Andre Diamand é uma referência do empreendedorismo Brasileiro. Após a venda de sua empresa de segurança digital, em 2009, se dedicou a fomentar o empreendedorismo no país e chegou a ser Presidente da Associação Brasileira de Startups, em 2015.

Ele é autor, investidor anjo, palestrante e mentor de mentores.

É figura constante na mídia, passando pelo icônico programa do Jô, Fantástico, GloboNews e muitos outros programas de peso.

Foi da banca do programa Startup Brasil do CNPQ, membro de conselho de várias empresas, jurado no IBM Smart Camp, dentre outros.

Hoje ele é o pai do Sexy Canvas e da Sexy Canvas Academy, uma metodologia que promete eletrizar o cérebro dos seus clientes, seguidores ou qualquer outro stakeholder do seu ecossistema.

você pode encontrar o Andre no Instagram: https://www.instagram.com/andrediamand/

LIVROS CITADOS
PESSOAS CITADAS
  • Derek Sivers
  • Steve Jobs
  • Elon Musk
  • Naval Ravikant
  • Seth Godin
  • Sigmund Freud
  • Jacques Lacan
  • Carl Gustav Jung
  • Aristóteles
  • Platão
  • Friedrich Nietzsche
  • Charles Darwin
  • Albert Einstein
  • Sócrates
  • Buda
  • Richard Dawkins
  • Yuval Harari 
  • Pelé
  • Fiódor Dostoiévski
  • Ariel Alexandre
FRASES E CITAÇÕES
  • “Impaciência com ações e paciência com resultados” – Henrique
  • “Ninguém ama ninguém, você não ama alguém, você ama estar amando” – Andre
  • “Não faça coisas que não te movem” – Andre

se você curtir o podcast vai lá no Apple Podcasts / Spotify e deixa uma avaliação, pleaaaase? leva menos de 60 segundos e realmente faz a diferença na hora trazer convidados mais difíceis.

Henrique de Moraes – Fala André, super prazer ter você aqui no calma! cara, queria já começar agradecendo pelo seu tempo e dizer que eu tô super animado pro nosso bate-papo.

Andre Diamand – Que isso a honra é minha, nossa história já é de longa data e vamos para dentro.

Henrique de Moraes – Maravilha. Cara, eu queria começar então, na verdade voltando um pouquinho, vou propor que a gente siga aí uma linha do tempo da sua carreira até a gente chegar no Sexy Canvas que acho que é o ponto alto aqui do nosso bate-papo. Você tem uma bagagem super bacana né, eu te acompanho desde que você era investidor-anjo, você já era investidor-anjo há muito tempo quando eu comecei a empreender na verdade, então é impressionante até quanto tempo você fala de empreendedorismo e startup no Brasil, vamos falar um pouco sobre isso e você então tem essa bagagem como investidor-anjo, como incentivador do ecossistema de empreendedorismo e startup no Brasil mas você também tem bagagem do cara nas trincheiras mesmo, empreendendo, então eu queria começar te perguntando o que te levou lá atrás quando você tava na IBM, a largar a sua carreira ali que normalmente, especialmente na época né eu acho que era um coisa super promissora, que as pessoas viam como glamour talvez, pra fundar sua própria empresa?

Andre Diamand – Nossa foi, na verdade a minha bagagem começa até antes do empreendedorismo, aos 7 anos de idade eu resolvi aprender a programar né, coisa normal de um menino de 7 anos né, então eu segui o caminho que a sociedade pedia para mim, brincadeira, eu comecei a programar, comecei a programar direito, meu primeiro computador foi um Apple II Plus, já foi um Apple desde então, sempre fui apaixonado pela marca, aprendi a fazer jogos, fiz meu primeiro jogo aos 8 anos, mais para frente nessa trilha vamos dizer de nerd, acabei virando hacker, de hacker dentro da IBM resolvi sair para montar uma empresa de segurança da informação e essa empresa durou, vamos dizer assim na minha mão 14 anos, e foi vendida em 2008, um pedaço em 2011, no valor de algumas dezenas de milhões de reais e de forma macro foi isso que me permitiu mudar de classe social e ganhar minha liberdade vamos dizer assim da sociedade, da corrida dos ratos no sentido que a maior parte da vida das pessoas que inclusive estão nos ouvindo é ficar preocupado com grana, com crescer, com prover, com salário, e isso é uma coisa que eu acho que acaba atrasando a vida das pessoas e eu tivesse essa sorte de vender a empresa em 2010/2011 eu dei uma parada, acabei voltando pro ecossistema empreendedor como você bem lembrou aí, primeira Startup Weekend aqui no Brasil eu participei, assim como o primeiro Startup Weekend numa favela, fui mentor, jurado desse mundo para caramba e também mentorei muitas startups, inclusive algumas que hoje são unicórnios, e eu tenho essa honra, mas mais ou menos em 2011/2012 em diante, ah em 2015 até para concluir eu fui convidado para ser presidente da Associação Brasileira de Startups, no caso aceitei né, vivi essa experiência durante um ano, foi muito interessante e foi uma honra né porque de uma certa forma é o cargo mais alto institucional de representatividade das startups, e aí pulverizando um flashback já fui ator, já fui paraquedista, mergulhador, já fui agente secreto, essa ninguém acredita, de verdade, mas pior é que eu fui cara dos 17 aos 26, 28 anos eu fui agente secreto de um outro país, mas em nada contra o Brasil, simplesmente fazia um trabalho local de inteligência, mas se eu te contar mais eu vou ter que te matar, você sabe. E aí foi isso, essa mistureba de nerd com gestor, com empreendedor e tal, fui investidor-anjo de algumas startups também e foi quando eu mudei de classe social né que eu parei e falei “Cara, agora eu tenho tempo e dinheiro, como é que eu posso fazer para trazer uma mudança real no mercado, uma coisa que realmente possa agregar na vida das pessoas”, e porque o brasileiro é muito vira-lata, ele tá sempre citando uma metodologia que vem do Vale do Silício, alguma teoria que vem do MIT ou de Harvard e assim, o Brasil não produz muito canvas, tecnologia, novidades e tal, então eu falei “Bom, agora eu tô com tempo, tô com dinheiro, eu quero fazer algo grande”, e não grande no sentido pra minha vaidade “Olha, eu sou melhor cara então farei algo grande”, não porque eu achei que tinha potencial e foi quando nos últimos assim, eu digo que foi ao longo da minha vida toda, mas a reta final tem mais ou menos uns 10, 11 anos e eu consegui chegar numa metodologia que ganhou o nome de “sexy canvas”, que tá mais hoje em dia pra quase que uma filosofia, uma doutrina porque ela acabou abrangendo outros pilares que eu nem imaginava, que é uma metodologia geral de sucesso né, quer dizer, porque soa muito charlatão quando eu falo mas assim, a gente não tem hoje em dia um norte quando a gente vai criar uma startup do zero ou quando vai testar um MVP, ou quando vai decidir uma coisa na nossa carreira, é sempre muito na sorte, nosso tabuleiro da vida é meio “Vê lá, tá todo mundo indo por esse caminho”, “Poxa um cara fez essa startup nos Estados Unidos, vamos copiar”, engraçado que nós, os grandes detentores do estandarte da inovação, se o Jornal Nacional quiser chamar alguém de inovação no Brasil vão chamar as pessoas das startups, me chamaram como presidente da Associação Brasileira de Startups, e nós por incrível que pareça, os grandes inovadores, disruptores de mercado não temos uma metodologia de criar coisas que possam ter mais chances de ter sucesso, é sempre ou um gênio, o Steve Jobs ou Elon Musk que criaram, ou você copia e melhora alguma coisa, ou você chuta um MVP e deixa o cliente opinar, era muito incapacitante, era muito broxante vamos dizer assim, a gente em pleno século XXI continuar não tendo um norte de como criar produtos e serviços que bombem e que dêem experiências inesquecíveis, eletrificante assim como a Apple faz com seus clientes, assim como Starbucks no segmento dele faz com seus clientes, eu fui atrás disso e depois de muitos anos, consolidado ano passado em 2019 consegui chegar numa metodologia que muda realmente tudo, tudo mesmo e aí eu vou deixar você falar um pouco senão eu vou até abril.

Henrique de Moraes –  Tudo bem cara, o podcast é sobre você, não é sobre mim, vamos lá. Eu fiquei muito curioso com o período de agente secreto mas eu temo pela minha vida, então vou deixar essa passar

Andre Diamand – Melhor, melhor para você e para nossos ouvintes

Henrique de Moraes – Perfeito, eu queria detalhar um pouco mais esses períodos da sua vida, então por exemplo eu queria entender desde o início quando você começou sua carreira, o que você tirou por exemplo de aprendizado da IBM, teve alguma coisa interessante que você viveu lá ou foi só aquele período chato, monótono de bater ponto?

