calma! #27 com Nara Iachan e Thiago Brandão
os convidados de hoje são Nara Iachan e Thiago Brandão, que, desculpe o francês, mas são um casalzão da porra. não acredita? se liga então:
eles construíram uma empresa que está mudando a cultura do brasileiro, além de um casamento de sucesso simultaneamente. ou seja, são duas realizações bem impressionantes, especialmente se combinadas.
Nara e Thiago são os fundadores da Cuponeria, uma startup que hoje tem 6 milhões de usuários ativos e que já foi acelerada, incubada AND recebeu investimento do Google, além de um aporte series A do Bradesco.
os dois começaram a empresa ainda na faculdade, distribuindo a mídia de cupom de desconto pelos bairros próximos. a Nara tinha 20 anos e o Thiago 22. mas a pouca idade não impediu que eles, desde então – com muita inspiração e principalmente, transpiração – crescessem a empresa sem parar. ano após ano!
e pra colocar uma cereja nesse bolo e não deixar nenhuma dúvida sobre eles serem ou não um casalzão sinistro, AMBOS saíram na lista da Forbes Under 30. não é pra qualquer um!
e vocês querem saber o que mais me deixou impressionado nessa conversa? a humildade dos dois. o pé no chão. a noção de que nada veio com facilidade e de que é preciso lutar todos os dias pra crescer um negócio, mesmo com tudo o que já foi conquistado.
eu fiquei muito feliz por ter conseguido juntar os dois nesse bate-papo e mais feliz ainda com a maneira como essa conversa se desdobrou. definitivamente esse sucesso todo não veio à toa!
espero que vocês curtam esse episódio tanto quanto eu!
clique aqui para baixar extensão da Cuponeria para Chrome.
LIVROS CITADOS
- A insustentável leveza do ser – Milan Kundera
- A Alma Imoral: Traição e tradição através dos tempos – Nilton Bonder
- The Lean Startup – Eric Ries
- Business Model Generation: Inovação Em Modelos De Negócios – Alexander Osterwalder e Yves Pigneur
- A Estratégia da Inovação Radical: Como qualquer empresa pode crescer e lucrar aplicando os princípios das organizações de ponta do Vale do Silício – Pedro Waengertner
- O lado difícil das situações difíceis (The Hard Thing about Hard Things) – Ben Horowitz
- Predictable Revenue (Receita Previsível) – Aaron Ross, Marylou Tyler
PESSOAS CITADAS
- Andre Passamani
- Seth Godin
- Patrick Collison
- Pedro Waengertner
- Mike Ajnsztajn
- Gilberto Dimenstein
- Lionardo Nogueira
LINKS IMPORTANTES
FRASES E CITAÇÕES
- “Não se apaixone pela sua ideia” – Nara Iachan
- “se você perceber que o seu negócio tá parecendo que você tá empurrando ele ladeira acima, porque você não procura um negócio você consiga empurrar ladeira abaixo” – fala de Seth Godin
- “A parte estranha é que mesmo que as coisas estejam indo bem e a empresa dando certo, normalmente você não se sente tão bem e ninguém me disse isso antes de eu começar, eu pensei que bem, se a empresa tiver sucesso então claramente vai ser não necessariamente divertido mas pelo menos eu vou me sentir bem no dia a dia, enquanto na realidade é que você tá sempre necessariamente operando no limite do quanto você pode controlar” – fala de Patrick Collison
- “Ser bem-sucedido é uma autoavaliação então assim, se você gosta do que você fez, gosta de onde você chegou e se admira em tudo que você fez, acho que você é bem sucedido” – Nara Iachan
se você curtir o podcast vai lá no Apple Podcasts / Spotify e deixa uma avaliação, pleaaaase? leva menos de 60 segundos e realmente faz a diferença na hora trazer convidados mais difíceis.
Henrique de Moraes – Fala Thiago e Nara, sejam muito bem-vindos ao calma!, queria começar já dizendo que eu tô muito feliz de ter vocês por aqui, é um prazer especialmente ter conseguido juntar vocês dois, o que até falei aqui no início antes de a gente começar a gravar, que é meio surpreendente eu não ter visto isso antes né, e aí eu queria agradecer especialmente pela generosidade de tempo porque eu sei que tirar dois fundadores de uma operação de uma empresa que não para de crescer por 90 minutos é uma responsabilidade, então obrigado pela generosidade aí dos dois.
Nara Iachan – Oi Henrique tudo bem? Muito obrigada, a gente que agradece, a gente tá muito feliz de estar aqui, realmente é muito diferente e a gente achou super bacana, então a gente está muito animado.
Thiago Brandão – Muito legal Henrique, obrigado demais pelo convite, estamos aqui animados e pode ficar à vontade para perguntar o que você quiser.
Henrique de Moraes – Maravilha, vamos nessa então. Como a pauta tá longa, eu já vou começar perguntando, não vou enrolar muito e a primeira coisa que eu queria saber de vocês é como é que é esse casamento duplo né, eu diria, porque vocês são casados na empresa, são sócios, e são casados de fato né, então quais são os desafios que vocês tem ou que vocês precisam superar no dia a dia para tocar o negócio sendo casados?
Nara Iachan – Bom, hoje em dia eu acho que tudo flui de uma maneira muito natural e muito tranquila mas não foi sempre assim né, a gente tá junto há 10 anos e a Cuponeria começou há 8 anos, então hoje em dia a gente conseguiu um ritmo legal e até ajuda a gente porque é como se a gente tivesse junto em tudo né, então é aquele apoio, aquilo de conhecer os problemas, conhecer as coisas boas e acaba tudo muito integrado, muito legal. Mas no início saía muita briga, era muita discussão, aí quando tinha um problema com alguma coisa acabava transbordando para outra coisa né, então foram muitos desafios né mas acho que assim, depois de uns 2 anos de empresa a gente acabou ajustando né, apertando os parafusos e acho que deu tudo certo porque eu achava engraçado quando as pessoas diziam para gente, depois de um tempinho falavam assim “Nossa eu nunca vi isso, vocês não brigam nunca, vocês não discutem nunca por nada” e eu achava isso super engraçado porque eu lembrava do início, o início quando era tipo, incendiava tudo o tempo inteiro.
Thiago Brandão – E no começo também tinha o ponto de que era só eu e Narinha, então era sempre só nós dois que decidíamos, não tinha uma pessoa para desempatar uma opinião né, então quando a gente discordava era eu, era a Nara e a gente tinha que juntos chegar num acordo, e a gente depois até começou a chamar a Cuponeria de filha né, a gente acaba criando até um laço afetivo que é a nossa filha, nossa primeira filha é a Cuponeria.
Nara Iachan – Exatamente, às vezes a gente chama a empresa de filha, às vezes a gente chama a equipe de filho, acaba criando uma coisa super engraçada.
Thiago Brandão – Cria um laço bem familiar.
Henrique de Moraes – ´É engraçado, curioso mesmo, eu queria entender que tipo de parafusos foram esses que vocês apertaram aí, vocês lembram de algum problema específico por exemplo que vocês tiveram que lidar e de repente tenha sido mais difícil ou mais traumático, e eu tô perguntando isso por uma curiosidade genuína porque eu sou sócio da minha esposa também
Nara Iachan – Ah legal
Thiago Brandão – Ai que legal, muito bom.
Henrique de Moraes – Pois é então assim né, é bom a gente aprender com pessoas que já passaram, tão há 8 anos aí nessa trajetória.
Nara Iachan – Com certeza, eu acho que assim, eu acreditava em muitas coisas que o Thiago acreditava de uma forma um pouco diferente então eu acho que até a gente aprender que era tudo muito complementar e que uma coisa não excluía a outra, a gente demorou bastante, então às vezes eu queria por exemplo inscrever a Cuponeria em um programa que o Thiago discordava porque ele achava que o caminho de crescimento era outro, e aí teve uma hora que a gente viu que dava para seguir fazendo o que os dois acreditavam, e eu acho que isso reforçou nossos pontos fortes né, não sei se você concorda
Thiago Brandão – Sim e é muito legal porque a gente, somos pessoas, apesar de termos muitas coisas em comum, o fato da gente se complementar deixa ainda mais forte a situação né, o sonho, porque o sonho é o que movia a gente, e por pensar diferente, a gente sabendo lidar com isso e foi o que a Nara falou, o ponto era esse, dava para seguir de diferentes caminhos, não precisa ter uma forma só de testar as coisas, até porque startup é muito isso, é testar, testar e testar, então era quase como testes em dobro o tempo inteiro.
Nara Iachan – É verdade.
Henrique de Moraes – Boa. Legal, realmente faz sentido vocês usarem essa complementaridade para reforçar né, mas e quando alguma vez, e aí é uma curiosidade, se eu for longe demais vocês me avisem mas, no início não rolava aquela coisa de “Viu, eu não falei que esse era um caminho bom?”, quando algum caminho dava certo?
Nara Iachan – O tempo inteiro
Thiago Brandão – Ah, com certeza, a gente começou muito novo também né, então tinha aquela imaturidade do jovem também, então não era só imaturidade por sermos casal, era a imaturidade da idade que a gente tinha mesmo.
Nara Iachan – Mas essa frase é comum né, é bem essa frase mesmo que a gente fala de vez em quando.
Thiago Brandão – Mas também tem o oposto da frase, que é do tipo “Viu? Deu certo.”
Henrique de Moraes – Maravilha, e se vocês pudessem fazer, dar uma recomendação pra quem tá fazendo a mesma coisa, no caso eu aqui tô fazendo uma sessão de terapia, me desculpa, mas que recomendação vocês dariam pra quem está de repente empreendendo junto, um casal que esteja começando um negócio, por exemplo?
