto, médio e longo prazo. Então assim, mas obviamente o que tira meu sono hoje é colocar de pé tudo que a gente tem que colocar de pé e rápido porque é uma coisa que a gente tem que fazer muito rápido se a gente que escalar o nosso negócio e assim, como eu falei anteriormente aqui contigo, eu não sou publicitário então algumas coisas eu tô aprendendo, obviamente eu vim muito agregar aqui, muitas coisas em termos de conhecimentos, experiências e tudo mais, mas eu tenho ainda um caminho à percorrer para ganhar experiência e para ganhar conhecimento desse mundo publicitário, então a minha ansiedade maior hoje é acelerar esse meu conhecimento de como é que funciona uma agência, de como são os processos internos, o processo que tá hoje desenhado cara é o melhor processo, ou a gente consegue otimizar ele para escalar esse negócio? Então isso é que tem me deixado um pouco de olhos abertos à noite.

Henrique de Moraes – Boa. Engraçado, você falou, usou essa analogia aí do mato, da floresta, e um amigo meu, até foi um dos convidados aqui do podcast, ele falou uma vez que a ansiedade é o medo do desconhecido né, você não saber exatamente pra onde você tá indo, se você tá indo pro lugar certo, faz sentido essa metáfora, essa brincadeira com a floresta. Cara você tem algum fracasso, um fracasso aparente, porque às vezes fracasso é só pra gente, que tenha te levado para um sucesso mais na frente assim? Vários.

Edwin Junior – Tem um bem específico cara que eu sempre lembro, quando eu comecei lá no Grupo Trigo né, que é a outra empresa que eu trabalhava que a dona da Domino’s, Spoleto e do Koni, tem um programa de sociedade lá então os dois sócios principais, Mário e Eduardo, os caras abriram sociedade para os executivos e tinha um programa de sociedade e tudo mais, e no final do ano você se tornava sócio da empresa. Como eles eram meus chefes diretos naquele momento, eu tinha certeza que eu ia virar um sócio da empresa e trabalhei o ano todo, fiz o negócio, fiz o meu plano e tudo mais, apresentei, foi ótimo, na turma que a gente tava fazendo ali sociedade com outros diretores tinham outros três ou quatro diretores, todo mundo passou e eu não passei, pra mim isso cara foi um momento muito duro porque eu tava me colocando num pedestal que eu vi que eles não estavam enxergando e aí nesse momento eu me sentir um fracassado um pouco entendeu porque caraca, se eu tô tendo essa visão de mim e eles não estão tendo, porra tem uma coisa muito errada ou comigo ou com eles, e aí foi um aprendizado, eu tive que olhar internamente e ver que era comigo e não com eles.

Henrique de Moraes – Cara é muito isso, eu acabei de ler, acabei de ler assim, pouco antes da gente começar aqui, um capítulo do livro, do “Originais” né, em que ele fala sobre status, se você conseguir conquistar o respeito e admiração das outras pessoas, e que quando você não tem esse status e você tenta só subir sua voz você acaba na verdade só enfim, fudendo com os relacionamentos, porque as pessoas não estão te enxergando, você não ganhou a admiração das pessoas e é um pouco disso né, e foi muito interessante porque clicou muita coisa na minha cabeça também, do tipo assim “Ah beleza, esse é o caminho” sabe, primeiro você conquista o respeito e admiração das pessoas pra num próximo passo você começar a impor suas ideias, impor suas vontades, não é impor, impor é ruim, mas ser ouvido, conseguir na verdade colocar suas ideias mais pro mundo, para aquele público que você tá querendo atingir

Edwin Junior – E esse foi exatamente o feedback que os dois sócios da empresa me deram quando eu tomei a negativa, eles falaram o seguinte “Edwin, por mim e pelo Eduardo, os dois sócios, você é um sócio, mas você tem que conquistar os outros porque como eu morei fora muito tempo, morei fora né depois eu te conto essa história aqui mas morei quase dois anos fora, tocando as marcas dentro desse grupo, meus chefes diretos eram eles, ninguém na empresa me conhecia porque eu morei fora, morei em Portugal e morei no México e meus contatos diretos eram eles dois, e tinha outra gama de diretores e de gerentes dentro da empresa que não sabiam quem era o Edwin, não sabiam o trabalho que eu fazia, e para o bem geral da nação né, para ninguém ficar desconfortável eles não iam botar um sócio onde ninguém tinha contato e ninguém sabia se era bom ruim, então exatamente foi esse feedback, e aí eu comecei um trabalho meu interno de conexão, de networking dentro da minha própria empresa, e aí depois de um ano cara eu consegui, virei sócio e saí sociedade quando a gente vendeu a Domino’s e começou a administrar a Domino’s na nova fase da Domino’s.

Henrique de Moraes – Maravilha. Cara última pergunta aqui pra gente fechar então, se você pudesse falar aí com seu de alguns anos atrás, você pode botar o pininho aí onde você quiser na timeline mas eu costumo falar em 10, 15 anos atrás assim né que tem um tempo bom de aprendizado, o que você diria para o Edwin lá de 10 anos atrás ter mais calma?