Andre Diamand – Então, deixa eu até puxar um pouquinho antes da IBM, mas quero falar da IBM que foi um período válido de aprendizado, eu comecei a empreender realmente muito novo, além de programar aos sete anos eu já era aquele cara que vendia revistinha no térreo lá do prédio e vendi sanduíche natural bem novo, aos 11, 12 anos eu tava na praia vendendo sanduíche natural, eu não era de família humilde, não faltava nada mas eu não tinha mesada, tinha que me virar a gente era meio classe média baixa então eu curtia também essa coisa de empreender, aos 12 anos eu criei a primeira vídeo locadora de videogames, provavelmente no Brasil, isso mais ou menos em 1985, eu tenho 47 anos e o legal foi que eu pegava as fitas de todo mundo e alugava para eles mesmos, eu só fiz o papel de organizar quem quer emprestar o quê ou quem quer não sei o quê, fiz isso muito cedo e ganhei grana com isso, inclusive comprei meu Atari com isso, então o que eu levo dessa história? É um pouco dessa filosofia que muitas vezes você tem que ficar com o focinho farejando dor e problema de mercado, o brasileiro em geral tem uma coisa muito passiva e humilde e uma frase perigosa que eu até quero dar a dica para quem está nos ouvindo para você deletar imediatamente isso na sua cabeça hoje que é “Ai nossa, mas não tô conseguindo emprestar minhas fitas e tal, alguém vai fazer isso vai vir algum gringo e vai resolver”, não é você quem vai justamente resolver esse problema né, são frases que de uma certa forma acabaram ficando arraigadas na nossa cultura, uma coisa um pouco passiva, uma coisa muito temente, uma coisa que aguarda talvez um ser supremo te dar as coisas, não tô aqui discutindo religião nem Deus nem nada disso mas assim, tudo bem ter essas crenças mas não espere que vai acontecer, essa visão do brasileiro não é legal e foi o que eu fiz com essa questão da videolocadora que se chamava inclusive Video Snake Club, eu já com 13 anos já tava focado que nome era uma coisa importante e deu super certo, a partir daí eu entrei na IBM né depois de um tempo, sou engenheiro eletrônico também, esqueci de citar isso, e a IBM realmente era o sonho de consumo de todos os caras da minha idade na época, então IBM era tipo entrar no Google vamos dizer assim, da atualidade, aprendi muito, acabei subindo muito na carreira, a IBM me ensinou muita coisa de ética e tudo mais e aprendi também muito duplamente o que não fazer, que é o defeito de uma grande corporação, uma multinacional que acabava que o Brasil era o cocô do cavalo do bandido do faturamento, então você acaba recebendo muita ordem de fora então eu aprendi muito que burocracia é ruim e aprendi também como burlar burocracia, então a IBM foi muito boa para mim nessa situação tanto que eu tive uma experiência muito forte na IBM, eu acabei me tornando o gerente que assinava pela companhia, gerente mesmo não aquele gerente de produto, gerente mesmo que assinava pela empresa, com 23 anos de idade eu era o gerente mais novo da IBM mundial, acima de um cara de 39 anos então foi muito boa a carreira na IBM, foi muito interessante mas eu desde cedo já tinha sido picado pelo bichinho do empreendedorismo né, desde os 7 anos e isso foi 94/95, a internet começando, internet comercial né, começando a pegar no Brasil eu falei “Não, não é possível é uma oportunidade muito grande para não ter meu próprio CNPJ”, e foi aí quando eu pedi demissão e montei a Future Technologies no início, que acabou depois virando Future Security, que ficou focada só em segurança da informação. Essa experiência como empreendedor eu sugiro todo mundo ter tá, só não venha pra ela achando “Agora não tenho chefe, agora vou trabalhar menos e ganhar muito”, isso aí que é o grande caô que não acontece, então assim tem tantos aprendizados nesse período que eu não vou talvez nem saber como resumir, o que eu posso dizer é sempre você tem que saber como encantar humanos, então isso valeu para IBM, isso valeu para Future Security/Future Technologies, isso vale para toda a base do Sexy Canvas, se você souber ao longo da vida como encantar, agradar, apaixonar, tornar interessante um produto, inclusive esse produto sendo você mesmo porque nós CPFs também somos produtos consumidos na interação do dia a dia com funcionários, com namorada, com amigos, não importa a gente é produto também, e o que eu posso resumir de toda essa história é você tem que sabe como criar coisas apaixonantes, que dê saudade, interessante e que façam o próprio usuário divulgar como é o caso do iPhone, como é um caso da Ferrari que são exemplos mais exagerados mas esse seria o meu resumo de todas as fases, você precisar ser interessante e criar algo interessante, e não querendo puxar sardinha, o Sexy Canvas é pra isso.

Henrique de Moraes – Perfeito, eu brinco com as pessoas que eu falo que para você conseguir que alguém tenha interesse em você você tem que ser interessante né, a base é essa, então todo relacionamento a base é o interesse e assim, pode parecer uma coisa é ruim, feia de falar mas na verdade, no final das contas são interesses mesmo que genuínos, quando você se apaixona por uma mulher, pela sua esposa, você tem interesse nela né, então assim as pessoas colocam uma conotação negativa mas não tem, não existe conotação negativa, é a troca de interesses sempre, em qualquer relacionamento né então tem que ser interessante

Andre Diamand – Exatamente, exatamente.

Henrique de Moraes – É engraçado né, ouvir você falar assim você mostra que é muito fácil você enxergar numa pessoa essa sementinha de empreendedorismo, eu também desde moleque sempre gostei de empreender, de vender coisas, coisa que nem eram minhas, às vezes eu pegava pra vender dos meu pais, enfim só pra ganhar algum dinheiro, minha mãe já brincou uma vez ela falava que um dia ia chegar alguém lá pra levar ela falando que eu vendi no Mercado Livre porque eu vendia tanta coisa no Mercado Livre uma época, e é um pouco disso, é interessante ver você também trazer essa coisa do Sexy Canvas, de como você fazer produtos serem interessante e você também, o CPF né, a pessoa física ser interessante porque tem um investidor gringo, o Naval Ravikant, não se se você conhece, que é meio filósofo, meio investidor enfim, e ele fala uma coisa que é interessante, que o futuro do trabalho na verdade vai ser todo mundo sendo personal brand, então você vai ser uma marca pessoal e assim, a previsão que ele faz pelo menos, é que todo mundo, você vai entrar na verdade num banco de oportunidades, você vai escolher qual oportunidade você quer para aquele dia, vai ter um fee e aí você vai subindo na hierarquia desse sistema de acordo com sua marca pessoal, então trazer já essa mentalidade de saber que você precisa se vender sim, que você precisa ser interessante para as pessoas desde agora eu acho que é importante até para caso essa previsão dê certo né.

Andre Diamand – Total, e quantas vezes eu inclusive como presidente da Associação Brasileira de Startups, a quantidade de pitchs de startup que eu ouvi não tá no gibi, foram milhares, eu mentorei milhares de starrtups, foi um trabalho muito longo de 2011 até 2016 mais ou menos e o meu fato é, às vezes uma startup com uma ideia meia boca mas com apresentador ou apresentadora mandando bem demais no palco fazendo pitch, ganhava espaço pra conversar com os investidores no próximo round, e às vezes uma startup o máximo mal apresentada, com energia baixa ninguém queria conversar, então as pessoas confundem quando eu falo isso, quando você criar uma coisa que eletrifica, que gera interesse, as pessoas acham que é mexer no marketing, aliás um parêntese, isso é um erro também, não só do Brasil mas como em todo mercado, o marketing acabou sendo uma área muito chique, muito legal mas eu não sei em que momento o marketing acabou virando uma ferramenta quase que de enganação vamos dizer assim, não é o caso da tua agência Wee! que é foda, eu sei que vocês entendem o cliente e vão à fundo e encantam de verdade, mas o marketing muitas vezes é para pegar o patinho feio e falar “Compre nosso Cisne Branco em 12 vezes”, aí o cara recebe o patinho feio, só que ele comprou o cisne branco, pode até funcionar para fazer o primeiro round de vendas mas depois para o seu LTV, lifetime value, que é quando um cliente que você conquista continua gastando e dando dinheiro para você ao longo do tempo, então se você faz um marketing mentiroso, um marketing muito expansivo que cria um monte de gatilho e tal e a pessoa recebe gato por lebre isso é um erro, a principal função é de você encantar, eletrificar, causar saudade é mudando o produto essencialmente, estão não é o cara no chat falando “Gatinha”, no Tinder falando “Sou maior sarado, você vai ficar louca comigo, eu aguento 50 horas na cama”, aí vai chegar no dia não é nada disso, esse foi um trabalho de marketing, o trabalho do Sexy Canvas é esse cara ir pra academia sem tanto esforço, ficar sarado mesmo e fazer umas técnicas, comprar uns fitoterápicos e entregar de verdade aquela copy, que normalmente as pessoas jogaram pro marketing para enrolar cliente, e isso é uma coisa que não faz o menor sentido.

Henrique de Moraes – Verdade, o Seth Godin, considerado hoje em dia um dos “papas” do marketing, ele fala sobre isso, ele fala que na verdade os profissionais de marketing não tinham que estar tentando descobrir como vender um produto ruim pras pessoas, mas ajudando as empresas a criarem bons produtos porque aí vai ser mais fácil vender

Andre Passamani – Exato, porra perfeito o Seth é foda e é exatamente, só que olha que interessante, aí tô te interrompendo pra caramba mas é só esse complemento aqui que é o seguinte, aí você chega, o Seth falou né, por exemplo, não é pra ficar enganando no marketing né, você tem que colocar essa galera que pensa, o interesse do arquétipo da persona que vai comprar para justamente criar produtos bons, a mesma coisa por exemplo naquela do Golden Circle né tipo que as empresas tem que ter um “why”, tem que ter um porquê, a diferença que faz da Apple para Samsung, a Apple nunca vai fazer uma propaganda “Celular iPhone 12 com o dobro de HD e muito mais rápido o processador A12”, não vai, a Apple tem estilo, a Apple tem um porquê e o fato é que todos esses caras nos contam que tem que ter um porquê, tem que ter alma, tem que ter um produto que já encante mais ninguém explica como, e aí é onde era minha grande dor, eu falava “Caramba, as pessoas continuam criando e inventando soluções e disrupção, e startups na tentativa e erro ou copiando e dando uma melhorada ou arrumando um gênio tipo Steve Jobs que esse cara nossa, tem que alimentar ele com chuvisco e pizza debaixo da porta que ele vai resolver tudo”, ou seja no nosso mundo não tinha uma metodologia para você tentar criar coisas que vão encantar o cliente no papel, teoricamente, no Sexy Canvas as pessoas acham estranho, “Peraí, como é que você mapeia isso no papel, a inteligência artificial mas aí no papel não dá, não entendi”, então o Sexy Canvas ele, só me adiantando um pouco, a base dele, a metodologia Sexy Canvas tem como base o canvas, que é o sexy canvas, que é uma folha de papel que a gente não pode mostrar aqui no áudio que tem basicamente 8 retângulos, são 7 retângulos que representam os 7 Pecados Capitais, por mais inusitado que tenha sido este o resultado da pesquisa e mais um retângulo que representa a criança interior que existe dentro de todos os adultos, que se subdivide em sete itens também, então ficam 7 pecados e 7 itens da criança interior, enfim e ela é a base de você criar não só produtos, interessante que serve para criar produto, serve pra criar branding, serve para você analisar porque um suporte encanta mais clientes e faz o LTV aumentar, uma área de suporte normalmente uma área que ninguém gosta “Ai que saco, cliente enche o saco”, aquela sensação antiga do suporte e o suporte é uma tremenda oportunidade de você comunicar com seu cliente e tudo que você troca com o cliente, seja uma meme, seja uma campanha, seja o seu suporte, seja obviamente o seu produto quando chega na casa do cliente, todas são oportunidades de você eletrificar, é como chama, eletrificar a cabeça deles e são esses 14 itens que depois de muita pesquisa eu consegui consolidar e cada item é uma faculdade à parte vamos dizer assim, apesar do Sexy Canvas Academy, que é o curso que ensina isso tudo você conseguir fazer em uma semana, para você ficar ninja mesmo de sexy canvas você tem que exercitar

Henrique de Moraes – Sim, como qualquer qualquer prática né. Vamos fazer o seguinte, já que a gente já tá falando do Sexy Canvas, vamos focar um pouquinho nele e depois a gente vai voltando e repassa aí, chegando nele de novo pode ser?