Nara Iachan – Eu acho que pra respeitar a intuição do outro, às vezes a gente tem, os dois têm intuições muito fortes mas pra tentar conciliar isso, o quanto antes ajustar melhor porque quando um tenta, a gente fala uma frase, essa frase a gente repete muito, que a gente não pode ser freio um do outro, então agora, desde que a gente ouviu essa frase e a gente sempre que vai, sempre que escuta uma coisa que o outro tá com ideia, tá propondo, a gente antes de dar opinião a gente pensa “Eu não vou ser freio do Thiago”, e o Thiago pensa “Eu não vou ser freio da Nara”
Thiago Brandão – Exato, e até mesmo respeitar também a questão de forma de lidar com a situação então por exemplo, se um prefere não trabalhar fora do horário do expediente, saber não trabalhar fora do horário de expediente, porque cada um é cada um
Nara Iachan – Sim, isso é verdade
Thiago Brandão – E como a Narinha falou, importante é a gente não ser freio, mesmo sendo casados né enfim, nesse caso dando a dica para quem tá começando para não deixar essa diferença de intuição atrapalhar o seu próprio negócio né, porque no fundo sucesso é o conjunto
Nara Iachan – Só uma curiosidade já que você tocou nesse assunto, já aconteceu de eu acordar a Thiago às 2 horas da manhã para falar algum assunto sobre a empresa.
Thiago Brandão – Aconteceu e acontece
Nara Iachan – Eu entendi a indireta aqui
Henrique de Moraes – Desculpa gente, não queria puxar a terapia agora, vamos lá vou mudar de assunto mas eu achei muito legal essa frase de não ser freio, e eu acho que essa frase deveria ser usada para qualquer casal, não só para casais que empreendem juntos, porque eu acho que isso é um problema em muitos relacionamentos né, de um casal acabar, uma pessoa do casal acabar tentando frear a outra ou ambos, enfim de certa forma.
Thiago Brandão – Exato, e o freio às vezes não é nem um freio muito direto do tipo “Ah não faça isso”, pode ser uma piadinha do tipo “Ah você não é muito bom nisso”
Henrique de Moraes – O que é muito pior
Thiago Brandão – É, e eu e a Nara a gente é muito força um pro outro, eu canto super mal, mas eu sei que a Nara finge que eu canto bem, só pra eu poder ter meu sonho de um dia ser cantor, e vice-versa, então a gente tem que saber que às vezes as piadinhas, o indireto, pode ser pior que um freio real né
Henrique de Moraes – Sim com certeza. Esse exemplo aí é real? Você quer ser cantor?
Thiago Brandão – Cara eu cresci com música, minha família é super musical, parece família de filme, sabe? A gente tem piano em casa, então a gente adora música mas cantar infelizmente eu não nasci com o dom natural mas eu gosto muito.
Nara Iachan – Mas eu não duvido nada que um dia você vire cantor
Thiago Brandão – Mas estamos aqui tentando, quem sabe um dia?
Henrique de Moraes – Mas você toca algum instrumento então?
Thiago Brandão – Toco, eu toco piano, violão, sax, gosto muito de instrumentos.
Henrique de Moraes – Caraca legal, dá para montar uma banda sozinho, muito bom. Eu sou músico também, eu toco bateria, quer dizer, tocava né, tem um tempo que eu parei de praticar, até comprei agora uma bateria eletrônica pra ver se eu volto aqui a me divertir pelo menos
Thiago Brandão – Ah que legal, volta sim é muito bom
Henrique de Moraes – É mas é difícil, o vocalista da minha primeira banda ele é assim, ele toca um pouco de tudo, é muito legal porque no final das contas ele consegue gravar, ele tem uma visão mais holística eu acho, da coisa, ele consegue ver um pouco de tudo, enxergar como tudo se encaixa, é muito legal quando você aprende assim a ser multi instrumentista nesse sentido né.
Nara Iachan – Muito Legal
Thiago Brandão – Legal.
Henrique de Moraes – Deixa eu perguntar uma coisa para vocês, como vocês se conheceram? Foi na faculdade?
Nara Iachan – Foi na faculdade, o Thiago foi meu veterano em economia né, nós dois estudamos economia, e aí a gente se conheceu logo nos primeiros dias de faculdade, o Thiago deu trote né na minha turma
Thiago Brandão – Pois é, e aí eu que pintei a Nara na época e foi engraçado porque eu cheguei no bar e aí tinha uma espaço vazio do lado da Nara, eu vi a Nara de longe e puxei uma cadeira, botei do lado da Nara e fiquei ali conversando, puxando assunto, puxando assunto.
Nara Iachan – Só que durou um mês, a gente ficou junto um mês e terminou, passou 3 anos separado e depois voltou
Henrique de Moraes – Sério? Caramba mas e aí como é que foi, porque vocês voltaram, como é que foi esse reencontro aí?
Thiago Brandão – Eu falo pra Nara assim, que quando eu vi a Nara foi engraçado isso, quando a gente conversou eu sempre senti que a gente ia casar, eu falava pra todo mundo, falava pra ela até, inclusive várias vezes eu chorei bêbado falando pra Nara, só que a gente era muito neném, era uma época muito diferente, eu venho de uma, eu a Nara a gente tem culturas talvez, backgrounds muito diferentes né, eu sou de Niterói, Nara era do Rio de verdade, aí acabou que assim, nessa fase mais imatura
Henrique de Moraes – Rio de verdade foi ótimo cara
Thiago Brandão – De verdade porque assim
Henrique de Moraes – Eu sou de Niterói
Thiago de Moraes – Você é de Niterói? Que legal
Henrique de Moraes – Eu entendi o que você quis dizer
Thiago Brandão – Você entendeu né? E aí acaba sendo, ainda mais nessa fase adolescente né, começo da faculdade, as diferenças eram mais gritantes, a nossa imaturidade e infelizmente por causa dessa imaturidade a gente acabou se afastando, mas aí depois de três anos quando eu vi que Nara tinha ficado solteira de novo eu magicamente apareci pra puxar assunto e ela deu chance pra gente voltar a conversar e aí deu tudo certo, desde então a gente já tá há 10 anos juntos.
Henrique de Moraes – É, dá para dizer que deu certo né? Vários anos juntos, 5 milhões de usuários depois
Nara Iachan – Pois é
Henrique de Moraes – Muito bom. Deixa eu então agora já vir aqui pro lado da empresa, uma coisa curiosa que eu percebi na história de vocês é que vocês começaram num formato bem enxuto né, enxuto eu digo bem no sentido da metodologia lean startup, e eu queria entender se isso foi alguma coisa que foi intuitiva ou se vocês tiveram essa informação, vocês pesquisaram antes? Porque se eu não me engano vocês começaram oferecendo os cupons na faculdade, depois fizeram um blog, pra só depois ir para o site de fato, fazer aplicativo, essas coisas né?
Nara Iachan – Exatamente, no nosso caso foi uma falta de opção mesmo, na época a gente estava estagiando né então assim, o que a gente tinha de verba para investir era o que a gente ganhava no estágio né, e bolsa de estágio em geral é um valor bem baixo e assim, a gente não tinha muitos recursos, a gente nem conhecia pessoas de TI, então não tinha opção mesmo e realmente a gente também quando você tem verba limitada você também não pode gastar 100% em uma coisa né então a gente foi fazendo bem aos pouquinhos e aí lançou o blog, que era o que a gente conseguia fazer e tal e só foi profissionalizar depois que a gente viu que teve aceitação né, e depois também que entrou nosso sócio de tecnologia, o Lio.
Thiago Brandão – E um ponto muito legal é que a gente primeiro foi ver se o mercado compraria nossa solução de mídia, porque não adiantaria a gente fazer todas as etapas e descobrir no final que a gente não teria cliente, porque a gente sempre acreditou muito nessa questão de primeiro entender se o cliente existe né, se ele é real, para depois ir fazer.
Henrique de Mpraes – Vou até dar os parabéns para vocês porque a quantidade de gente que erra nisso é assim surpreendentemente alta né, vocês devem saber, vocês como hoje em dia estão mais na mídia, vocês devem receber muita gente pedindo mentoria, esse tipo de coisa, e a quantidade de gente que começa colocando todas as fichas e construindo algo do tamanho de um bonde, sem nem saber se é isso, se tem mercado, se as pessoas vão comprar a solução dele, se faz sentido, se tem uma necessidade né.
Nara Iachan – Exatamente, a frase que a gente escutou foi “Não se apaixone pela sua ideia” porque se você se apaixona
Thiago Brandão – Você não consegue mudar ela
Nara Iachan – Começa a apostar muito alto nela e você não muda ela, então você pode ouvir o feedback que for do mercado que você começa a achar que é o mercado que tá errado então o perigo tá bem aí né.
Henrique de Moraes – É, essa frase é bem legal, “Se apaixone pelo problema e não pela ideia”, tem um cara que eu gosto muito, não sei se vocês conhecem, o Seth Godin, sempre falo dele aqui no podcast, enfim as pessoas devem estar de saco cheio de ouvir, mas tem uma fala dele que ele tava falando exatamente sobre dicas que ele dá pra empreendedores que estão começando, ele fala o seguinte, se você perceber que o seu negócio tá parecendo que você tá empurrando ele ladeira acima, porque você não procura um negócio você consiga empurrar ladeira abaixo né, e é um pouco disso, de tipo tem tantas necessidade que as pessoas ainda tem e precisam ser solucionadas, resolvidas, então em vez de tentar inventar uma necessidade e falar assim “Eu tenho certeza que você tem essa necessidade”, busca encontrar uma solução pras necessidades que existem, das milhares que existem, e foi um pouco do que vocês fizeram né
Nara Iachan – Exatamente, a gente fez e a gente continua fazendo na verdade então são ajustes e mais ajustes a cada ano, a cada momento. É uma coisa que eu acho que a gente nunca vai parar de fazer né
Thiago Brandão – Exato, com certeza.