Edwin Junior – Cara, essa pergunta é sempre difícil né, você se colocar nessa situação né mas eu acho que algumas coisas na minha carreira né, minha vida pessoal eu quis que acontecessem muito rápido né, então quando eu penso em por exemplo, trocar de emprego, quando eu pensava há alguns anos atrás, eu queria que fosse muito rápido, quando eu quis ter filho eu quis ter filho muito rápido, quando eu quis casar, quis casar muito rápido então assim, eu acho que cara a vida de uma maneira geral eu acho que hoje eu tenho 39 anos, também não sou tão novo e também não sou tão velho, acho que tô numa idade legal para esse tipo de papo, eu acho que hoje eu tô numa situação onde eu consigo enxergar que os momentos que eu tenho que acelerar e os momentos que eu tenho que talvez ser um pouco mais paciente, eu acho que é um pouco disso, eu acho que é não levar tudo para o aqui agora, entender quais projetos, quais coisas pessoais ou profissionais vão levar mais tempo e quais vão levar menos tempo, então assim é até engraçado porque você olhando isso há uns 10, 15 anos atrás, a lasanha na cortiça ela foi um momento de querer resolver rápido né, “Ah não tenho que botar isso logo porque tem que acontecer”, mas naquele momento me ajudou, hoje em dia olhando para trás na lasanha na cortiça, obviamente que não foi a lasanha, foram os meios que eu fui, os contatos, foi o trabalho que eu fiz com a empresa, foi a relação que eu tive com a pessoa na pós-graduação que me indicou, então olhando esse caso da lasanha e da cortiça, a lasanha foi imediatismo porque eu queria resolver logo, mas internamente sem perceber eu fui trabalhando o meu médio prazo, então não precisava ter a ansiedade da lasanha, precisava só trabalhar o médio prazo

Henrique de Moraes – É difícil enxergar isso né, eu gosto de falar sempre, às vezes eu fico com medo do nome do podcast ser mal interpretado né porque eu não fiz o podcast pensando em diminuir velocidade, mas veio de uma frase e eu sempre repito ela aqui que é “Impaciência com ações e paciência com resultados”, do Naval Ravikant, que é um pouco disso, é tipo assim cara, você pode fazer o que você quiser, o mundo não vai mover na velocidade que você quer mas também você não precisa esperar e não é por causa disso que você vai ficar parado fazendo pora nenhuma, você tem que fazer o que tem que fazer o quanto antes porque você tá ficando cada vez mais velho mas assim, tenha paciência com o resultado, tenha segurança de que você fez o que tinha que fazer e vai colhendo os frutos sabe, vai enxergando as oportunidades, vai vendo aonde você consegue ir e não fica tão focado no que não aconteceu, porque eu vejo muita gente desistir cara por causa disso, tipo começou, ficou muito afobado, fez uma porrada de coisa aí “Ah não mas não veio resultado”, calma aí você nem deu tempo do resultado vir sabe, espera um pouquinho, então é um pouco disso. Cara, Edwin obrigado pelo bate-papo, achei sensacional, foi leve, divertido e deu para aprender bastante coisa, queria agradecer pelo seu tempo mais uma vez que eu sei que é difícil, você já falou aí que tá trabalhando mais do que nunca então assim, acrescentar isso no meio do dia é difícil e pô, então obrigado pelo seu tempo obrigado, obrigado por ter topado participar e eu espero que a gente, eu sempre falo isso com os convidados, espero que a gente consiga fazer um round 2 aí mais para frente para falar como é que as coisas evoluíram, especialmente porque tá começando a trajetória agora, vai ser irado a gente voltar daqui a alguns anos e falar de novo como é que foi essa trajetória aí, como é que tá andando.

Edwin Junior – Sem dúvida, vai ser um prazer a gente ter esse papo, você é um cara que a gente já teve alguma relação alguns meses atrás e vamos manter essa relação que eu acho super bacana, ainda mas agora os dois mundos de agência, super obrigado aí pelo podcast, você falou obrigado por eu ter cedido meu tempo, mas na verdade como eu te falei lá atrás, eu hoje sou dono da minha agenda então para mim é importante ter esse tipo de relacionamento e se fosse há um ano atrás talvez eu ia falar que não tinha tempo, mas o tempo você que cria, então eu criei esse tempo pra gente aqui e foi do cacete, muito obrigado pelo papo, depois eu vou pegar esse podcast e vou jogar no meu também pra gente replicar esse nosso papo.

Henrique de Moraes – Maravilha cara, te fazer uma pergunta rapidinho antes da gente fechar, só falar uma parada, você falou sobre essa coisa da agenda, do tempo, essa é uma coisa que as pessoas não percebem, elas falam que elas tão sem tempo mas lembrem-se que tudo que você fez e o motivo de você estar sem tempo são as escolhas, ninguém responsabiliza suas próprias escolhas pela falta de tempo ou pelo resultado da vida né e sim cara, foram as suas escolhas que te levaram até ali, você tem escolhas, você fez as escolhas e aquilo te levou até ali. Onde as pessoas podem te achar cara, além do “Marketing e Algo Mais”, LinkedIn, Instagram?

Edwin Junior – LinkedIn é Edwin Junior, pode procurar por lá, aceito todo mundo, adoro trocar ideia com muita gente que fala comigo, eu sou muito ativo no Instagram @edwin.nsjr, o meu Instagram tá crescendo para cacete, e eu me divirto muito lá porque eu falo de coisa séria, eu faço mágica, quem quiser me seguir, ver mágica pode ir para lá que eu comecei a fazer mágica nessa pandemia cara, tem cada mágica alto nível e eu troco ideia com todo mundo também, então Instagram e LinkedIn são os meus principais.

Henrique de Moraes – Maravilha cara, obrigado aí pelo bate-papo então

Edwin Junior – Valeu Henrique, grande abraço cara, tchau tchau.

calminha #3
calminha #2
calminha #1