Andre Diamand – Claro

Henrque de Moraes – Show, eu queria te pedir para fazer o seguinte, eu sei que você no Instagram você coloca vários exemplos, pega aplicações, empresas e aplica o sexy canvas, eu queria que você pegasse alguma assim e desse um exemplo de repente para as pessoas aqui para elas entenderem até explicando o processo, como você faria por exemplo para fazer essa criação, tem como?

Andre Diamand – Tem sim, deixa eu explicar então um pouco mais o Sexy Canvas e aí vai ficar mais fácil para dar esses exemplos.

Henrique de Moraes –  Se você quiser falar inclusive de onde surgiu, você já falou que era dessa necessidade, da sua vontade de ter uma metodologia para fazer, para conseguir colocar produtos enfim, campanhas no mundo que é uma dor que você tinha no final das contas, mas eu sei que você pesquisou bastante, você foi na psicologia, foi na filosofia, então se quiser falar inclusive  um pouquinho sobre esse processo fica à vontade, acho que vai ser super interessante.

Andre Diamand – Ah então, acho que vale a pena. Então, a dor começou dessa maneira, ninguém tinha um norte de que coisas fazer na sua vida ou na sua própria empresa ou no seu produto para encantar clientes, sempre ficava uma aleatoriedade. Além disso eu via que todas as áreas vamos assim, profissionais dentro das empresas, pessoal de vendas, marketing, comunicação até o RH, todo mundo dentro das empresas até o século XXI, onde nós estamos, continua sendo meio que uma guerra civil, eu tô falando de empresas maiores, tipo B2B, não tô falando de influência ou canal do YouTube não. Empresa maior mesmo, Coca-Cola, sempre teve meio que a área de marketing meio brigada com área de produto porque marketing vendia uma mentira, que o produto não conseguia entregar aí o vendedor se ferrava, aí o RH fica achando que só tem que pagar salário e ninguém tem a mesma energia, me incomodava também a gente estar no século XXI com empresas ainda muito arcaicas, e vendo outras empresas fazendo coisas muito interessantes, como o Google né que tem aquela sala de descompressão pro pessoal jogar sinuca, e restaurante no campus, comida liberada para todo mundo, hoje eu explico claramente no Sexy Canvas, o RH do Google não entendia, “não é para vender mais?” não, o Sexy Canvas explica toda e qualquer relação que encante humanos, se o Google sabe encantar os seus funcionários, se os funcionários vestem a camisa, viram noite porque querem, tem comida liberada, donuts e coca-cola enfim, se o Google seguiu esse caminho e deu certo então eu consigo mapear no mesmo canvas que eu consigo mapear o porquê que o iPhone é um sucesso, porque o Tik Tok é um sucesso, porque a primeira coisa que eu percebi foi, se eu tentasse criar uma receita geral de sucesso olhando a ótica do produto, como faz o new business canvas das startups, o business model canvas, aquele que todo mundo conhece das startups, é um canvas do produto, canvas da empresa, da solução e aí eu teria que estudar o mercado de sei lá, piscicultura, mercado de extintores de incêndio, mercado de sorvetes, eu tenho que ficar estudando a vida toda todos os produtos que deram certo para tentar achar um elo perdido né, “Já sei, é isso, já sei é aquilo” e não ia funcionar, então o que eu decidi foi criar um canvas não do produto mas das emoções que o seu produto ou serviço ou interação causam no humano, então o Sexy Canvas ele para começar, “Ah mas me manda aí o Sexy Canvas do Netflix que você tanto fala que é legal” na verdade eu até coloco que é do Netflix, mas o Sexy Canvas do Netflix é na verdade que sensações interessantes o Netflix causa no humano, então passou a ser um canvas universal, ele serve para qualquer tipo de negócio, para qualquer tipo de empresa, pessoa física, canal no YouTube, desde que seu business tenha interação com humanos, se você vende tênis para pinguim não vai funcionar o sexy canvas, mas se você vende qualquer ideia de produto, campanha de marketing, qualquer coisa que vai tocar nos olhos e ouvidos e narizes e tato e paladar do humano, o sexy canvas vai funcionar, então por incrível que pareça era um enunciado muito assustador e megalomaníaco que eu queria, esse problema que eu queria resolver, mas eu tinha tempo e dinheiro e falei “Cara, go big or go home né, vou tentar fazer uma coisa que possa mudar o mercado” porque por incrível que pareça ele realmente pode mudar, o RH da sua empresa pode usar o sexy canvas para fazer a empresa ficar na mesma energia que o pessoal de produto, que vai estar na mesma energia que o pessoal de marketing e detalhe, ele não precisa 5 anos de faculdade, “Ah, chama o especialista de sexy canvas”, no início se você não tiver feito o curso é o caminho, mas ele é simples de aprender e ele é simples porque, como é que eu cheguei nele? Você falou, eu fui estudar psicologia, filosofia, história, religião, muito profundamente porque se o meu objetivo era criar um canvas que pega as emoções humanas mais eletrificantes, que mais geram consumo, que mais geram desejo e atração, eu também não inventar a roda do zero, não seria idiota nesse nível porque ciência não se faz assim, e aí eu fui atrás de Freud, de Lacan, de Jung, fui atrás de Aristóteles, fui atrás de Platão, fui atrás de Nietzsche, porque me interessava estudar todo mundo que já tinha de uma certa forma mapeado a cabeça humana, seja através da psicologia, seja através da biologia, quando Darwin fala que o objetivo das espécies é procriar o maior número de vezes para ter o maior número de cruzamento de cromossomos porque aí sim vão ter as mutações que vão fazer a espécie dar certo ou dar errado, então ele tinha uma informação ali para mim, que isso eletrifica a natureza, fazer as pessoas ter orgasmos por exemplo quando transam, corrobora essa explicação de Darwin, mostrando que a sexualidade é claramente um caminho que eu tinha que estudar e seguir porque é um item de alta eletricidade, todo mundo sabe que é um tema corrente, seja adolescente, mais velho, as pessoas falam muito nisso e aí os filósofos me mostraram outro caminho, a Igreja me mostrou outro caminho, e quando no final das contas o meu E = mc² né, não aí me comparando com Einstein, mas consegui descobrir que os sete pecados capitais e as 7 sensações da criança interior tavam atrás de tudo, e aí só para resumir, porque tava atrás de tudo? Porque eu percebi que ao longo dos últimos 9 mil anos né, quando a humanidade descobriu como controlar melhor a agricultura, fazer pecuária e deixar de ser nômade, de caçar frutinha e matar mamute, eles começaram a poder ficar no mesmo local, então pensa a gente sei lá, 8 mil anos atrás, a gente plantava e comia, tinha água e ninguém mais fazia nomadismo, só que também não tinha mais como ficar matando gente, estuprando, roubando como se tinha no nomadismo, que não tinha polícia e você podia fugir a hora que quisesse, então entraram vários fatores para controlar esse humano, que era um bicho né originalmente, não tão bicho que talvez como uma bactéria mas era um bicho, ainda somos bichos, quem acha que somos seres sociais elevados tá um pouco enganado, na origem e na carne, no hardware nós somos bichos, e eu fui estudando ao longo do tempo todos os elementos que foram suprimindo, o sopro de vida e natureza real desses humanos. Então daí vem religião, os dez mandamentos, lei, bons costumes, ética, tudo que Freud chama de superego, toda aquela coisa que você não pode fazer, “Você não pode andar pelado na rua menino”, “Não pode roubar comida”, “Você não pode estupra mulher se você quiser ter coito”, falando bem como um animal, então eu percebi que a minha hipótese maior é o que é eletrificar, o que é vender mais, o que é fazer um RH, ser encantador, dar esse humano suprimido por todos esses milhares de anos de supressão do que pode, não pode, a castidade e tudo mais, dar a essa humano uma sensação de estou vivo, estou curtindo e gozando a vida, fazendo aí um trocadilho bem literal, e depois de muito estudar, o Sexy Canvas acabou realmente se resumindo aos sete pecados capitais e os 7 itens da criança interior, que representam ambos o Id de Freud né, que significa “bicho homem”, o Id de Freud é o bicho-homem e nada melhor no bicho homem do que os sete pecados e as sete sensações da criança, e a criança por definição quando nasce é bicho, o que vem depois artificialmente e constrói a psique dela, os objetivos, “Você vai ser cristão”, “Você vai ser judeu”, “Seu pai quer que você seja advogado”, aquela coisa que a gente acha que a gente tem livre arbítrio né, e aí todo mundo pensa “Não André eu sou assim, eu sou assim essa pessoa, tenho convicção na minha religião e no meu Deus”, só que na verdade meu amigo, você brotou num lugar, a sociedade, o zeitgeist daquela situação encheram sua cabeça, ninguém teve chance de liberdade de nascer, de realmente colocar o seu eu pra fora e o Sexy Canvas, você viu que eu falo pouco né, o Sexy Canvas ele não veio só, pelo que eu tô entendendo é muito abrangente, isso não vai além do mundo dos negócios não? Porque se é encantar, você pode encantar qualquer coisa, ele vai muito além, eu comecei focando no mundo dos negócios porque eu quero um monte de gente se libertando da corrida dos ratos e entendendo esse segredo, essa criptografia que eu quebrei do sexy canvas pra poder deixar de ter salário, ficar trabalhando a vida toda e dormindo o resto do tempo e tal, pra justamente vir participar de uma revolução, que é uma revolução social, esse é meu trabalho mais amplo que eu acho que nem caberia falar aqui mas meu objetivo é acelerar o Brasil, o Brasil tem uma perigosa mistura de falsa democracia, “Não é falsa Andre, funciona”, não não funciona tá, não funciona e se demorar vão ser mais 50 anos sem mudança de verdade, com as escolas públicas uma merda, sem esgoto, continuando uma disparidade entre pretos e brancos, essa coisa que todo mundo já tá careca de saber e não é que o Sexy Canvas diretamente vai curar o Brasil, mas a verdade é que a parte 1 do curso é justamente o passo sobre história, religião e tudo mais pras pessoas entenderem que elas não nasceram, elas nasceram e foram totalmente programadas, e elas precisam nesse jogo pra poder ter uma vida mais legal, pra no final aquele vídeo que passa quando você vai morrer né, dizem, os melhores momentos da vida passam quando você vai morrer pra que o vídeo fique grande, enorme, as pessoas acham que tem que ter 8 cenas, 10 cenas nesse video, não, é pra sua vida ser legal sempre, e pra isso você tem que se libertar e o Sexy canvas é mais do que ganância, mais do que ganhar grana, ele é libertação, sendo que ganância é um pecado e libertação é um dos itens principais da criança interior.