Henrique de Moraes – Esse é um ponto que eu ia puxar, você quer falar alguma coisa Thiago?
Thiago Brandão – Não, eu tava pensando aqui, quando você falou isso da ladeira né, da direção e eu acho difícil me identificar com ladeira abaixo, mesmo que seja um problemão que exista no mercado, eu tenho a impressão que todo mundo se sente empurrando ladeira acima porque é muito difícil empreender.
Nara Iachan – É, empreender é naturalmente ladeira acima
Thiago Brandão – É, naturalmente você vai ter que vencer muitas barreiras e eu acho que o grande segredo é não desistir
Nara Iachan – Talvez mude um pouco a inclinação da ladeira. Nossa ladeira abaixo,imagina?
Thiago Brandão – Fiquei um pouco com inveja assim “Nossa imagina se existisse ladeira abaixo?” seria tão bom se existisse.
Henrique de Moraes – Eu acho que essa analogia é uma brincadeira porque se você parar para pensar, até na trajetória de vocês tem essa parte do empreendedorismo que eu vou falar sobre isso inclusive em seguida, mas vocês encontraram uma necessidade e isso foi pelo menos sendo validado né, foram percebendo a necessidade, vocês foram lá, fizeram 5 ofertas, deu certo, partiram pro próximo passo, deu certo de novo então assim, o que eu vejo é que tem gente que acaba ficando como a Nara falou, apaixonado pela ideia e sem validação nenhuma e a pessoa tá forçando aquilo ali achando que uma hora vai engatar né, acho que esse é o problema.
Thiago Brandão – Com certeza.
Henrique de Moraes – E acho que nesse sentido sim foi ladeira abaixo, mas tem todo esse lado né, acho que, é engraçado né porque eu acho que quem vê de fora, e eu tô falando como uma pessoa que vê de fora a Cuponeria e a história de vocês, parece que vocês já chegaram lá né, seja lá o que que signifique esse lá mas assim, vocês tiveram sucesso, já estão há 8 anos empreendendo, tiveram vários incentivos, passaram por vários processo de aceleração importantes, não foram acelerações pequenas e investimentos mas tem uma coisa que o empreendedor, e eu sou empreendedor também, eu sei como é que é, que essa coisa de que a gente nunca parece que chegou, tem uma entrevista do Patrick Collison que é o fundador da Stripe em que ele fala o seguinte: “A parte estranha é que mesmo que as coisas estejam indo bem e a empresa dando certo, normalmente você não se sente tão bem e ninguém me disse isso antes de eu começar, eu pensei que bem, se a empresa tiver sucesso então claramente vai ser não necessariamente divertido mas pelo menos eu vou me sentir bem no dia a dia, enquanto na realidade é que você tá sempre necessariamente operando no limite do quanto você pode controlar”, porque se dá para fazer mais você inevitavelmente assume mais e isso deixa a gente sempre no limite do stress, então acho que é um pouco desse sentimento, como é que é isso para vocês hoje, no momento em que vocês estão assim, vocês ainda tem esse sentimento de “Caralho, a gente não chegou ainda em 10% do que a gente tem para fazer”?
Nara Iachan – Sim, acho que a gente é bastante inquieto né, nós dois então esse sentimento ele é inevitável. Claro que ele não é mais o tempo inteiro como era no início né porque no início você tá sempre ansioso, nervoso mas hoje em dia esse sentimento, tem dias que a gente fala “Caramba hoje foi um dia igual no início da empresa” porque são tantos novos desafios e novas empolgações
Thiago Brandão – Sim sim, eu acho que também a sensação ela justamente por ela não passar, essa sensação de que você precisa, que você não chegou no sucesso é o que faz a gente continuar crescendo, continua contratando, continua crescendo mas eu acho que houve uma sensação de um pouco mais de, não é sossego a palavra mas é de entendimento quando a gente percebeu disso, quando a gente percebeu que não existia um final, que não existia um sucesso claro, e quando você percebe isso acho que rola um entendimento do que você tá sentindo, então é aquela montanha russa de emoções, notícia ruim e notícia boa, a gente até brincava que quando vinha notícia boa a gente falava “Calma que vai vir uma notícia ruim”
Nara Iachan – Mas tem o contrário né quando vem uma ruim calma que daqui a pouco vem uma boa.
Thiago Brandão – Exatamente, exatamente, uma coisa vai passando por cima e você vai entendendo como funciona, acho que isso é muito legal esse amadurecimento e aconteceu com a gente de certa forma.
Nara Iachan – É a gente aprendeu a lidar né
Thiago Brandão – A gente aprendeu a lidar, exatamente
Nara Iachan – Não é que as coisas mudam tanto, é que a gente aprende a lidar com elas né
Thiago brandão – Exato, totalmente o sucesso eu acho que não existe né pensando, ele pode existir mas é difícil, é difícil dizer assim o que é sucesso né, o que é chegar lá, isso é muito relativo.
Nara Iachan – É, não é um ponto único.
Henrique de Moraes – Eu acho que esse certamente é o maior desafio do empreendedor e esse ponto que vocês chegaram acho que é o mais importante de entender que não vai passar né, que você vai estar sempre, porque senão você fica frustrado o tempo inteiro, você vive frustrado. A partir do momento que você aceita né acho que pelo menos você encontra um consolo naquilo ali né, do tipo assim “Ah beleza eu sei que vai passar”, “Deu merda hoje beleza, faz parte”
Nara Iachan – Exatamente, não tem um ponto que em que você se torna invencível, isso não existe, quem dera.
Henrique de Moraes – Eu acho que inclusive isso é pior né
Thiago Brandão – Grandes empresas voltando atrás e pode ser que a pessoa que quebrou também atingiu sucesso, aquela pessoa aprendeu tanto, ela chegou num momento de maturidade tão bom que é sucesso mesmo tendo quebrado, enfim.
Henrique de Moraes – Eu acho que quanto maior fica maior é o risco também né então talvez de certa forma você tem aquele sentimento de olhar e falar assim “Olha que legal o que a gente construiu até aqui” mas em compensação falar “Ferrou, se der merda, vai dar merda grande né”
Nara Iachan – Mas o que muda assim, o que faz muita diferença na nossa cabeça no dia a dia é que a gente sabe que agora a gente conta com toda a nossa equipe, a gente conta com os nossos investidores, a gente conta com nossos clientes que já estão há vários anos com a gente então assim, os nossos parceiros então você passa a ter cada vez mais gente do seu lado e isso faz bastante diferença também.
Thiago Brandão – Com certeza porque a torcida vai crescendo junto né, foi como a gente falou, começou eu e a Nara
Nara Iachan – A parceria né
Thiago Brandão – Exato e quanto mais torcedor junto para sonhar junto, melhor.
Nara Iachan – É, exatamente.
Henrique de Moraes – Assim, nessa trajetória de vocês, eu sei que vocês tiveram alguns pontos aí, alguns milestones que foram alcançados que foram bem relevantes né, eu ouvi em algumas entrevistas e lendo assim, eu vi que tiveram alguns players que foram importantes, Pizza Hut eu acho, quando vocês fecharam foi legal, depois teve o grupo Pão de Açúcar, hoje são 5 milhões de usuários ativos, é isso?
Nara Iachan – São mais de 6
Thiago Brandão – São mais, esse ano a gente cresceu ainda um pouco mais.
Henrique de Moraes – E assim, tiveram os momentos de aceleração, investimento, tudo isso, para vocês assim quais foram esses pontos mais importantes que de repente vocês acharam que de fato teve uma virada sabe, que fez diferença na trajetória de vocês e que fez vocês crescerem assim desproporcionalmente em relação ao que vocês vinham fazendo antes?
Nara Iachan – Nossa, acho que tem muitos pontos assim, acho que se a gente fosse marcar em uma linha do tempo ia ter bastante coisa porque virada é uma coisa que é gradual né mas eu acho que assim, o StartUp Brasil foi uma primeira, junto com a ACE né, foi quando a gente começou a aprender as coisas, a gente começou a entender o que era a empresa realmente, profissionalizou um pouco né.
Thiago Brandão – E foi quando a gente também mudou de cidade, quando a gente veio para São Paulo, acho que isso amadureceu também a gente como pessoas né, morar numa cidade longe da família e tal e como a Nara falou, a gente aprendeu muito com a ACE, que é nossa aceleradora, e o programa StartUp Brasil com certeza foi muito enriquecedor pra gente.
Nara Iachan – Aí teve o investimento do Google também foi muito importante né porque com o investimento do Google a gente passou um mês lá no Vale do Silício dentro do Google, e lá a gente aprendeu muita coisa, a gente mudou o site, o aplicativo, ganhou o prêmio de melhor app do ano junto com o Magazine Luiza, 2016 foi um ano muito, se for falar de uma virada só talvez seja essa porque foi um ano de muitas rupturas né, o aplicativo tava mal avaliado, passou a ser super bem avaliado, a gente trouxe o cupom McDonald’s para o Brasil, acho que foram muitas coisas ao mesmo tempo né.
Thiago Brandão – A relação da Cuponeria com o Google é mágica assim, o Google pra gente sempre foi desde moleque né uma empresa de tecnologia que a gente olhava com muito bons olhos em termos de crescimento, como a empresa cresceu e essa relação deles com as startups, a gente meio que inaugurou o primeiro programa deles, então a gente participou de tudo sem saber como seria, foi até engraçado porque a gente recebeu a instrução “Se inscreve no programa do Google mas o Google não pode dizer o que é porque é segredo”, a gente se inscreveu e quando a gente soube que a gente ia passar um mês no Vale, tudo bancado pelo Google, Google ia dar um dinheiro pra gente, Google ia dar 1 ano e meio de escritório grátis aqui em São Paulo depois, a gente ficou assim “Nossa que loucura” e em contrapartida acionária, então o Google não pegou nada em troca, fora nosso feedback sobre os produtos que a gente usa, a relação no Google com as startups não tem nenhuma contrapartida clara, então é uma relação maravilhosa assim, a gente aprendeu muito com os caras e até hoje a gente se lembra desse aprendizado.
