a economia do cuidado é um conceito que vem ganhando cada vez mais atenção e reconhecimento na sociedade contemporânea. refere-se a todas as atividades necessárias para a reprodução da vida e do bem-estar humano, incluindo o cuidado com crianças, idosos, doentes e outras pessoas dependentes, bem como as tarefas domésticas.

mas será que a gente realmente consegue ver e valorizar este setor que desempenha um papel crucial no funcionamento das economias e na promoção do bem-estar social? e indo além: quem cuida de quem cuida?

O VALOR ECONÔMICO DO CUIDADO

o trabalho de cuidado, em sua maioria realizado por mulheres, muitas vezes não é remunerado ou é mal remunerado. isso reflete uma desvalorização histórica dessas atividades, que são essenciais para a sustentação da sociedade. um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que, no Brasil, as mulheres dedicam em média, 18,5 horas semanais ao trabalho não remunerado de cuidado, em comparação com 10,3 horas dos homens.

este trabalho invisível contribui significativamente para a economia. de acordo com o relatório, se todo o trabalho de cuidado não remunerado fosse remunerado com base no salário mínimo, ele representaria 9% do PIB global. no Brasil, esse percentual seria de aproximadamente 11% do PIB nacional.

TENDÊNCIAS E IMPACTOS SOCIAIS

O estudo “De Olho nas Tendências em 2024“, da Globo, aponta que a valorização do trabalho de cuidado é uma das principais tendências para os próximos anos. com o envelhecimento da população e as mudanças nas estruturas familiares, a demanda por cuidados está crescendo rapidamente. este cenário pressiona governos e empresas a repensarem políticas e práticas para apoiar cuidadores, tanto remunerados quanto não remunerados.

a pandemia de COVID-19 também trouxe à tona a importância do cuidado. o aumento da carga de trabalho doméstico e de cuidado durante os períodos de isolamento social destacou as desigualdades de gênero e a necessidade de políticas públicas mais eficazes. incentivos fiscais, subsídios para creches e programas de apoio para cuidadores são algumas das medidas que podem ser implementadas para valorizar e apoiar esse trabalho essencial.

MAS ISSO TEM RELAÇÃO COM A PUBLICIDADE?

a resposta é com certeza! no campo da publicidade, a valorização da economia do cuidado representa uma oportunidade para marcas se conectarem de forma mais profunda e autêntica com seus públicos. as empresas que reconhecem e apoiam o trabalho de cuidado podem se destacar positivamente no mercado.

como eu estou aqui para te ajudar sempre, listei 4 formas que isso pode acontecer:

  1. Campanhas de Conscientização: marcas podem lançar campanhas que destacam a importância do trabalho de cuidado e promovem a igualdade de gênero na divisão dessas tarefas. isso não só aumenta a conscientização, mas também alinha a marca com valores sociais positivos.
  2. Apoio a Políticas de Cuidado: empresas podem oferecer benefícios como licença parental estendida, horários flexíveis e subsídios para cuidados infantis, não apenas para atrair e reter talentos, mas também para demonstrar compromisso com o bem-estar de seus funcionários.
  3. Produtos e Serviços: desenvolver produtos e serviços que facilitam o trabalho de cuidado pode criar uma conexão direta com consumidores que valorizam essas atividades. por exemplo, eletrodomésticos que economizam tempo ou serviços de entrega que simplificam a vida cotidiana.
  4. Parcerias e Patrocínios: apoiar organizações e iniciativas que trabalham com cuidado, seja por meio de patrocínios ou parcerias, pode reforçar a imagem de uma marca como socialmente responsável e atenta às necessidades da comunidade.

por hoje é isso pessoal. até breve!