Henrique de Moraes – Perfeito

Andre Diamand – Ah, mas eu fiquei devendo te explicar um case, pra galera materializar, ou você quer perguntar alguma coisa aí? Porque eu falei de tudo

Henrique de Moraes – Cara, eu anotei algumas coisas aqui interessantes, é importante eu acho frisar nessa questão de ser uma metodologia pra encantar humanos, porque como você falou, serve pra qualquer coisa né, encantar humano é encantar humano, onde você vai aplicar isso não importa mas você fala que focou em negócios no início e assim, lógico que você sendo o cara das startups conhece a curva de adoção de novas tecnologias onde você foca nos early adopters, nos primeiros adeptos ali, então essa estratégia que a gente na agência inclusive fala muito com os clientes de como você foca ali em um público específico e daí espalha, não é você focar em todo mundo, porque se você tentar falar com todo mundo você não fala com ninguém, essa é a verdade, essa é a premissa mais básica, então muito legal saber que você focou em negócios mas que tá evoluindo pra outras áreas, é muito interesante

Andre Diamand – Sim, até pra psique humana. Eu não faço isso oficialmente mas às vezes eu mentoro pessoas aí de alto impacto no nosso mercado, e a minha mentoria não é só “Vou te ensinar fazer uma startup”, “Vou te ensinar a ganhar dinheiro”, “Aprenda a ganhar dinheiro em três dias” não, é uma coisa meio Freud, meio Jung, meio business, meio estético, porque assim o humano ele tem que estar tipo otimizado, o objetivo do meu trabalho é libertar pessoas, libertar de uma sociedade muito antiga, não é nem muito antiga para o futuro, em 2080 vai olhar pra hoje e falar “Meu Deus do céu não acredito que a vida da humanidade em 2021 era assim que vergonha” não, a gente tá antigo pro passado. Se você pegar o século VI, V antes de Cristo na Grécia antiga tinha mais gente pensando ativamente nas ruas, a melhor versão de uma sociedade para que o homem seja livre e feliz do que hoje em dia, ninguém faz filosofia hoje, filosofia não digo essa que cai no ENEM, é assim, o que a gente pode fazer para agilizar a melhoria da vida das pessoas em sociedade aqui no Brasil, diminuir a diferença social, ninguém faz isso. “Como assim Andre, você está enganado, temos a política”, então esse é o mal de uma democracia falsa num país que no final fala “Não vamos revolucionar ou fazer filosofia, pra que se existe a política?”, política não substitui filosofia, ainda mais a política brasileira, então o sexy canvas na parte 1 do curso ele justamente apresenta todos esses tapas na cara na cabeça do cidadão e é impressionante, parece jabá e é mesmo porque o curso vai abrir mês que vem de novo, mas é impressionante a quantidade de pessoas que falam “André, só a parte 1 do curso já me libertou, mudou minha vida e eu me separei, e eu me casei, e eu mudei para Austrália” porque muita gente vê as coisas que foram suprimidas, lembra que a base de toda é a supressão do humano, e eu não falei também é o medo da morte, que é a base do sexy canvas, a sensação de estar aqui mas não estar valendo a pena sabe, ficar de segunda à sexta trabalhando para caramba meio que num pause, o game não tá pontuando é meio obrigação e sexta feira bebe pra caramba, transa, aí vai para um hotel com a família, enfim é sempre um aguardar o que que vem por aí, é sempre um adiar a vida e assim, eu não acho que os humanos, eu não acho que uma sociedade é boa assim, e não é só pra galera curtir não tá, uma sociedade que coloca todo mundo igual, suprimido das suas ideias, suas diferenças de pensamento acaba sendo uma sociedade que tem um PIB menor, acaba sendo uma sociedade que produz pouca ciência, acaba sendo uma sociedade que entende que o rico é mais fácil um camelo entrar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no céus, então é uma sociedade que de uma certa forma aprende desde criança e o rico vai pro inferno então assim, o Brasil precisa mudar e ele precisa mudar logo, não dá mais para mudar através da política, isso no fundo é o trabalho. Agora deixa eu explicar então como é que usa o sexy canvas, normalmente as pessoas perguntam “Em que momento?” então a verdade é que você se for investidor-anjo, provavelmente não é o seu caso, na hora de escolher quatro startups, como é que você faz? No meu caso eu olhava a equipe, eu sentia né o astral da equipe, olha que coisa subjetiva, não tem como tornar isso computacional, e eu também via o tamanho do mercado que aquela startup trabalharia, uma que tinha um mercado de 100 milhões era de um jeito, 2 bilhões era outro, e aí era isso e eu decidia “Gostei da sua cara, seu pitch é bom, seu produto” e investia, não tinha uma maneira de eu tentar comparar as empresas umas com as outras, então o sexy canvas serve inclusive pra investidor anjo, mas o jeito mais comum de usar o sexy canvas é quando você criar um produto ou pegar um produto seu que tá meio mal das pernas e melhorar o produto ou até desistir oficialmente dele tá, então que que você faz, o sexy canvas não é só o canvas, ele tem uma metodologia por trás, tem a reunião de sete passos, tudo tem 7 nessa metodologia, e você começa desde estudar o seu concorrente, então se você tem um Café, bolos e doces, serve pra você? Claro, você tem clientes humanos, vai funcionar, você estuda o concorrente, então pelo sexy canvas você começa a entender porque o Starbucks está bombando e você não, porque que você não tem um nome legal, é só “Padaria Princesinha de Copacabana”, aqueles nomes que já deu sabe, não eletrifica mais ninguém, então o que você faz é basicamente passar pelos sete pecados capitais e pelos 7 itens da criança, e aqui eu quero dar um exemplo que eu gosto muito que é do Nubank, o Nubank quando chegou para ser um novo cartão de crédito e mais tarde um banco com conta corrente e tal, ele tava entrando num mercado de gigantes né, Itaú, Bradesco, HSBC  que acho que até saiu já faz tempo mas enfim, banco é chato, é sisudo, tem uma comunicação antiga, parece meio governo né entrar na fila, pegar o guichê, dá um nervoso, e aí o Nubank ele podia ter chegado sem a menor coragem e falando “Cara a gente já é uma fintech, o pessoal já olha fintech meio de lado do ponto de vista da segurança institucional, não vamos bagunçar né, vamos criar um nome Banco Brasileiro Moderno”, aí os fundadores falaram “Porra nenhuma, a gente vai chegar sendo uma fintech mesmo, sendo banco uma operadora de cartão de startup e vamos chegar com o pé na porta dos sisudos antiquados que acham que não pode mexer em time que tá ganhando”, isso é o grande erro dos mercados que jogam o mesmo jogo há muito tempo como o bancos, escritório de advocacia, como consultório médico, todo mundo que tem meio que um pouco de medo de mudar e as pessoas julgarem, tudo dá para mudar, e o Nubank chegou lá e por exemplo, já saiu dando ganância, o que é ganância pros correntistas do Nubank? É o dinheiro que tá na sua conta corrente render igual a um fundo de investimentos legal, sem taxa e sem te perguntar nada, já começa a render, você nem precisa ativar, e rende bem. Então isso é ganância e preguiça tá, já tô citando itens do sexy canvas, então mesmo o teu dinheiro que num banco Itaú estaria dando aquela conta remunerada 0,03% ao ano, que era só pra dizer que tinha uma conta remunerada, no Nubank ela tá rendendo mais, então mexe com a sua ganância, mexe com a sua avareza também o fato do Nubank não te cobrar taxa nenhuma, não cobra taxa de TED, não tem taxa do cartão e o nome “Nu” vem de “pelado” mesmo, de nu, de transparente porque é um banco transparente, então trabalha a sua avareza no sentido que você vai gastar menos um taxas e tudo mais. Ao mesmo tempo trabalha a segurança da criança interior, são 7 itens na criança interior, segurança é o mais basal. Criança interior é muito parecido com a Pirâmide de Maslow, que são as necessidades básicas do ser humano, então a segurança de você saber que o banco se coloca transparente, não vai te enganar, não vai te colocar taxas escondida mexa com a segurança também da criança interior. Continuando, vaidade, o Nubank trabalha muito bem a vaidade, e vaidade no Sexy Canvas é estética, então se o cartão tem uma logomarca linda do Nubank, roxinho, o cartão fisicamente dá gosto né, você tira onda né, você fala assim “Caramba, aqui meu Nubank”, assim como sei lá o sistema operacional da Apple, o iOS é mais interessante visualmente que o Android, e isso mexe com a vaidade. Outra coisa, o cuidado com a entrega, o unboxing, a caixinha do Nubank, “seja bem seja bem-vindo” e “nós somos divertidos”, que fala com a diversão que é outro item da criança interior, que fala também voltando a vaidade, o Nubank foi a primeira instituição que deu cartão de crédito para quem era negado sempre, pra quem tava sempre falando “Caramba, eu não consigo pegar um cartão de crédito no Itaú, meu Deus do céu”, aí Nubank chegava e dava esse cartão, ao receber esse cartão pensa na energia do cara “Porra, agora eu sou foda, agora finalmente eu tenho cartão, vou tirar onda com a minha mina, vou levar para comer num restaurante”,isso é vaidade entendeu? Tudo que você mexe com ganância, avareza, vaidade, também tá dentro do Nubank. Preguiça, pra vocês entenderem no sexy canvas, não é só “Viaje e durma bem” não, isso claro tem também, se você vende colchões e coisas para dormir, sim você está mexendo com a preguiça, mas preguiça é principalmente dar ao usuário o maior prazer com o menor esforço de tempo, então por exemplo o iFood, iFood é basicamente gula e preguiça, e onde a preguiça seria não ter que ir pra cozinha, apertar um botão e chegou a comida, e o preguiça também vale pra coisas rápidas, então se você consegue resolver um chamado de suporte do Nubank pro cliente na hora, isso tá respeitando a preguiça dele, você não tá fazendo o cara te ligar de novo, anotar o número

Henrique de Moraes – Nubank acho que tem mais exemplos né, porque se parar pra pensar você consegue aumentar seu limite, diminuir seu limite, bloquear cartão de crédito, você não precisa nunca mais pegar fila, enfim tudo isso mexe com a preguiça também né?