Nara Iachan – E também Bradesco, o Bradesco também fez bastante diferença pra Cuponeria porque primeiro começou com MVP e depois eles passaram a ser clientes da Cuponeria e depois de clientes eles passaram a ser investidores, então toda essa entrada do Bradesco também trouxe para gente um mundo novo né, muita coisa que a gente não conhecia ainda a gente passou a conhecer, passou a ter relações diferentes, produtos diferentes então foi mais uma virada que a gente teve né.
Thiago Brandão – Com certeza, a Cuponeria tem um grande cliente, um cliente do tamanho do Bradesco foi um aprendizado fantástico.
Nara Iachan – Sim, e aí a gente passou a ir para outros bancos, bandeiras de cartão, trouxe um aprendizado que mudou muito a Cuponeria também.
Henrique de Moraes – Como que funciona, por exemplo o trabalho que vocês fazem com Bradesco, que tipo de vantagens vocês oferecem, como funciona essa dinâmica?
Nara Iachan – Com o Bradesco a gente faz clubes de benefícios, então é uma coisa que a gente, os cupons da Cuponeria eles acabam sendo usados para trazer os usuários para o meio digital, para incentivar que os usuários estejam nos canais digitais deles, isso é um produto assim que traz muito resultado, é super bacana.
Thiago Brandão – E aí por causa disso a gente construiu toda uma área na Cuponeria de soluções que não estão claras para o usuário no aplicativo no site, são soluções tecnológicas por trás dos cupons e que o banco usa para juntamente como a Nara tava comentando né, você vem para o app do banco e você ganha por exemplo um voucher no Outback, e aí a gente consegue medir essa conversão de pessoas que passaram a ser clientes digitais em relação daqueles que foram ao Outback, então tem um trabalho super bacana de mudança de hábito usando cupom de desconto.
Henrique de Moraes – Legal, e se vocês pudessem de repente falar de um aprendizado específico em cada um desses programas, no Startup Brasil assim, algum aprendizado que marcou muito, também no período no Google e do Google eu sei que vocês tiveram mudança de cor né e foi importante mas eu queria que fosse além da mudança de cor assim, se vocês pudessem falar de algum aprendizado mais do dia a dia de gestão ou alguma coisa assim e também de repente com o Bradesco se fizer sentido, conseguem?
Nara Iachan – Do Startup Brasil eu acho que a gente aprendeu a ter uma cabeça mais profissional porque antes era tudo muito informal então a ACE, é que a aceleradora entra junto com o programa do governo né, e aí a ACE trouxe esses conhecimentos para gente, a aceleração deles ensinou pra gente muita coisa que a gente não conhecia de finanças, de jurídico, muita coisa assim que
Thiago Brandão – Planejamento
Nara Iachan – Exatamente, até de marketing também
Thiago Brandão – E aí até assim para fazer a conexão, foi justamente por essa adaptação da nossa ideia da Cuponeria junto com a ACE que a gente conseguiu chegar ao Google, inclusive foi a ACE que fez a ponte
Nara Iachan – É, foi um caminho
Thiago Brandão – E aí talvez se a gente não tivesse passado pela aceleração da ACE, o Google não teria enxergado a gente e essa apresentação da ACE para o Google foi super importante.
Nara Iachan – Sim, do Google para mim o principal aprendizado foi que a gente não tinha poder de decidir as coisas como a gente queria da empresa, quem decide era nossa cliente e nosso usuário, eu acho que foi a principal lição do Google, “vocês não tem que sair fazendo tudo que vocês querem”, “não é da cor que vocês querem”, “tudo tem que ser com base no que o cliente/usuário querem”
Thiago Brandão – Exatamente, e aí trouxe até um conceito que a gente gosta muito de falar na Cuponeria que é um modelo mental, então quando o usuário enxerga sua startup, quando ela abre o aplicativo ou site ela tem alguma referência, alguma memória que essa pessoa tem, que ela rapidamente entende o que é a sua startup ou seu site, se você não constrói seu site ou seu aplicativo para resgatar essas memórias do usuário, por exemplo se você cria uma referência nova, nosso caso a gente usava azul, usava cinza, usava cupcake, coisas que não tem nada a ver com desconto e ofertas, o usuário quando abria o nosso app, nosso site ele não tinha uma visão de que aquilo era uma plataforma de benefícios, ele achava que era uma loja de cupcake, então a gente tinha que explicar para o usuário e aí já começa a confundir porque você tem que começar a se explicar para ele, e o Google mostrou para gente que a gente tem que sempre simplificar, como a Nara falou fazer como o usuário gosta porque ele entende tudo de cara, tudo mais fácil.
Nara Iachan – E do Bradesco foi para enxergar outros potenciais do produto né, então às vezes tem uma coisa que a gente tá fazendo de um lado e que é muito aplicável a uma área que tá muito necessitada dessa solução então você consegue otimizar coisas que você já faz, isso foi muito bacana também.
Thiago Brandão – Sim e até eu faço aqui uma observação que assim, voltando àquele assunto do casal de ser feio e ser acelerador, foi muito interessante porque a Nara teve uma intuição muito forte com o Bradesco lá atrás, e ela defendeu o Bradesco do começo ao fim e muitos dos nossos colaboradores, sócios, algumas vezes não estavam entendendo porque como a Cuponeria tradicionalmente vendia cupom com uma mídia, o que que Bradesco ia ter com a gente? Só que a Nara teve uma intuição muito forte de pensar “Cara, a Cuponeria não precisa só vender mídia, a gente tem toda a nossa tecnologia, a gente tem várias coisas por trás que grandes bancos podem ter interesse” e aí a Nara fazia reunião quarta-feira acho que 7 da manhã toda semana porque ela convenceu todo mundo “Olha vou usar esse horário para tocar esse projeto” e hoje o Bradesco é o nosso principal cliente. Então aí volta naquele ponto né que a gente tem que se complementar, saber que as intuições a gente não pode ser freio numa intuição só porque a gente é diferente dela e esse episódio foi magnífico porque o Bradesco de fato foi um grande ponto de transformação da Cuponeria.
Henrique de Moraes – Legal cara, muito bom ouvir essa história e é engraçado que quando a gente teve a troca de emails né, eu passei as informações do podcast para o Thiago, e ele me respondeu contando ali alguns pontos importantes e tudo mais, e achei tão legal ele ter falado “Ah uma coisa importante é que a minha sócia é Nara minha esposa, e ela teve a ideia”, já deixou claro, muito legal essa parceria de vocês. Então aproveitando esse momento de casal, de amor, o amor está no ar, vocês dois saíram na lista da Forber Under 30, então primeiro queria dar os parabéns para vocês, casalzão da porra de fato, eu fico ligeiramente preocupado com seus filhos tá, porque vão ter que superar, uma coisa é um, tipo “Meu pai foi”, “Minha mãe foi” mas os dois é foda
Thiago Brandão – A gente nunca tinha pensado nisso
Nara Iachan – Nunca tinha pensado por esse lado
Henrique de Moraes – Mas eu queria entender assim, como foi receber essa notícia, que sentimentos trouxe para vocês e eu queria entender como de onde surge isso, como vocês recebem a notícia, queria um pouco da história por trás disso tudo.
Nara Iachan – Eu acho que o sentimento quando a gente soube foi bem isso que a gente tava comentando né a gente fica não só feliz mas também orgulhoso do outro né, isso é muito legal essa sensação de ser junto é muito muito gostosa, é muito bom.
Thiago Brandão – Pois é e foi o meu último ano, porque eu tava na virada do aniversário, então ou era aquele ano ou não era mais e na verdade acho que procuraram primeiro a Nara né, e aí você falou de mim também, comentou que tinha fundado junto comigo, e aí eles consideraram talvez estudar sobre os dois, e a gente não sabia na verdade como que é, só soube quando saiu
Nara Iachan – É exatamente, e aí eles mandaram pra gente, foi assim
Thiago Brandão – Uma grande notícia
Nara Iachan – Foi, a gente ficou muito feliz.
Henrique de Moraes – Legal, e deu pelo menos nesse momento aquele sentimento do tipo “Beleza, algum reconhecimento”?
Nara Iachan – Eu acho que tem muitas alegrias diárias né eu acho que, como a gente tava falando não tem um final, não tem um ponto único né mas foi um sentimento muito gostoso assim, inclusive como a equipe ficou feliz, como a equipe sabia que era parte disso né
Thiago Brandão – Sim, com certeza, aquele lance que a gente falou das torcidas né, que a torcida vai aumentando e o sonho vai ficando mais gostoso ainda.
Nara Iachan – Todo mundo, os investidores, os clientes, os parceiros, foi uma energia muito boa foi muito legal.
Henrique de Moraes – Muito bom, parabéns mais uma vez porque vocês merecem com certeza porque é uma dupla jornada difícil de conciliar. Tinha que estar lá pelas duas conquistas, por uma empresa bem-sucedida e um casamento bem-sucedido
Thiago Brandão – Como a gente falou né, a empresa virou nossa filha então a gente faz tudo, o sonho é um só então isso é muito gostoso.
