news da bru: que histórias você está contando?

você piscou e cá estamos na última news da Bru de 2023. a gente falou sobre trabalho, gratidão, resiliência, gênero e um monte de outros temas que nos conectam. e eu acredito que existe um fator crucial para essas conexões acontecerem: narrativas autênticas. então, nada melhor do que encerrar o ano falando sobre essa construção de laços poderosos entre marcas e comunidades, e o melhor, tendo como parceiro nesse conteúdo o perfil Publicitários Periféricos  – tenho nem roupa pra esse encontro, Brasil – um dos meus queridinhos nesse mundão da comunicação.

em um mundo cada vez mais diversificado, é crucial que as marcas adotem narrativas que respeitem e reflitam a pluralidade de suas comunidades. abandonar estereótipos desgastados e abraçar histórias autênticas é o primeiro passo para construir uma conexão genuína, e isso começa com a escuta ativa.

conhecer as histórias, desafios e triunfos das comunidades que servimos é essencial. ao entender suas experiências, podemos criar mensagens e campanhas que ressoam verdadeiramente, construindo uma ponte significativa entre a marca e seu público. não é sobre falar o que a comunidade quer ouvir, é sobre dar papel e caneta para que eles mesmos escrevam suas histórias.

ao demonstrar compreensão e compartilhar valores, as marcas podem ir além de simples transações comerciais, tornando-se parte integrante da vida cotidiana de seus consumidores. o que dizer dos movimentos pink money e black money, por exemplo?

para o primeiro, é ir além das bandeiras coloridas e exploramos o verdadeiro significado do “pink money”. representando o poder de compra da comunidade LGBTQ+, este é mais do que um mercado; é uma expressão de identidade e uma comunidade unida por valores compartilhados.

o  “black money” não é apenas sobre transações comerciais; é sobre reconhecimento e respeito pela comunidade negra. um mergulho sobre narrativas que reconhecem a riqueza da história, cultura e aspirações desta comunidade. então a pergunta que fica é:

como as marcas podem construir conexões autênticas, indo além da superficialidade, contribuindo para o empoderamento econômico e social?

vou deixar que a Karina Fernandes, do Publicitários Periféricos, responda essa:

“começamos já com uma pergunta daquelas que aluga uma mansão na cabeça, rs. eu acredito que conexões autênticas são feitas com consistência, posicionamento e propósito. nós sabemos que pra quase todas as empresas o objetivo final é o lucro, mas quando ela consegue alinhar isso à vontade de devolver algo de valor pra comunidade, ela cria uma relação mais genuína. um bom exemplo disso são as marcas presentes na Batekoo (maior plataforma e festival para comunidade negra e LGBTQI+ do Brasil). é fácil identificar em uma campanha delas o respeito e conhecimento pela nossa cultura. como a Nivea, presente no festival e também na novela Vai Na Fé, produção recente de maior elenco negro da Glô. e claro, se a marca tem uma liderança diversa ela já começa a ter empoderamento econômico e social na sua estrutura”

a inclusão é a base de narrativas autênticas. explorar estratégias para garantir que as campanhas não apenas representem, mas também celebrem a diversidade. ao criar campanhas, é crucial ir além dos estereótipos superficiais e capturar a riqueza de experiências, identidades e perspectivas que compõem a verdade sobre quem somos. a inclusão autêntica reflete a complexidade da vida real.

como profissional de criação, Karina aprendeu que campanhas são construídas a partir de dados, mas também de bagagem criativa – as nossas vivências. e isso é algo que a periferia tem em grandes quantidades! um olhar atento à nossa cultura identifica criações na música, moda e tecnologia que saíram das periferias.

segundo o IBGE/22, cerca de 16 milhões de pessoas vivem em favelas no Brasil. uma marca que coloca uma pessoa de periferia estrelando seu comercial, está olhando pra essas 16 milhões de pessoas e dizendo “ei, minha marca é pra você também”. isso falando apenas de negócios, porque existe algo ainda mais mágico, que é a criança periférica se ver refletida em algo e passar a admirar seu reflexo.

esperamos que essa news faça você refletir sobre como as marcas podem e devem incorporar narrativas autênticas em sua estratégia. sabemos que juntos, podemos construir laços poderosos, impulsionando não apenas o crescimento comercial, mas também o fortalecimento social.

beijocas e até 2024!