Andre Diamand – Exatamente, e numa interface gráfica muito bonitinha né, quase infantil, colorida e tal que mexe com a criança interior inclusive, e acaba te dando essa preguiça, que ele respeita seu tempo e outra coisa, o Nubank te trata como, “Fala Henrique, já resolveu? Vou correr atrás pra você, deixa comigo”, não é aquela coisa do “Prezado senhor Henrique de Moraes, estaremos enviando o demonstrativo do fundo Itaú” não, o nubank é teu amigo, isso cria pertencimento, que é um item importantíssimo da criança interior, e por aí vai, é impressionante como explica o Nubank, explica o Instagram, explica porque o Tik Tok está indo melhor que o Instagram, explica porque que o Bob Esponja, Turma da Mônica, Chaves e os Sete Anões são todos baseados nos 7 pecados capitais e na criança, é muito surreal, Bob Esponja chega a ser ridículo, a ganância, aí tem a vaidade, aí tem a luxúria, aí tem assim preguiça, são todos representados

Henrique de Moraes – É escancarado, é explícito, não tá nem subjetivo né

Andre Diamand – Não é assim, pra mim, para o grande público tá super subjetivo é só ver o Bob Esponja acha engraçado, tem um peixe maluco, o Patrick então o pessoal vai curtindo e você fala “Porque faz tanto sucesso esta porra?”, que é inclusive meio tosca né, o desenho é meio psicodélico, e aí você vai ver que por trás do Netflix, do Bob Esponja, do Big Brother tem gabaritações de sete pecados e de 7 itens da criança

Henrique de Moraes – Só para te perguntar assim, então na prática vamos supor, eu quero fazer o sexy Canvas da minha agência, o que eu preciso fazer é pegar e vai ter o papel lá né com os locais onde eu vou preencher, e eu tenho que preencher pra cada um desses itens o que eu vou oferecer, é isso na prática?

Andre Diamand – No final sim mas não é tão simples assim, primeiro tem o sexy empathy, que a gente criou uma maneira de entender, tiramos o superego da jogada, a cabeça do cliente, então você tem que entender quem é a persona no caso que você tá analisando, porque pode ser uma agência, você vai atender um influencer, o outro cliente vai ser a Coca-Cola, então você tem que separar bem, aí como foi funciona? Primeiro você faz o seu sexy canvas atual, tipo assim, eu Henrique na minha agência eu ofereço ganância para meus clientes? Os cliente vão ganhar mais dinheiro comigo e não gastando tanto ou seja, não ferindo a avareza deles? Isso é uma pergunta que você tem que fazer, aí você vai falar “Não, na verdade sim mas é indireto porque a gente queria a imagem institucional e a imagem institucional é importante porque pode ajudar a converter uma venda” o quanto mais indireto for de dinheiro no bolso, é menor a eletricidade entendeu, então você tem que deixar claro que o seu customer success, o sucesso do seu cliente na Wee! na tua agência é ele ganhar dinheiro, e normalmente isso aqui é o mais óbvio porque é o jogo do capitalismo, então não tem outro jeito você faz isso. E você vai fazendo isso para validade, pra preguiça, pra gula, pra luxúria, pra inveja, pra ira tá, inveja e ira, cada retângulo é um sabor diferente, você não quer fazer coisas que o cliente fica irado com você, não é isso, é outra coisa, são técnicas de ira do inimigo comum. E você faz a mesma coisa para criança, por exemplo você é sólido? A galera que vai te dar grana no teu serviço mensal se sente seguro? E aí para responder isso vale tudo, “Sim, tenho referência”, “Sim, estou há 12 anos no mercado”,  “Não, mas vamos fazer uma logo que passa solidez, uma logo meio gringa que o cara vai olhar e vai falar “isso aqui não é empresa brincalhona, olha só o material deles, olha o brinde que me mandaram, esse pessoal é sério”, então 1001 formas de você deixar o cliente se sentindo seguro, o suporte é bom, você é divertido? A galera que atende, seus vendedores que interagem com o cliente é divertido ou é chatão? “Pô, me ajuda a bater a meta?”, mexe em tudo, qualquer troca de energia você vai ver, então você faz o sexy canvas com a sua agência e depois você parte para várias coisas, a primeira coisa é fazer o sexy empathy, o que seu cliente realmente quer? Aquele diagrama de empatia que se usa hoje em dia, o que que ele quer? O que ele diz que quer? A cliente de um pet shop fala “Quero dar o melhor para o meu cachorro porque amo ele”, mas o que que no fundo ela quer? Ela quer não se sentir culpada de não estar sendo uma boa mãe de cachorro e não quer ter trabalho de fazer ração, ela quer uma ração fácil que não dê trabalho pra ela, que o cachorro fique feliz e que ela fique feliz, então a gente mapeia o que cada pessoa quer, porque a sociedade gasta muito tempo mentindo “Não, meu objetivo é ajudar os pobres e ser a melhor pessoa para o mundo”, porra nenhuma entendeu, tem que descobrir o que realmente o cliente quer, aí a gente mapeia isso e depois a gente começa a fazer o mapeamento dos concorrentes, então a gente pega benchmark de concorrentes diretos, então você vai pegar uma agência que você ama, que você queria ser como, e quem faz o curso faz o sexy canvas dos concorrentes e não só da agência direto, você pode fazer da Apple também, você acha que a energia que a Apple passa em temos de ser a melhor, em termos de embalagem dos produtos, você quer beber nessa fonte, então tudo bem, você faz o sexy canvas de concorrente. Feito toda essa massaroca você começa um brainstorm de fazer o canvas final da sua empresa, e aí vão ter três momentos, o primeiro momento você vai pegar todas as coisas post-its que você ama nos seus concorrentes, enfiar nesse novo canvas, pelo menos anotar e aí você vai me perguntar “Andre, eu anoto na ganância que por exemplo no caso do Nubank, o cara vai sentir melhor economicamente e se sentindo poderoso porque agora tem um cartão de crédito?” Isso valeria pra vaidade também se pensar friamente, é porque aqui no caso vaidade tem a ver com você ter poder aquisitivo, ou você escreve “Abrir um novo botão no aplicativo que abre uma linha de crédito onde o cara vai poder tomar R$10.000 de crédito a juros zero por 3 meses, digamos que exista esse produto maluco, então num primeiro momento você põe no canvas da energia humana, e no segundo momento você decupa aquela energia humana para uma feature de produto, para uma copy, pra uma nova funcionalidade, para um novo marketing. Então você tem, do jeito que eu expliquei parece que é um processo longo e complexo, a verdade é que ele é um pouco longo mas toma um dia, você consegue transformar qualquer empresa em um dia, e no final você acaba com o mapa de coisas a fazer, organizadas por custo-benefício né que a gente chama de “esforço X sexy”, você acaba chegando numa lista de coisas pra você pôr em prática na tua agência, do tipo “demitir o departamento que não dá grana há anos e nunca vai dar porque não é eletrizante, não é eletrificante, não dá para fazer nada, chega disso”, engordar o portfólio de tal forma, mudar a marca da Wee! que não tá passando os principais atributos, você consegue criar um slogan para empresa, você consegue criar missão e visão, o sexy canvas ele muda a porra toda e você faz um slogan como, depois que você cria o seu sexy canvas você fala “Cara, o que eu quero passar aqui na Wee! é preguiça, ganância e vaidade, a Wee! a galera sabe, quem trabalha com a Wee!, só os melhores, os clientes são selecionados. Preguiça, a gente é ágil, rápido, não tem burocracia, tudo assinado digital, até os contratos, nosso tempo de entrega de uma campanha que o mercado é 30 dias a gente faz em 2 dias, enfim tudo isso mexe com preguiça, e ganância porque nossas campanhas são orientadas para ganhar dinheiro” e aí você pegando esses três retângulos você consegue criar um slogan do tipo, assim como o iFood que é o “Pediu, chegou”, que mexe com gula, preguiça e segurança também né porque “Pediu, chegou”, é meio, é garantido. Então você começa também a definir sua missão, o discurso de vendas muda e até seu slogan, não precisa ser “a agência mais criativa do Rio”, vamos dizer assim, não vou conseguir criar um slogan em tempo real mas se o objetivo principal é o teu cliente ganhar dinheiro, isso tem que ser colocado no slogan, tipo “advertising de resultados”, nada demais mas você já começa a puxar a coisa dos itens do sexy canvas, então realmente dessa maneira explicada muito rápida um curso meio longo, o fato é que você consegue mudar sua empresa e depois de mudada, sua cabeça já mudou, porque quem faz o curso é que nem tomar aquela pílula vermelha dos filmes do Matrix, você não tem como voltar atrás, você começa a ver todas as cagadas que você fez na vida, namoradas que te largaram em um porque, sua postura às vezes passiva não querendo incomodar a sociedade, não querendo mostrar pros outros que você é bom, tudo isso você vai ver que foi uma perda de tempo, que foi uma grande enganação e aí que acontece aquela libertação do humano, porque se o humano não se libertar ele não vai ter, o humano no caso você, não o cliente, é o dono da empresa, se esse cara não se libertar, ele não vai ter coragem de implantar o sexy canvas que requer coragem, as coisas que mais viralizam são as coisas que mais requerem coragem de você postar, e ele vai entender o porque você tá fazendo aquilo, porque muitas vezes o cara tá tocando a empresa porque aprendeu, porque tinha que prover, ganhar dinheiro, ficar milionário, comprar uma Ferrari, mas peraí quem disse que é isso que ele quer? Então até isso ele consegue fazer com que o CEO fique melhor direcionado e se sentindo mais livre, e aí as empresas começam a dar certo a partir daí, e vem o sexy canvas ajudando a criar energia que você quer passar pro cliente.

Henrique de Moraes – Perfeito cara, eu já fiquei mais curioso aqui agora, espero que tenha despertado na galera também mas aproveitando que a gente tá falando sobre ele, onde é que as pessoas compram o curso, como elas fazem pra comprar hoje?

Andre Diamand – Ele é fechado, normalmente eu abro uma vez a cada 3 meses, dessa vez eu tô demorando 5 meses pra abrir porque encheu muito graças a Deus, graças a ciência, graças a todas as energias positivas, encheu muito, são mais de 1.300, 1.500 alunos, é muito aluno, é uma faculdade né, se você colocar todo mundo junto e a gente demora a abrir. Vai abrir agora em setembro dia 22 eu acho o carrinho e é isso tem que ficar ligado, tem que me seguir, sigam aí galera @andrediamand, é lá que eu falo tudo sobre Sexy Canvas e mês que vem a gente abre a turma. Sexy Canvas Academy é isso, ele é de cabo à rabo, ele muda sua cabeça, faz você entender a cabeça do cliente, nesse processo você entende sua cabeça também, e aí você pega a metodologia na mão pra otimizar tudo, otimizar e fazer mais resultados reais, basicamente é isso, Sexy Canvas Academy que chama.

Henrique de Moraes – Perfeito, então fiquem ligados pessoal. Eu queria ver se gente conseguia voltar um pouco na sua história e agora fazendo aquele apanhado geral, pode ser?

Andre Diamand – Pode sim

Henrique de Moraes – Show, maravilha. Cara, eu queria te perguntar, você vendeu sua empresa muito cedo eu acho pelo menos especialmente pra padrão Brasil, enfim, pro ano que foi também e você olhando pra trás o que você acha que levou você a ter o sucesso aos 36 anos que você tinha, certo?