Henrique de Moraes – Verdade, e em relação a modelos de pessoas e empresas, que vocês falaram até do Google né que o Google sempre foi uma referência para vocês e tal, o que vocês tiveram além do Google e aí podem ser empresas e pessoas tá como referências ao longo da trajetória, então vocês podem falar por exemplo “No início eu olhava mais para tal empreendedor depois eu aprendi e me apaixonei por esse aqui”, vocês tem esses modelos que inspiram vocês até hoje? Como é que é isso?
Nara Iachan – Temos muito, nós dois somos muito apaixonados então assim, no início até a gente não comentou mas a gente também ganhou o “Sua ideia vale R$ 1 milhão” do Buscapé, e na época o Buscapé era uma empresa
Thiago Brandão – Que saiu da faculdade, de garagem
Nara Iachan – Super referência pra gente então assim foi muito bom estar lá estar junto com o Buscapé também que na época era muito assim
Thiago Brandão – A startup brasileira né
Nara Iachan – A startup brasileira, exatamente. Mas o próprio Pedro Waengertner e o Mike da ACE, a ACE como um todo né é uma empresa que esteve presente e está presente, nossas referências em geral são pessoas que estão próximas da gente de alguma forma né
Thiago Brandão – E que gostam de transformação
Nara Iachan – Isso
Thiago Brandão – Que são inquietos e querem transformar as coisas
Nara Iachan – Exatamente, e que a gente pensa muito parecido né então as ideias que a gente tem a gente adora apresentar para o Pedro né, hoje em dia para o nossos conselheiros como um todo né
Thiago Brandão – Sim, com certeza e eu acho que tem uma pessoa que a gente não pode deixar de falar
Nara Iachan – Acho que era pessoa também que, tem uma pessoa que para gente é assim uma grande pessoa, grande parceiro e pessoa que a gente admira muito assim em tudo que é o Gilberto Dimenstein que inclusive faleceu esse ano mas é uma pessoa que a gente tem assim um carinho e uma admiração tão grandes, ele esteve tão junto com a gente, assim como com outros empreendedores também
Thiago Brandão – Pra quem não sabe o Gilberto ele fundou o Catraca Livre, ele também era jornalista e ele trabalhava muito em função do crescimento do Catraca né atingindo os jovens universitários, que também tinha muita a ver com o nosso sonho de crescimento da Cuponeria que a gente também é muito voltado para universitário, para o jovem e o Gilberto ele trazia uma vontade de transformação que era assim eletrizante, você sentar numa reunião com o Gilberto era assim uma bomba de ideia atrás da outra, uma vontade de mudar tudo que a gente ficava assim de boca aberta com os olhos brilhando falando assim “O que esse cara tá falando, olha isso” e a gente cresceu muito por causa da ajuda do Gilberto.
Nara Iachan – Com certeza. Pela gente assim, cada reunião com o Gilberto duraria assim uns três dias porque era tanta coisa nova, era tão fascinante né e assim como ele deu a mão pra gente, pra Cuponeria, ele fez isso com muitos empreendedores, então eu quis até deixar para o final pra falar dele porque foi assim, muita coisa pra falar mas ele fazia parcerias desde startups, até por exemplo via uma orquestra que ele queria apoiar também, ele apoiava, ele sempre dava um jeito né, às vezes um grupo de dança, às vezes um vendedor de água de coco ele também apoiava e ajudava o cara a crescer, então a gente aprendeu muito o poder de transformação das coisas com ele né.
Thiago Brandão – Sim, e também esse poder de transformação como um ato sem contrapartida né, se a gente disser que a gente nunca deu 1 real nessa parceria, que a gente nunca foi nunca foi visto, nessa parceria com a Cuponeria como faturamento, era transformação por transformação e isso era muito legal e ele realmente viu na gente esse sonho que a gente tem e também se apaixonou por essa nossa vontade de transformar
Nara Iachan – E viu como isso impactava né, como impactava as pessoas, como as pessoas com cupons de desconto conseguiram aproveitar mais as coisas e viver bons momentos
Thiago Brandão – Encontrar com os amigos, a família, sair de casa para passear, enfim
Nara Iachan – E ensinou também que não bastava ter cupom de desconto né, a gente tinha que ter assunto, gerar assunto
Thiago Brandão – Sim, tinha que ter história. História é tudo na vida né, se você tem uma boa história você convence, você vai além.
Nara Iachan – Sim
Henrique de Moraes – Nossa muito legal, eu não conheço o Gilberto, vou até procurar aqui, anotei porque achei tão fantástica essa história, eu sou completamente apaixonado por pessoas que primeiro, tem essa energia né, que poucas pessoas são assim que você sente essa energia, que você tem vontade de fazer as coisas pra pessoas, como a Nara falou, te eletriza e especialmente também pela generosidade assim, eu tenho algumas pessoas com quem eu acabei devolvendo um relacionamento muito pela minha cara de pau, pra falar a verdade
Thiago Brandão – Mas isso é verdade, é super útil
Nara Iachan – Sim mas é assim mesmo
Henrique de Moraes – E eu tive que virar e falar assim “Pô queria conversar com você, você pode me ajudar?” eu começo sempre fazendo uma perguntinha ou outra até que a coisa vai se desenvolvendo, e eu tenho umas pessoas assim que me ajudam até hoje e que é isso, de graça, a pessoa não tem nenhum interesse por trás, pelo menos nunca dividiu comigo e nunca pediu nada. Um desses caras eu vou até falar aqui porque ele foi um dos convidados do podcast lá no início que é o Andre Passamani, que é um dos fundadores de uma agência de São Paulo chamada Mutato, não sei se vocês conhecem mas é uma agência bem grande, de um grupo de agências e cara, esse cara me recebeu na agência por nada assim, eu falei “Pô to indo pra São Paulo, queria te pagar uma cerveja”, aí ele falou “Não precisa pagar cerveja não, vem aqui que a gente conversa” e ficou umas 2 horas e meia conversando comigo, sei lá de 20h até 22:30h, o cara tinha que ir pra casa e eu falando assim “Cara você tem que ir para casa”, ele “Não não, não se preocupa, a hora que minha mulher reclamar eu vou”
Nara Iachan – Muito bacana, tem gente que combina né com nosso astral, com nosso jeito de pensar e aí é muito bom né
Henrique de Moraes – É sensacional, eu fico encantado às vezes e é bom que isso também te faz cair um pouco na realidade né às vezes de você, tipo alguém te mandou mensagem e você “Ah vou responder depois”, fica naquela enrolação, não tipo eu sou tão feliz quando as pessoas respondem as minhas mensagens, porque eu não vou responder as mensagens da pessoa né? É bom até para dar esse lembrete, esse estalo na gente
Nara Iachan e Thiago Brandão – Com certeza
Henrique de Moraes – Nossa, saiu junto. Vamos lá, eu queria entender um pouco de vocês assim, pelo que eu entendi no final das contas vocês de certa forma são meus concorrentes né, vocês são concorrentes das agências mas ao mesmo tempo vocês podem ser parceiros né estratégicos, vocês podem ser por exemplo, eu posso de repente colocar a Cuponeria dentro da minha estratégia de mídia como agência, isso já aconteceu?
Thiago Brandão – Com certeza, grandes clientes nossos são agências até porque a gente não entra muito na parte do front, da ideia, do visual, a gente costuma entrar muito na parte de tecnologia, da solução técnica do cupom, então agências são grandes aliados nossos.
Henrique de Moraes – Legal eu ia perguntar isso, se vocês já fizeram alguma coisa, entrega criativa por exemplo ou não, vocês fazem só essa, entregam essa parte da gestão da promoção, do cupom enfim e a agência chega de repente e faz uma entrega criativa e vocês juntam essas coisas, é isso?
Thiago Brandão – Exato, nossa paixão é o desconto, a gente ama desconto, ama economizar e é uma tecnologia, então a gente entende que as agências tem outra paixão né, essa paixão mais visual, mais do comportamento do consumidor, são paixões que não cabem no nosso coração.
Nara Iachan – É muito complementar
Thiago Brandão – É muito complementar, então a gente acaba se encaixando
Nara Iachan – Totalmente, a gente faz campanhas enormes com agências.
Henrique de Moraes – E como é que é o modelo de vocês hoje, como vocês ganham dinheiro e como que por exemplo, um cliente se chegar hoje pra vocês querendo se tornar um parceiro, um cliente de vocês, como é que, qual o processo, vocês podem explicar um pouquinho?
Nara Iachan – A gente tem alguns produtos diferentes né, então a gente tem o cupom de desconto que é por cupom entregue, então é por faixa de cupons entregues, a gente tem o compre e ganhe, que é o de ler nota fiscal para resgatar um prêmio é aquele compra e ganha de supermercado né, que você compra um produto, só que a gente faz de forma automática, escaneia o QR code e resgata um prêmio, e a gente tem os clubes de benefícios e os clientes são diferentes né para o primeiro produto é muito assim redes de franquias, grandes lojas, e-commerce, e-commerce na verdade a gente faz por aquisição, CPA, uma comissão sobre a venda. Pra compre e ganhe é mais a indústria né, então a gente trabalha com grandes marcas da indústria e pra clubes de benefícios os nossos principais clientes são bancos e bandeiras de cartão.
Henrique de Moraes – Interessante
Thiago Brandão – Exatamente, e a agência acaba sendo por exemplo, no caso da indústria que a gente faz a campanha de compre e ganhe, a agência ela cria todo o visual, o nome da campanha, o target, quais são as mídias, e a Cuponeria entrega a parte da tecnologia, que vai ler a nota fiscal do consumidor final, vai identificar se o produto que tá na campanha tá na nota fiscal ou seja, foi comprado de fato e vai liberar um prêmio, mas só a parte técnica não vai chegar no consumidor final então por isso que tem muito essa triangulação da indústria com a agência e com a Cuponeria.
Henrique de Moraes – Legal, muito bom. Depois daqui a gente conversa um pouquinho melhor sobre isso
Thiago Brandão – Que bom, tomara
Nara Iachan – Legal
Henrique de Moraes – Uma coisa que eu percebi e foi engraçado e eu não sei se foi uma má interpretação minha ou não, eu queria tirar essa dúvida, que vocês começaram muito novos né, quantos anos vocês tinham?
Nara Iachan – Eu tinha 20 e o Thiago 22.
Henrique de Moraes – Muito novos. Eu vi as entrevistas do Thiago mais antigas, e você tava sempre de camisa de botão, arrumadinho
Thiago Brandão – Barba grande né?
Henrique de Moraes – Isso! Isso foi uma estratégia pra parecer mais velho?
Thiago Brandão – Total, é muito engraçado porque no começo a gente por ser muito novo e por ser uma startup, como é que a gente ia convencer uma Unilever por exemplo, ou um banco a comprar nossa solução, e aí a gente não só fantasiava de mais velho como a gente não assumia pra empresa que a gente era o dono da Cuponeria
Nara Iachan – É, exatamente
Henrique de Moraes – Caramba
Thiago de Moraes – A gente ia lá “Somos da Cuponeria, você quer comprar?”, então existe muito essa questão de você colocar no papel daquela função pra que o outro lado consiga entender a situação né
Nara Iachan – E eu a mesma coisa, a gente ficava buscando na internet truques pra parecer mais velhos, então a gente foi seguindo essas listas de truques né
Thiago Brandão – Com certeza, e hoje em dia a gente tá começando a ver como parecer mais novo
Nara Iachan – Ah é, depois de alguns anos eu tirei o sapato e comecei a usar tênis
Thiago Brandão – Exatamente, não passo mais minhas roupas sociais
Henrique de Moraes – Mas assim, vocês estão mais à vontade hoje com que vocês são, estão tranquilos?
Thiago Brandão – Sim, na verdade não era muito, eu acho que o desafio era como o outro vai ter a vontade com a gente, sabe?
Nara Iachan – E hoje em dia não pega tão mal porque assim, na época quando a gente fundou a Cuponeria, isso de startup era uma coisa que não existia, startup era uma coisa que existia muito de leve fora do Brasil, no Brasil ninguém sabia o que era uma startup e então assim, ainda era um mercado muito com uma cabeça mais antiga então não tinha essa compreensão a ter gente mais nova empreendendo, hoje em dia eu acho que já existe também o lado positivo disso mas antigamente era só o lado negativo né.
Thiago Brandão – Sim, com certeza.
Henrique de Moraes – É engraçado né, mudou muito a cultura né esse boom de startup que veio acho que depois que vocês começaram né, e que foi embora quase que com a velocidade que chegou né, mas ajudou muito as pessoas. Eu lembro que eu tive startup também e depois, eu tive pré e pós esse boom né, e depois que teve eu ia nos lugares e as pessoas me recebiam diferente, elas falavam assim “Adoro esses jovens cheios de ideias, vem cá”
Thiago Brandão – A gente até acabava não, a gente fugia um pouco do ambiente, quando houve muito esse mundo da startup muito parecendo filme, sabe? A gente percebia que isso não levava a gente pro nosso sonho, porque no fundo não importa como a gente chamava a Cuponeria, o que importava era a Cuponeria, ela pode ser uma empresa pode ser uma startup, e aí a gente percebia que muitas vezes as pessoas se confundiam nas paixões né, a paixão não era “Quero resolver um problema”, era “Quero ter uma startup”, e era aquilo que a gente estava falando no começo, você não ter uma solução clara pra um problema que existe de fato e acaba enfim confundindo um pouco ambiente.
Henrique de Moraes – Sim totalmente, e eu sentia muito isso também. No início para falar a verdade eu era um pouco assim, eu comecei a empreender sem ter o mundo de startup então assim, eu comecei a empreender porque eu sempre quis ser empreendedor mesmo, desde sempre mas depois que veio todo esse universo de startup, acabou que isso também acaba mexendo um pouquinho no seu sonho, vocês tiveram esse discernimento de “Não, vamos seguir aqui” e mantiveram fortes na solução, em resolver o problema na verdade, no problema, se apaixonando pelo problema e trazendo soluções, mas eu vou te falar que eu mesmo fiquei assim “Ah po, vou conseguir investimento” sabe aquela coisa que parecia um passo a passo bobinho, que era simples de fazer tipo “Ah não beleza vou ter uma ideia e vou conseguir investimento” até eu passei por isso e lógico, dei com a cara na parede e aprendi bastante, enfim acho que no final das contas o aprendizado é o mais importante
Thiago Brandão – Exatamente, o amadurecimento que vem não tem preço.
Henrique de Moraes – A gente tá chegando na segunda fase da entrevista em que tenho algumas perguntas que eu faço pra basicamente todos os convidados e que o pessoal adora ouvir porque são perguntas mais práticas e que dão ás vezes insights de livros e coisas que elas podem pesquisar, e aí a primeira pergunta, e aí seria legal se os dois respondessem né porque com certeza vão ser respostas diferentes mas eu queria entender assim quais são os livros, de 1 a 3 aí que mais influenciaram vocês, e aí não precisa ser para empreendedorismo tá, vocês podem falar que influenciou na vida pessoal, uma motivação, pode ser livro de ficção, qualquer coisa.
Nara Iachan – Legal, um livro que eu gosto de falar é “A Insustentável Leveza do Ser” pra mim esse livro assim mudou minha vida no sentido de que eu li há 15 anos atrás e eu acho que desde então penso nele todos os dias ou quase todos os dias, eu acho um livro assim muito importante para minha cabeça, para minha forma de pensar, que fala justamente sobre leveza e peso né, então, e também muito sobre vida, muito sobre visão de mundo né, então para mim é um livro que é fundamental de citar que é muito importante. Um outro livro também que é mais sobre vida do que sobre sobre a empresa em si mas que também acaba se relacionando à isso de empreender, se relacionando muito, os dois se relacionaram muito né, é “A Alma Imoral” que é um livro que fala sobre transgressão né, sobre fazer as coisas na forma padrão como o mundo espera que você faça versus transgredir, e aí ele fala que a transgressão ela acabou evoluindo a humanidade, então este ponto também é totalmente ligado à isso de empreender né.
Thiago Brandão – E até pra comentar porque eu também ia colocar o “A Alma Imoral” na minha lista então eu vou aproveitar e fazer um comentário também em cima, uma coisa muito legal desse livro e desses ensinamentos é que muitas vezes a transgressão, que é o que gera uma evolução, ela pode estranhada né, pode até ser considerado uma coisa errada, do tipo “Ah isso é errado”, tipo quando talvez o Uber chegou e os taxistas né, as regulações diziam “Ah tá errado o que o Ube faz”, só que se ele não fizesse, porque ele acreditava muito naquilo em melhorar a questão dos transportes, ele enfrentou esse taxamento de “Você está errado” e hoje em dia ele virou “Você é referência nisso” então muitas vezes na vida a gente sente que a gente tá certo mas existe alguma coisa, por exemplo “Não existe cultura de cupom no Brasil”, quem disse que não existe cultura de cupom no Brasil sabe, onde é que tá essa regra? Brasileiro não gosta de cupom? Lógico que gosta de cupom, então a gente foi lá e falou assim “Cara essa regra que tão taxando é falsa”, aí várias pessoas falavam “Ah mas muita gente já tentou, não rola, não consegue” e cara, transgressão tem que fazer parte, pra quem gosta de transformação, tem que aprender a transgredir, tem que aprender a ignorar isso e acreditat no que você acredita e seguir em frente.
Nara Iachan – É um livro muito de coragem né, e aí eu vou colocar entre parênteses porque como são só três vou botar dois entre parênteses para depois falar de outro, no início da Cuponeria foi muito importante ler o “The Lean Startup” e o “Business Model Generation”, que eu acho que eles são fundamentais para empreendedores, pelo menos para a gente fez bastante diferença né, e aí agora vou citar um que é justamente do Pedro da ACE que também como eu falei é sensacional e pra gente o que o Pedro represente e os conhecimentos que ele traz são muito importantes, então o terceiro vai ser “A Estratégia da Inovação Radical” do Pedro.
Henrique de Moraes – Boa. Engraçado, eu não conheço esse, qual é o nome do livro do meio que vocês falaram, da transgressão?
Nara Iachan – Se chama “A Alma Imoral”, do Bonder.
Henrique de Moraes – Vou procurar, não conhecia
Nara Iachan – Tem até essa pegada que também conecta com o lado mais religioso né mas só que num sentido de avançar né, de de progredir, então ele é um livro assim muito bacana inclusive ele virou peça de teatro que está em cartaz há muitos anos e a peça também é excelente.
Thiago Brandão – Sim a peça é muito boa. E aí os livros que são mais técnicos para quem quer empreender e que tá ouvindo, um é “O lado difícil das situações difíceis” que é “The Hard Thing about Hard Things”, esse livro te dá uma cambalhota braba na vida porque você percebe que não é fácil de fato e ele vai na dor da ferida mais profunda de empreender assim, é muito legal e para quem tiver querendo aumentar a capacidade de venda ou montar um time de vendas na sua empresa o “Predictable Revenue” ou “Receita Previsível” é um livro excelente de como montar uma equipe de vendas e como vender mais e melhor.