Andre Diamand – Quando eu vendi a empresa tinha 35

Henrique de Moraes – 35, então o que você acha, quais foram as característica, não to querendo pegar fórmula de sucesso aqui porque acho que não existe mas é interessante tentar entender o que te fez de repente conseguir chegar nesse sucesso aos 35 anos, quais foram de repente as características ou o que você acha que levou?

Andre Diamand – As característica que a gente gosta de apresentar são as características que as pessoas podem pelo menos tentar seguir e tudo mais, no meu caso foi um pouco atípico porque eu era uma criança muito irrequieta, me quebrava todo, sou todo cortado cheio de cicatriz e perna quebrada, braço, clavícula quebrada, realmente uma criança meio capeta, e aí meus pais falaram “Cara, você não vai sair de casa, você agora é nerd, você não pode mais jogar bola porque era realmente agressivo, e essa forçada de barra dos meus pais me transformaram num nerd que ia focar em ciência, em inteligência, grana de uma certa forma, negócios que dariam certo foi o que me direcionou. Se fosse analisar o sexy canvas dessa troca com meus pais, eles me colocaram na parede e questionando até o amor e o pertencimento que são dois itens da criança interior, no sentido “Cara você tá acabando, bagunçando tudo, a gente não vai mais te amar, quase que assim, se você não entregar isso e não se quebrar mais”, então foi muito elétrico porque quando você mexe com amor e o abandono e as questões da criança interior, me pegou de calças curtas e eu falei “Cara, vou virar nerd”, e virei um puta nerdzão de não aguentar ficar em sala de aula mas de programar para caramba, hackear. Então no meu caso galera, tipo assim eu fui muito estudioso desde sempre, aprendi a hackear sozinho, aprendi a programar sozinho e tudo mais, numa época que não tinha internet, a boa notícia é que gente, todos vocês aí, quer fazer faculdade? Beleza, não tenho nada contra faculdade. “Ah porque é o sonho da minha mãe” beleza mas entenda uma coisa, não precisa mais para ganhar dinheiro fazer faculdade, universidade. Hoje em dia todos os cursos estão gratuitos no YouTube, ou custam R$29,90 em algum lugar que vale a pena, então vocês aí parem de ser passivos, achando “Poxa, ainda não aconteceu mas Deus vai prover esse não proveu ainda é porque não chegou”, pare de ficar nessa passividade de humilde esperando ou achando que só o pessoal do Vale do Silício, só o pessoal de São Paulo faz startups fodas, brasileiro nunca vai ser você nunca vai fazer parte da festa da vida e é melhor ter meu emprego público, toda essa maluquice, não siga esse caminho, é possível hoje em dia empreender com custo baixo, com custo 0, você consegue lançar um produto num kickstarter, num crowdfunding testar a demanda do mercado e conseguir grana ao mesmo tempo sem o produto existir, ninguém mais precisa pensar no modo antigo, carreira, 5 anos, residência, estagiário, assim se liberte mas não ache que é fácil, vai ralar, vai estudar, pega algum tema digital e vai ralar.

Henrique de Moraes – Tem uma filosofia de vida que eu tento lembrar a mim mesmo todos o dias que é “Impaciência com ações e paciência com resultados” né, cara se você tem uma ideia, tem alguma coisa que você quer colocar em prática, vai lá, resolve, você não vai ficar mais novo e você vai acabar se arrependendo se não fizer isso agora. Mas também não ache que só porque você resolveu isso hoje, amanhã você já tá rico né ou já tá bem sucedido, vai levar tempo, vai dar trabalho mas se as pessoas pelo menos começaram a ser mais impacientes para colocar os planos em ação, que eu acho que a galera é mais tarde nisso, planeja muito e ação não acontece.

Andre Diamand – E isso é parte da minha pesquisa, minha pesquisa seguiu vários ramos, como se fosse um polvo, e o principal agora é o sexy canvas mesmo focado em resultado de negócios, mas uma parte da pesquisa que eu notei, existe um grande paradoxo, uma grande esquizofrenia na sociedade brasileira hoje em dia, que é o paradoxo religião/capitalismo. De um lado você não pode ser vaidoso, você no pode ser ganancioso, se você ganhar R$1.000 “ajude a tia Gumercinda porque ela tá com gota e você não precisa de tanto dinheiro Flavinho”, Flavinho no caso sendo um terceiro que eu tô dando de exemplo, então esse medo do brasileiro também de ser melhor em tudo, de ser que nem o americano e falar “Cara, sou foda mesmo olha aqui meu carro”, porque aqui é feio ser rico, então tem esse lado, e outra coisa, a base das religiões, não é um ataque à nenhuma religião, apenas antropologicamente falando, é a não mudança, tipo assim “Meu amigo isso foi escrito há 4 mil anos atrás e foi por Deus, então você não questione que vai ser assim nos próximos 4 mil anos” assim, eu não tenho como trabalhar numa sociedade moderna onde em um lado você tem filosofia e ciência que te convidam a questionar, o core business da filosofia e da ciência você falar “Não, 2+2 não é 4, dependendo da situação pode ser 5”, “Vem aí, me explica”, o cara te agradece pelo questionamento, e nas religiões parece que não pode, tanto que já foi muita gente pra fogueira da ciência por causa desse conflito da religião, então a sociedade brasileira ela é muito estagnada, avessa à mudança, avessa à criticar o outro porque quem critica o outro e pode julgar é só Deus, então às vezes a pessoa tem um amigo que tem bafo há 15 anos, ninguém tem coragem de falar pro maluco in num médico de bafo porque não quer perder a amizade, as pessoas não sabem dar e receber críticas no Brasil porque acha que é feio, se você tá criticando alguém, chego lá e “Henrique, tá mandando mal”, é porque você se acha melhor que o Henrique, isso aí é um pecado, é o pecado da vanglória. Quer dizer, no Brasil o egoísmo e a vaidade de ser uma pessoa boa no que faz e ser uma pessoa capaz e que eventualmente ganha dinheiro não uma coisa ruim, virou um pecado capital então assim, minha recomendação galera é um, o que vocês sentem que tá errado aí fora mas ninguém levanta o dedo para perguntar não são só vocês que estão achando não, geral tá achando mas tá com vergonha de levantar o dedo, então é uma boa notícia. Segunda boa notícia, a gente num oceano azul de falta de coragem para inovar e disruptar, e o sexy canvas é a porta para você fazer isso em realmente uma semana, duas semanas porque o teu produto vai chamar atenção se você fizer diferente, até mesmo seus ads, no Instagram tinha um cara que vendia software para advogado, que é aluno do sexy canvas, aí ele vendia assim “O melhor software para advogado contencioso, jurídico, ligue agora e faça o seu orçamento”, tipo dormi né, eu dormi no meio dessa campanha, aí agora ele fez um personagem engraçadão, fica fazendo várias piadas de advogado boas, e aí ele associa a não sei o que, tá bombando, porque ele tá falando com um advogado como o Nubank inaugurou, ele tá criando um “Nubank advocatício” vamos dizer assim, no sentido que ele tá mexendo com a diversão da criança interior, somente. Tem que ter coragem galera, tem uma oportunidade de ouro de romper essa antiguidade e é fácil, a boa notícia, como todo mundo é travado, é um diferencial, entendeu?

Henrique de Moraes – Tem uma premissa do marketing que fala que você só consegue usar um atributo, como um atributo da sua marca, se algum concorrente usar o oposto, e quando as pessoas usam “Ah eu sou o melhor”, não serve de nada porque quem é que vai falar que é o pior? Então assim você esquece, qualquer coisa que ninguém vai usar o oposto do que você tá usando, como uma campanha de marketing por exemplo você já pode esquecer porque não vai ser um atributo que vai valer de muita coisa.

Andre Diamand – É, não vai ser eletrificante

Henrique de Moraes – Exatamente. A filosofia, você falou sobre filosofia, eu acho que tá precisando passar por uma chuva aí, passar por um sexy canvas bem tenso porque eu acho que a filosofia é uma coisa tão importante mas que as pessoas têm um preconceito por uma questão de achar que é difícil, que é antigo, antiquado, e não é, na verdade se você lê filosofia e você estudou para fazer o Sexy Canvas você vê que na verdade foi o que você falou, são as pessoas que questionavam o status quo desde sempre e se você for pegar alguns do filósofos mais interessante, pelo menos pra mim porque mais interessante é muito pessoal, mas os problemas que eles falavam há 2 mil anos servem agora, são muito atuais é impressionante

Andre Diamand – Total, como o humano pode ser feliz, como o humano pode ser leve, como a sociedade pode provocar menos diferença social, como ter mais justiça. Cara, uma sociedade sem filosofia da boa, é que nem um iPhone que não pode atualizar o software, tá na mesma versão há 11 anos travando, não roda mais nada, “Ah não, mas aqui a sociedade só montando uma assembleia constituinte para mudar” é isso, a filosofia tá queimada sabe porque? Por causa das entidades, nessa hora pareço um marxista, por causa das entidades do poder, então há quanto tempo tem o clero, a monarquia e vamos dizer assim a elite, a burguesia e tudo mais? Só tem milhares de anos essa porra, então já foi Igreja com o rei, aí depois a igreja ficou com o camarada da República também, não paga imposto aí, e em outros países, é sempre esses três, esses três queimaram a filosofia porque, teve uma época que queimaram literalmente, filósofo sendo morto porque questionava, por exemplo Sócrates poucas pessoas sabem, famosíssimo filósofo foi morto porque questionava ainda Deus, aí você fala “Deus do monoteísmo?” não, deuses gregos, que era a religião corrente na Grécia antiga. Ele começou a questionar e neguinho matou ele, fez um tribunal público lá e matou, matou Sócrates. Quer dizer, sempre esses órgãos vão querer fazer, qual é o sexy canvas da filosofia hoje? É ruim, é “Ai cai no enem, que saco”, fere a preguiça, não é bom pra preguiça, fere a preguiça, não dá amor, não é interessante, e sabe quem criou essa imagem de que filósofo é tudo PT, esquerda, coisa de velho? Foram os órgãos dominantes, então se você pensar assim Aristóteles, ele era um cara que criou coisas tão práticas, a coisa do caminho do meio, por exemplo se você vai ser um cara engraçado no seu grupo, olha que coisa moderna, parece que é uma conversa do século XXII, se você vai ser um cara gente boa, engraçado no teu grupo na empresa, cara não seja nem aquele bufão mais palhaço que todo mundo chama mas tem uma hora que dá no saco, chatão com piadas sem graça, que seria o bufão que ele chama, e não seja também o chatão que não faz piada nunca, não ri, seja o caminho do meio e tem uma confusão aí que Aristóteles chamava isso de virtude, virtus, e aí o que virou virtus na Igreja por exemplo? Virou o inverso dos pecados, então justamente é o zero, você é uma menina toda safada, transa com geral, aí o zero que é aquela menina casta, com a saia longa e o cabelo preso e tal, aí a virtude da Igreja virou o que para o Aristóteles era o meio, que é o caminho do meio tipo de Buda também, na igreja virtude virou o zero, “não transarás”, “não comerás muito”, “não terás muito dinheiro”, e assim começou a ter vários ensinamentos queimando os filósofos, então acredito que tem que haver uma filosofia hacker, eu gosto de movimentos como o Anonymous porque eles são filósofos hackers, são filósofos que executam, que colocam em operação às vezes de forma meio contra a lei, não ética e tal, mas são revolucionários com base em filosofia, aquilo ali não é só hacker, aquilo alí é filosofia hackerista em ação. É isso que eu vou fazer, assim se demorar muito, “André você vai se candidatar?” Deus me livre e guarde mas assim, eu quero através da informação mudar e não em 50 anos, mas em 5 anos a cabeça do país se possível, e se começarem a atrapalhar muito a vida, me jogarem na fogueira, aí a gente pode ser que faça coisas tipo Anonymous, porque eu sou hacker há muitos anos, eu já invadi a porra toda, então se precisar eu saio do meu pedestal de criador de metodologia pra juntar um grupo bagunceiro para atrapalhar Brasília, não dá mais para esperar 50 anos, a sociedade demora muito a mudar e uma sociedade que não tem filosofia não nunca.