Henrique de Moraes – Esses dois eu conheço e são realmente excelentes, esse “O lado difícil das situações difíceis” nossa dá até nervoso quando você se reconhece nos momentos, é muito bom mesmo. E vocês têm, e aí individualmente falando né, vocês podem falar como casal também pode funcionar, mas algum hábito incomum assim pros outros que as pessoas estranhem mas que faz muita diferença na sua vida e que você ama assim por exemplo, eu sempre gosto de dar um exemplo, o meu exemplo é que eu tenho o hábito de escrever, tô até meio parado com esse hábito mas eu tô sentindo falta porque minha rotina mudou mas escrever três páginas de diário todo dia de manhã porque ajuda a botar minha cabeça no lugar, eu percebi que faz muita diferença mas quando eu falo pras pessoas, elas “Nossa que esquisito, todo dia?”, então vocês tem alguma coisa assim que seja de repente estranha pras outras pessoas mas que vocês não vivem sem?
Nara Iachan – Eu não sei se é exatamente estranho mas assim, eu gosto muito, a minha forma de me sentir melhor de relaxar e tal é escrever poesia, então eu tenho muito esse hábito de escrever poesia, eu escrevo bastante e me faz sentir muito melhor.
Henrique de Moraes – Você publica?
Nara Iachan – Eu tenho um blog, tá até no ar meu blog, é uma coisa que eu faço mais pra mim mesma, mas eu acabo que deixo ele público e tal mas é quase uma terapia, depois posso até passar o blog se quiser
Henrique de Moraes – Se quiser falar depois eu boto na descrição do episódio e na transcrição depois, nas notas do episódio.
Nara Iachan – Se quiser botar é rimaspobres.blogspot mas é assim, uma coisa bem de hobby mesmo e outra coisa, outro hábito que talvez esse seja mais estranho para algumas pessoas é de quando tô em algum dia mais difícil, em algum momento mais tenso ou quando eu tô querendo entender melhor as coisas para mim, cruzar a Paulista de ponta a ponta é uma coisa que me faz sentir muito bem, fazer isso olhando para as pessoas, sentindo a vida que tem ali eu não sei, isso é uma coisa que às vezes as pessoas estranham mas tem momentos que tudo que eu preciso é atravessar a Paulista.
Henrique de Moraes – E quando você olha pras pessoas, o que passa na sua cabeça, o que você sente, tem alguma coisa que passa na sua cabeça, por exemplo algum pensamento que sempre volta ou alguma coisa nesse sentido?
Nara Iachan – Eu acho que muito sobre reflexão, sobre felicidade, reflexão sobre diversidade, o que é a vida, quem são as pessoas assim muitas reflexões ao mesmo tempo
Henrique de Moraes – Eu perguntei porque me identifico muito com isso
Thiago Brandão – Exatamente, e aí é legal porque a Paulista é uma rua que tem uma diversidade riquíssima né e São Paulo de um modo geral tem esse lado bacana em que você tem uma diversidade maravilhosa, e aí não só de sentimentos como a Nara falou então você vai ver gente chorando, gente rindo, vai ver uma infinidade de sentimentos diferentes e você vê um resumo da vida também, vê neném, vê velha, você vê um pouco de tudo né
Nara Iachan – Você vive alguns anos em um momento né
Henrique de Moraes – Eu acho incrível isso porque eu tenho muito essa coisa, eu gosto muito de andar assim e andar me faz muito bem também então de vez em quando eu tô muito estressado aqui de trabalho eu também saio, vou dar uma volta vou ver as pessoas, eu gosto de fazer isso que você falou, de olhar pessoas sabe, por isso que eu perguntei e sempre tem uma coisa que passa na minha cabeça que é assim “Cara, olha quanta gente tem no mundo, e eu tô reclamando de uma porrada de merda”
Thiago Brandão – Com certeza
Nara Iachan – Sim, o mundo fica maior né
Henrique de Moraes – Sim cara, eu tenho muito isso quando eu tô em transporte público também, agora eu tô morando em Portugal então aqui a gente decidiu não ter carro então a gente anda muito de transporte público e sempre que tá cheio especialmente, eu olho e falo assim “Cara quanta gente, quanto problema, o que tá passando na cabeça das pessoas?” sabe, sempre fico me perguntando isso sabe, quais são os problemas que passam, será que são melhores ou piores, será que existe isso de problema maior ou menor sabe, o problema é só problema?
Thiago Brandão – Ver os sentimentos brotando ali na flor da pele das pessoas, essa reflexão fica forte né, isso é muito legal. E pra mim o hábito que me relaxa é tocar piano, dá para ficar o dia inteiro tocando piano e vai ser maravilhoso.
Henrique de Moraes – Boa, a gente qualquer dia faz uma live. E vocês tem algum fracasso ou fracasso aparente que tenha preparado vocês pra um sucesso posterior assim, ou então pode ser um fracasso favorito também. Essas perguntas são perguntas que eu pego emprestadas de outros podcasts, então talvez vocês conheçam algumas delas, não sei se vocês tem o hábito de ouvir podcasts mas vocês tem alguma coisa assim? Tipo sei lá, alguma coisa que de repente pareceu que foi um fracasso mas na verdade só fortaleceu vocês pra seguirem o próximo passo, alguma coisa assim?
Nara Iachan – Exatamente, fracasso é como a gente encara né mas no primeiro ano de Cuponeria, no início assim teve um investidor-anjo que ia entrar e não entrou, só que pra gente, como você comentou, acabou sendo muito melhor porque quem investiu o mesmo valor que o anjo ia investir foi o nosso CTO e ele ainda começou a operar o nosso TI então assim, acabou que foi uma sorte gigante mas no início, no dia quando a gente teve a notícia né a gente ficou, acho que foi a primeira
Thiago Brandão – Pareceu que era ruim, aquele negócio né “A gente não vai poder seguir” aí por causa disso a gente conheceu o Lionardo que é o terceiro fundador que também a super complementar comigo e com a Nara, e como a Nara falou ele ficou responsável por toda a parte de tecnologia da Cuponeria e se não fosse por esse fracasso a gente não teria avançado com o Lio
Nara Iachan – O ponto das pequenas empresas, um amor não recíproco que a gente teve
Thiago Brandão – A gente começou como um blog de cupom em Copacabana, e foco maior eram os pequenos estabelecimentos de Copa, só que esse universo ele é muito longe da internet ainda mais naquela época então a gente como a Nara falou, não era um amor muito recíproco né, a gente era louco por eles mas eles não estavam nem aí para gente mas foi justamente essa não reciprocidade do amor deles, eles evitando a gente que a gente conheceu outros tipos de clientes, que são varejos, franquias, e-commerces, indústrias enfim, que a gente hoje em dia a gente cresce muito mais por causa disso.
Henrique de Moraes – Boa, muito bom. Só um detalhe aqui, ainda bem que você não começou em Niterói senão seria pior ainda
Thiago Brandão – Não sei cara, eu sou meio apaixonado por Niterói
Henrique de Moraes – Eu também sou, sou apaixonadíssimo eu tô inclusive morrendo de saudade porque tô longe mas não é um bom lugar pra começar negócios inovadores
Thiago Brandão – É bem difícil, mas a gente de vez em quando vai Natal ou Páscoa passar com a família, a gente vê os estabelecimentos que a gente entrou para vender e falava “Caramba como é que pode, a gente ficou chateado porque ele disse não”, que era o que a gente tava falando antes, e hoje a gente sabe que a gente não precisa daqueles sins específicos, não precisava aquela pastelaria dizer sim para a gente ser feliz mas naquele dia que a pastelaria disse não a gente ficou super arrasado né, parece o fim do mundo.
Henrique de Moraes – Isso é maravilhoso, eu lembro de quando eu tava abrindo a minha agência né, a wee!, eu tava saindo de uma outra sociedade que era uma agência também e um dos clientes dessa agência, que era o maior cliente que a gente tinha, quando eu saí ele disse “A gente vai com você” e eu pautei todo o meu planejamento financeiro em cima desse cliente indo com a gente e na última hora ele desistiu e cara, foi baque eu me senti um merda, me senti a pior pessoa do mundo e é engraçado porque assim, pouco tempo depois a agência foi crescendo muito rápido e a gente fechou nosso primeiro cliente assim que foi muito relevante que foi o Greg News, que era um cliente grande com uma visibilidade muito grande e depois de um tempo eu comecei a lembrar disso falei assim “Cara, porque eu me importei tanto com aquilo sabe?”
Thiago Brandão – Pois é
Henrique de Moraes – É engraçado isso né mas enfim, é difícil também a gente não ter esses sentimentos, é difícil controlar às vezes
Nara Iachan – Ainda mais nesse momento né?
Henrique de Moraes – Pois é, muito doido. E vocês tem alguma crença ou comportamento que tenha melhorado a vida de vocês? E aí pode ser meditação, respiração, qualquer coisa nesse sentido, além é lógico do que vocês já falaram dos hábitos incomuns né mas assim coisas mais de repente normais que vocês fazem que, ou algum comportamento ou algum hábito que tenha melhorado a vida de vocês?
Thiago Brandão – Eu acho que um hábito bom que a gente soube desenvolver é não ser tão quadrado na rotina, foi o que você comentou, a gente tava precisando dar uma andada para desestressar, não tem uma regra que diz “É proibido andar pra desestressar”, pega e vai andar pra desestressar entendeu? Não precisa ser tudo tão quadradinho
Nara Iachan – E eu acho que uma coisa que a gente começou a fazer fazem alguns anos né, foi tipo ter o momento de conseguir pausar pra um café no meio da tarde, porque antes no início da Cuponeria o meu sentimento, a sensação que eu tenho quando eu lembro é de que a gente mal respirava porque tava trabalhando né, aquela coisa assim tão, e aí quando a gente começou, até foi lá no campus, lá no Google que a gente começou com esse hábito porque a gente fechou cupom no café deles, e aí a gente começou a tirar uns minutos assim no meio da tarde só que isso na época era uma coisa diferente né porque era uma época que a gente não tinha esse hábito e isso trouxe até para conseguir render mais depois até para conseguir ter um equilíbrio maior né, acho que foi bem legal quando a gente viu que não precisava passar o dia sem respirar né
Thiago Brandão – A gente precisa dar um reset às vezes, somos seres humanos, somos animais, nosso cérebro acho que ele não tá feito, não sei não tenho a menor ideia mas acho que ele não foi feito para a gente trabalhar 10 horas por dia seguido fazendo cupom de desconto, acho que quando criaram o cérebro humano não era essa a ideia, então é importante resetar, voltar pra natureza, respirar, fingir que o capitalismo não existe por um segundo pra cabeça conseguir voltar, senão se você fica muitas horas ali com performance baixa e não adianta né, não dá para medir trabalho só por hora.
Nara Iachan – Mas meditar já é um extremo que eu vou assumir que ainda não tô nesse nível
Henrique de Moraes – Mas essa sua caminhada já é uma meditação de certa forma. Com certeza concordo 100%, acho que a gente precisa e acho que as pessoas estão cada vez tendo mais crise de ansiedade e Burnout porque elas olham para pessoas e modelos que defendem esse estilo de vida em que você só trabalha e assim, isso pode funcionar para algumas pessoas, não tô falando que não funciona mas se você não souber o seu limite, tipo como funciona, qual a sua dinâmica você vai acabar, vai ter um Burnout, não vai aguentar porque esses momentos que você tem com você mesmo acho que são os momentos na verdade onde bate a inspiração, onde você aprende mais, onde você consegue entender o que tá acontecendo, onde tudo assenta na cabeça, eu pelo menos tenho essa sensação. O que causa ansiedade em vocês hoje em dia? Como vocês lidam com a ansiedade?
Thiago Brandão – Acho que é mais fácil perguntar o que não causa ansiedade. Eu e a Nara a gente é muito plugado no 220, tudo que a gente vai fazer a gente se apaixona a gente corre a gente fica ansioso a gente não vê a hora de começar, mas hoje em dia assim a Cuponeria é uma grande bomba de ansiedade porque você imagina, um país com o Brasil não tem cultura de cupom, não tinha né, o Brasil inteiro para trazer esse tipo de comportamento, então sempre foi muito intensa nossa relação com o crescimento, crescer 100% ao ano virou comum para a gente. Porque é isso, porque tem tudo para fazer assim não tem competidor, assim a gente tem competidor mas o Brasil é muito maior do que a gente tem de competidor, então só na Cuponeria já tenho uma ansiedade muito grande né de fazer as coisas, a gente tem o mapping de planejamento do que a gente vai entregar, mas na mais na vida a gente acaba encontrando outras, a gente gosta muito de decoração então a gente vira e mexe pinta uma coisa, monta o móvel aí fica ansioso pra ver como é que vai ficar, entre outras coisas, você consegue lembrar de mais coisas que a gente é ansioso?
Nara Iachan – Eu acho que é bem o que você disse, é bem com tudo mesmo
Thiago Brandão – É, a gente não brinca em serviço
Henrique de Moraes – Temos muita coisa em comum, meu cargo na agência inclusive é “sócio ansioso na wee!”
Thiago Brandão – Ah que legal
Henrique de Moraes – Tá no meu LinkedIn
Thiago Brandão – Já tá até avisado né
Henrique de Moraes – Exatamente, depois não vem falar que não dava pra perceber ou que eu enganei, mas eu queria queria entender, essa pergunta é uma pergunta um pouco filosófica eu diria mas que eu gosto muito de fazer para as pessoas porque é uma pergunta que eu tenho me feito muito tá e eu queria entender para vocês, para cada um de vocês o que é ser bem sucedido né, porque acho que o sucesso tem tantas camadas e tantas esferas e dimensões da vida que a gente pode ser bem sucedido e pessoas acabam focando só no sucesso financeiro, então eu queria saber para vocês num modo mais amplo o que é ser bem-sucedido?
Nara Iachan – Eu acho que é você gostar de onde você chegou e você admirar a própria história. Ser bem-sucedido é uma autoavaliação né então assim, se você gosta do que você fez, gosta de onde você chegou e se admira em tudo que você fez, acho que você é bem sucedido então eu acho que é esse estado de espírito né
Henrique de Moraes – Nossa, eu adorei a sua definição, admirar a própria história, nunca tinha ouvido isso, nossa que lindo!
Thiago Brandão – Muito legal mesmo
Henrique de Moraes – Gostei mesmo, vai me fazer refletir essa noite.
Nara Iachan – É porque senão não tem parâmetro né? Muito difícil avaliar
Henrique de Moraes – Verdade. E você Thiago, a mesma coisa ou você tem uma
Thiago Brandão – Eu totalmente concordo, eu acho que não existe assim, é muito difícil a gente querer pegar uma régua igual e querer medir todo mundo né tipo, “quanto dinheiro você tem no banco?”, isso tá muito longe de ser bem-sucedido na minha opinião, acho que tem muito mais a ver com essa régua pessoal que a Nara tava comentando né de você se gostar de onde você tá e eu acho que também deve estar muito ligada à equilíbrio né, você se sentir equilibrado ali em várias esferas, todas as esferas que você considera, que você dá valor
Henrique de Moraes – Maravilhoso, perfeito. Última pergunta aqui de hoje pra gente encerrar, se vocês pudessem né, aí individualmente também, falar para o eu, eu vou colocar assim né já que são oito anos de história, eu vou botar 8 anos tá, geralmente eu faço 10, 15 anos mas vou botar no início da Cuponeria, se vocês pudessem falar com o eu de vocês lá atrás, falar com vocês mesmos, o que vocês diriam pra o eu ter mais calma então assim, se a Nara pudesse falar com a Nara de 8 anos atrás o que você falaria assim “Não, pode ter mais calma nesse aspecto aqui, fica tranquila”, e Thiago a mesma coisa?
Nara Iachan – Eu falaria pra não esperar resultados muito imediatos porque as coisas não acontecem assim de forma tão rápida quanto uma pessoa de 20 anos acha que elas vão acontecer, então eu falaria para Nara focar, ter paciência porque assim, quando você tem 20 anos você se sente o dono do mundo né, acha que você tem tudo ao seu alcance, que você vai fazer tudo acontecer de forma muito rápida e muito impecável né, e isso como um todo assim, acho que para qualquer empreendedor, saber que as coisas não são milagrosas né, elas tem um tempo essa ansiedade ela tem um lado bom né, que você acredita muito nas coisas mas ao mesmo tempo você acaba se decepcionando mais né, quando você espera que as coisas venham de forma muito rápida.
Henrique de Moraes – Verdade
Thiago Brandão – Exatamente, até concordo totalmente com o que a Narinha falou mas eu também falaria do tipo vai ser normal você falhar sabe, vai acontecer e não tem problema porque todo mundo vai falhar, as pessoas que você admira vão falhar, você vai falhar e falhar só traz aprendizado nas contas se você souber tirar proveito dessas falhas e que não é fácil né, então não é rápido e nem é fácil, então acho que seria talvez uma boa dica para falar para o casal lá de 8 anos atrás.
Henrique de Moraes – Maravilhoso. Bom, acho que é um excelente lugar pra gente encerrar aqui, queria dizer que pô, foi um mega ultra prazer conversar com vocês, achei sensacional, adorei a dinâmica de vocês dois juntos, foi muito bom, até respondendo juntos, eu só esperei vocês falarem 3 coisas da padaria, apertar um ao outro aí, queria agradecer mais uma vez pela generosidade de tempo e pedir para vocês só falarem assim pras pessoas onde elas podem encontrar vocês, encontrar a Cuponeria, como que elas podem interagir enfim, se tiver algum lugar que vocês sejam mais presentes
Nara Iachan – Acho que redes sociais da Cuponeria né, e LinkedIn é linkedin.com/in/naraiachan
Thiago Brandão – E o meu é linkedin.com/in/thiagobrandao. E Henrique cara, foi maravilhoso também te conhecer e conversar, acho que é a Nada também tá
Nara Iachan – Sim Henrique, foi muito legal, gostei muito, parabéns pelo podcast, pela iniciativa muito bacana e a conversa foi ótima, muito obrigada.
Thiago Brandão – Eu só queria adicionar um jabazinho, a gente acabou de lançar um negócio que a gente está super orgulhoso, que a gente construiu um aplicativo que você adiciona ao navegador Google Chrome, que os cupons são adicionados automaticamente no e-commerce na hora que você tá comprando, então a gente tá super feliz com essa ferramenta nova que vai facilitar muito a vida do usuário, então é um lançamento recente é um filho novo que a gente acabou de colocar no mundo
Nara Iachan – Todo aquele trabalho de testar, de código em código agora não tem mais né
Thiago Brandão – Exatamente, usuário da Cuponeria agora vai economizar com cupons aplicados automaticamente no carrinho na hora do checkout
Henrique de Moraes – Maravilha, dá pra chamar de extensão mágica
Thiago Brandão – Extensão mágica exatamente, é um ótimo nome
Henrique de Moraes – Maravilha, a gente bota o link da extensão para a galera poder baixar também né
Thiago Brandão – Maravilha, com certeza
Henrique de Moraes – Já ajuda. Então galera, acessem as notas aqui do episódio quando a gente postar que vão ter todos os links que a gente falou aqui ao longo da conversa, vão ter os links pros livros que eles falaram e também o link mais importante da conversa toda que é esse da extensão
Thiago Brandão – Ainda mais com essa publicidade agora aí, vai fazer sucesso
Henrique de Moraes – Com certeza. Obrigado galera
Thiago Brandão – Obrigado você, tudo de bom cara, abraço
Nara Iachan – Muito obrigada, Henrique até mais.