Henrique de Moraes – Verdade. Cara, vou passar aqui pra algumas perguntas que eu faço para todos os entrevistados, se eu não fizer a galera me mata, basicamente. A primeira delas é o seguinte, se você, como o nome do podcast é calma!, e a calma aqui eu sempre gosto de falar que não é calma do tipo “faça as coisas com calma”, mas é tipo “corre atrás, faz tudo o que você precisa mas entenda que os resultados levam tempo”. Se você pudesse falar pro seu eu de 10, 15 anos atrás ou de algum período específico no seu passado, o que você diria pra ele ter mais calma, seu eu ter mais calma, tem algum ponto da sua vida?

Andre Diamand –  Cara eu sei total responder isso porque é uma das principais dores, como eu fui convertido a ser um produtivo, nerd, cientista desde muito novo e meio que também foi incutido na minha cabeça como eu me quebrava todo na rua, que se divertir era ruim, então no meu caso a minha máxima era tipo “work hard, play zero, play nothing”, então eu teria dito pra mim “Cara calma, hoje é aniversário do teu camarada, hoje porra é aniversário, hoje a tua galera vai sair, não precisa ficar hackeando, virando noite. Vai lá, curte, amanhã tu hackeia”, então eu acho que eu falaria o que Aristóteles e Buda me falariam, que é caminho do meio, caminho do meio puxado pra ralação, também não fica três dias na praia, três dias trabalhando que não foi assim que o Elon Musk deu certo né.

Henrique de Moraes – Você tem assim algum livro, ou até uns três livros que impactaram muito sua vida?

Andre Diamand – Cara assim, é uma quantidade tão grande de livros que eu nem gosto de falar um, eu gosto muito do “O gene egoísta”, porque me ajudou, Richard Dawkins que é um cara que te explica basicamente que você é uma casca atendendo aos desejos do seu gene, meio deprimente isso mas é verdade, gosto muito do Harari, quando eu criei minha teoria todo mundo falava que parecia muito a do Harari e eu não tinha lido o Harari, o “Sapiens” né, tem mais dois livros que é o “Homo Deus” e agora tem “21 Lições para o século 21”, acho que é isso. É um cara muito bom, admiro muito, eu morei em Israel um tempo, ele é israelense, é um cara com uma cabeça assim, que me irrita, o Harari é um cara que fere minha vaidade às vezes, eu me acho foda, eu vejo o Harari falando e “Porra, filho da puta sabe mais do que eu”, mas assim gosto muito

Henrique de Moraes – Eu pensei muito nele quando tava ouvindo você falar, pesquisando, especialmente no início ali do “Sapiens” quando ele fala da questão de tudo que a gente conhece, a história né, então o ser humano, na verdade o sapiens como ele chama, a gente só consegue contribuir com uma quantidade tão grande de gente porque a gente acredita em ficção, tem essa questão, e quando você olha pro que na verdade, pelo menos me parece que o Sexy Canvas propõe, é que você conte uma história que as pessoas se interessem né, e aí você consiga reunir as pessoas pra acreditar na sua ficção, e eu acho que inclusive é uma leitura super complementar pra quem estiver estudando o Sexy Canvas, pelo menos o início do livro

Andre Diamand – No Sexy Canvas na parte 1 a gente recomenda ele, esse e outros livros, não lembro agora de cabeça. Quero complementar uma coisa da sua primeira pergunta, o que eu teria dito para mim, eu teria dito “Play hard, work hard”, pelo menos “work hard, play medium”, mas eu também teria dito para mim o seguinte, “Tudo André que você aprendeu e você trocou com a sociedade moderna, você aprendeu a comprar amor”, é quase que quando você é bebê você precisa de leite, você chora, quer dizer, a criança nem tá fazendo ali pra comprar amor, ela quer leite e ela vai gritar, é uma coisa biológica. Mas a partir de 2,3 anos começa a entender que o jogo é agradar os outros, o jogo é fazer pelos outros, o jogo é fazer, pô você não compra um presente de aniversário para sua namorada porque realmente você a ama,  você pensa assim “Pô, vou dar um presentão pra ela e ela vai me achar um cara romântico, a chance dela me chifrar vai diminuir”, são mil outras coisas que passam na cabeça, o Nietzsche fala isso de uma forma muito agressiva, muito ácida, que é tipo “Ninguém ama ninguém, você não ama alguém, você ama estar amando”, então o que eu quero dizer, a explicação é meio longa no curso eu falo sobre isso, mas você aí que está nos ouvindo, aceite que tudo que você aprendeu na hora de trocar, pensa aí o que que você faz realmente “Uau”, que você gosta, que você ama? Quando foi a última vez que você deu um berrão e deu aquele chutinho, a mão pro alto tipo Pelé falando “Porra, foi muito maneiro esse dia, amei vamos marcar de novo, vocês são foda”, quando foi a última vez que você fez um “Uau” verdadeiro? A verdade é que a sua vida é utilizada para a sociedade funcionar, ela não é boa pra você, ela não é boa para sua individualidade, então a dica que eu daria pra mim é “pare de se preocupar tanto com o amor dos outros e coloque em primeira mão o amor próprio, vá atrás de grana, se coloque na melhor versão e independa dos outros”, porque não é que você não precisa do amor da namorada ou do amigo ou de Deus, é muito bom são super bem-vindos, mas quando o seu individual, o seu amor próprio que tá dentro do amor da criança interior tá vazio, não vai funcionar namoro, não vai funcionar casamento, não vai funcionar emprego porque você vai estar fazendo as coisas pelo motivo de receber energia elétrica de fora, e isso é o grande erro da humanidade moderna, então a dica seria esta não muito resumida que eu falei agora.

Henrique de Moraes – Não, perfeito é uma puta recomendação, eu não sei e você já leu, mas também me lembra muito tudo o que você tá falando me lembra um livro chamado “Os quatro compromissos”, já leu?

Andre Diamand – Não já ouvi falar, já me indicaram, não li esse

Henrique de Moraes – Cara fica aí de mais uma recomendação mais uma vez, ele é pequenininho, dá pra ler em 1, 2 dias e ele fala sobre tudo isso que você tá falando sobre como a gente foi, ele usa um termo que é “domesticação”, a gente foi domesticado como se fosse um animal doméstico mesmo, então se você fez uma coisa boa seu pai fala “Bom menino”, se fez uma coisa ruim, ‘Vai ficar de castigo”, a gente foi passando por isso em todas as etapas da vida, a gente aprendeu a fazer coisas boas pra conseguir o biscoitinho ali no final das contas, pra conseguir alguém falar “Legal, muito bem, você fez muito bem”, e a sociedade foi domesticando a gente assim, e aí ele fala como, são 4 compromissos que você faz com você mesmo para se livrar dessa domesticação

Andre Diamand – Provavelmente um deles é aprender a dizer não né, normalmente é necessário

Henrique de Moraes – Ele coloca isso de outra forma, numa forma de você ser fiel à sua palavra né, que basicamente é a mesma coisa, fazer as coisas que você quer fazer de fato e não fazer porque os outros querem que você faça

Andre Diamand – É cara, a quantidade de pessoas galera hoje em dia que eu vejo indo morrer, vamos dizer assim, “Caramba a vida toda fui um bom marido, um bom pai, eu nunca traí minha esposa, sempre fui à igreja, sinagoga ou mesquita, não importa a religião, eu doei para os pobres e não sei o que, e também quando não queria casar me falaram que casar era o caminho porque senão eu vou queimar no mármore de sei lá aonde e eu me casei”, e a pessoa passa a porra da vida toda fazendo pela sociedade, fazendo pelo superego, que é o que se espera dela e não o que ela faz. Eu acho que uma sociedade que trabalha com seu material humano, vamos dizer que a sociedade tem um RH que somos nós, os os moradores do Brasil né, somos os continentes, os votantes, se você pega “Andre, você vai ser o diretor de RH do Brasil, seu objetivo é fazer o PIB bombar, ter segurança pública, ter menos diferença social. Vai, valendo”, não seria do jeito que é a sociedade hoje, a sociedade hoje funciona muito bem para o clero, para a burguesia, funciona muito bem para governo, ela não funciona muito bem para 90% da população, e isso é ridículo, parece que a gente tá em 1450 antes de Cristo sabe, tá pior do que antes, o pessoal não entende. Então cara, me irrita muito. Última dica do item 1, você me pediu um e já é o terceiro, se possível baixem ou comprem o livro “O Poder Da Kabbalah”, não é uma religião, todo mundo acha que é uma religião, judaísmo, eu sou judeu inclusive, a cabala é uma coisa mais vamos dizer assim, isenta, é quase que uma ciência, e esse livro “O Poder Da Kabbalah” ele é pequenininho, eu costumo falar que numa cagada você lê ele, coisa romântica né, mas olha que interessante essa risada que arranquei de você e espero ter arrancado os ouvintes, é diversão da criança interior, se você taca uma coisa dessas e brinca às vezes com luxúria, misturado com diversão é tiro e queda, eletrifica, mas leiam esse livro porque ele tem dicas práticas de como você usar o dia a dia, exemplo, “parem de falar mal das pessoas”, é nesse nível de praticidade, “Ah não mas Bruninha foi ruim, me roubou o namorado, eu odeio ela”, não importa, pare de falar mal dela, “Ah mas porque?”, porque sim,  você vira uma coisa quase religiosa, cara funciona que é uma beleza, é muito legal, mais uma dica aí pra galera, “O Poder Da Kabbalah”

Henrique de Moraes – Cara, tem mais duas perguntinhas aqui pra você, pra gente não se estender tanto aqui. Seguinte, eu queria te perguntar qual foi o melhor conselho que você já recebeu, mas não precisa ser o melhor conselho, pode ser por exemplo, se tem alguma frase que você vive sua vida por, ou algum texto alguma coisa assim, qualquer coisa nesse sentido que tenha mudado, impactado você de alguma forma.

Andre Diamand – Caramba, agora que eu tô ficando mais famoso eu tenho que comecar a ter todas essas respostas na ponta da língua, um livro eu, e aí tem que ser um livro bem chique né, Dostoiévski mas assim, eu não tenho talvez uma frase tipo única, mas eu acho que há muito tempo eu pergunto para mim e para as pessoas umas coisas simples, quer é “O que te move?”, e que mais tarde com o Sexy Canvas eu fui entender porque essa frase era tão importante, que tinha a ver justamente com o Id, superego de Freud, que falamos aí à exaustão nesse papo, mas assim, o conselho e a frase, energia é “Não faça coisas que não te movem”, assim não, não faça. “Ah, mas eu tenho que prover para minha família” tudo bem, mas coloque um tempo para acabar, “O que te move?”, essa tem que ser a pergunta que você tem que se fazer e cuidado com a resposta dela, porque normalmente é “O que me move é ser um bom pai, ajudar os pobres e quando morrer ser reconhecido como alguém…” não, não é o que te move artificial, que aliás artificial é todo você hoje em dia, é um “O que te move?” que talvez você nem saiba ainda o que é tá, então você fique com essa essa pulga na sua orelha e usa essa variável no dia a dia

Henrique de Moraes – Maravilha. Cara última pergunta, tem a ver com uma coisa que você falou agora pouco, e eu vou voltar um pouquinho aqui no tempo, vou falar de quando eu tava empreendendo e tive uma experiência engraçada contigo que você não vai lembrar com certeza, mas quando eu tinha uma startup e aqui no Rio tinham uns eventos chamados Circuito Startup

Andre Diamand – Isso eu lembro

Henrique de Moraes – Pois é, e rola a cada quinzena ou todo mês, eu não lembro direito mas eu fui em alguns e em um desses tinha uma inscrição que você fazia pra passar por uma rodada de mentoria

Andre Diamand – No ultimo andar ne?

Henrique de Moraes – Isso, exatamente, eu passei por algumas pessoas super interessantes que eu tento inclusive acompanhar até hoje que é o Ariel do Videolog, e depois enfim, fundou outras empresas, aí passei por várias pessoas e passei por você, e cara você me deu o conselho que foi uma porrada na cara assim, que eu voltei para casa desnorteado, mas assim com razão, era o que eu precisava ouvir, eu fui lá, tava falando da minha startup que na época era um negócio que não tinha nada a ver comigo porque era uma empresa de beleza, um marketplace de beleza, era quase que a Singu anos atrás né, só que eu não entendia de beleza, não entendia de startup, não entendia de porra nenhuma e eu não tinha nenhuma habilidade específica na época, na época eu não trabalhava com marketing, eu não era programador, não fazia porra nenhuma e você me perguntou “O que você vai fazer na empresa, qual é a sua habilidade?”, aí eu falei assim “Cara, eu sou o fundador”, aí você falou “Então na primeira oportunidade que alguém tiver de te tirar, você vai sair, vão botar você para fora da sua própria empresa”, e cara, eu fui pra casa desnorteado pensando nisso, pensando que tinha que desenvolver alguma habilidade específica. Mas porque eu trouxe essa história? Porque você que foi investidor-anjo durante muito tempo, acho que um dos maiores desafios para quem tá numa posição em que as pessoas te buscam né, querendo informação, querendo dinheiro, querendo sugar um pouco ali de você, como você diz não, como você consegue ser tão direto e falar isso sem magoar a pessoa, de uma maneira que seja produtiva e não seja só “Vai tomar no cu e vai embora você daqui”, e eu queria entender assim, levando em consideração tudo que você falou e como é importante você selecionar muito bem o que você vai fazer e como você vai fazer, o que você aprendeu a dizer não, na verdade essa seria a primeira pergunta e assim, queria entender a importância ou não na sua vida e como que você, qual foi o não talvez mais poderoso que você já deu aí ao longo da sua trajetória, porque eu imagino que você tenha dado muitos né, porque como investidor-anjo o máximo de startup que você investe você deve ter investido em 1% das pessoas que entraram em contato contigo

Andre Diamand – Sim, muito, mais uma pergunta difícil que eu tenho que me preparar para os outros papos mas vamos lá, o não para mim sempre foi um desafio porque lembra que eu quebrava toda e aí meus pais me controlaram, “agora você tem que fazer o que a gente manda e tal porque senão você vai morrer”, a minha mãe falava que senão eu ia virar traficante, com 7 anos ela falou pra mim porque realmente era bem estranho mesmo mas assim, e eu aprendi a dizer muito sim nessa troca energética, meu cérebro ficou gordurosamente muito na direção do sim, é esse o erro da sociedade, quando você entender que um, ficar dizendo sim pra todo mundo não vai fazer você ser mais amado, vai fazer você ser menos admirado, um exemplo que eu dou aqui às vezes que tipo quando a galera vai pedir comida, tem sempre aquela galera “Pô quero camarão, tô com desejo de camarão”, que é aquela galera que respeita seu id, sua gula interior né, e aí tem sempre aquela aquela turma do “Ah não gente, vocês pedem aí para mim qualquer coisa tá bom, pode pedir aí carne, peixe, eu não me incomodo”, que são as pessoas que aprenderam a não saber dizer não, nem se impor achando que com isso serão mais amadas e no fundo a galera vai sempre ter uma troca de energia mental “Ah, nem pergunta pra Bruna porque ela sempre fala aquela coisa dela que ela não liga”, você acaba sendo menos amado, na real a minha dica é como você sabe dizer mais não e entendendo que o seu não bem dado vai te gerar mais amor e mais pertencimento do que a sua missão ou o seu sim. Agora, tem que saber criticar, tem que saber dizer não, tem que saber contrapor, e eu uso umas técnicas simples pra isso, primeiro eu sou engraçado, eu falo piada no meio a pessoa ria, já se solta então segundo, eu sempre coloco um preâmbulo, normalmente eu elogio primeiro “Porra Henrique, achei fode sua startup aqui, muito maneira, montou bem mas tem um defeito aqui’, então a pessoa já fica, já ganhei uns pontinhos, agora pode aceitar uma crítica, então existe umas técnicas que eu uso para dizer não mas a melhor coisa da vida é a sinceridade sincericida, tipo assim, só não pode usar isso com aquela sua namorada que tá meio gorda e ela pergunta “Estou gorda meu amo?”, essa aí você tem que mentir sempre, mas o resto todo você tem que falar a verdade, e falar assim “Cara, me dói falar uma coisa que pode estar te magoando nesse momento e você pode estar até ficando com raiva de mim mas não fique com raiva do mensageiro, fique com raiva da mensagem. Melhor, não tenha raiva do que eu tô te passando, ouça porque é total para o seu bem, e você pode discordar” eu falo desse jeito, com essa vozinha e funciona. O maior não da minha vida em termos de importância, vou dar aquela inventada que esse é o maior mas é tipo esse foi importante, foi não ter aceitado virar shadow do vice-presidente da IBM mundial em Nova York com 24 anos pra ser o futuro vice-presidente da IBM muito novo, era o que eles previam para mim, vice presidente mundial e foi difícil dizer não porque era um puta salário, tinha de 23 para 24 anos, a IBM era o Google da época, era a parada e esse foi um não doído mas foi um não bem acertado.

Henrique de Moraes – Tem um cara que eu sou muito fã dele, falo direto inclusive que é o Derek Sivers que é o fundador na verdade da CD Baby, que virou a maior distribuidora de música independente do mundo enfim, depois ele vendeu por alguns milhões também e ele fala que depois de um tempo ele dizia sim pra tudo e ele percebeu que ele estava preenchendo a vida dele com coisas insignificantes e quando surgia uma oportunidade de uma coisa legal para fazer ele não tinha tempo, e aí ele criou uma filosofia de vida é o “Hell Yeah or No”, tipo ou é “Puta que pariu sim pra caralho, quero fazer isso agora, ou não”, não tem meio termo

Andre Diamand – Gostei, me manda depois o nome dele que eu não conhecia essa cara e porra, vou usar isso total. Exatamente, tem que eletrificar, é por isso que vende, por que a pessoa quer fazer “hell yeah”, ela não quer falar “Ai tem que fazer o relatório até segunda-feira”, “tá bom deixa aqui na minha mesa”, ninguém quer viver essa vida, nenhum humano quer e o humano tem medo da morte, ele quer aproveitar a vida agora e curtir entendeu, e ele aprendeu que isso é errado, nossa, a gente vai mudar nossa sociedade por bem ou por mal

Henrique de Moraes – Maravilha cara, tamo junto aí no que eu puder ajudar, já vou comprar, vou me inscrever na lista de espera pra próxima turma, e cara só pra finalizar aqui, onde é que as pessoas podem te encontrar, você falou de Instagram mas quais são as outras redes que você tá mais ativo, tem mais algum outro lugar, tem algum site enfim, fala aí como é que as pessoas podem te encontrar e encontrar o Sexy Canvas

Andre Diamand – O principal é Instagram mesmo @andrediamand e tem o YouTube também que se você der lá um Google ou no YouTube no meu nome você me acha, o canal tá com informação bem densa, tá bem interessante e cola, liga as notificações, o pessoal perde muita coisa porque não é notificado e é por aí

Henrique de Moraes – Verdade. Maravilha. André, obrigadaço foi sensacional o papo cara, divertido e super educativo acho que a galera vai poder tirar bastante informação útil. Pessoal, fiquem ligados aí na próxima turma em setembro, não percam, do Sexy Canvas Academy e cara, espero que de repente sei lá, vai que um dia a gente consegue fazer uma versão número 2 desse bate papo

Andre Diamand – Conte comigo, o papo fluiu bem

Henrique de Moraes – Maravilha, obrigadão cara

Andre Diamand – Obrigado você, um abraço

calminha #3
calminha #2
calminha #1