julices: prazer, Barbie Estranha [hey, Weird Barbie]

o recém lançado live-action de Barbie pintou o mundo de rosa e levou milhões de pessoas aos cinemas. sucesso de bilheterias, o filme passeia pelo universo das bonecas, incluindo aquelas que foram descontinuadas pela Mattel. a minha favorita, claro, foi a “Barbie Estranha”, brilhantemente interpretada por Kate McKinnon.

das tantas reflexões que o filme me trouxe, essa talvez tenha sido a mais alinhada ao momento em que me encontro na vida pessoal e profissional: a liberdade de ser quem eu sou.

enquanto a Barbie tradicional (estereotipada) nos enfiou goela abaixo padrões de beleza e estilos de vida inatingíveis, a Barbie Estranha surge como um grito de liberdade de expressão e autenticidade. no enredo, McKinnon é a personificação de bonecas com que uma criança “brincou demais”.

quem nunca imaginou um salão de beleza e meteu uma tesoura cega no cabelo da barbie novinha que atire a primeira pedra! a Barbie Estranha nada mais é que uma expressão criativa da infância: rabiscos coloridos feitos por canetinhas desbastadas, cabelo picotado, espacates, roupas divertidas e hobbies que vão desde criar robôs até fazer malabarismo com flamingos.

ao contrário do glamour e “bom comportamento” da versão tradicional, a estranha é uma lufada de ar fresco, uma celebração de todos aqueles que não se encaixam em moldes convencionais. um convite pra rir na cara dos padrões.

no fim das contas, ela me lembrou que ser estranho é um elogio. abraçar nossas peculiaridades e deixar nossa personalidade brilhar talvez seja o combustível na estrada em direção à saúde mental e felicidade genuína. e não tô dizendo que é fácil: abrir mão da censura e remar contra a maré da conformidade exige muita coragem – e um esforço braçal.

e dito isso, praticar o exercício de julgar menos é outro ponto importante aqui. não adianta negar: todos nós já apontamos o dedo pra alguém. deixar os outros serem quem são é um presente que podemos dar à sociedade: cada um na sua jornada individual, lutando pra se livrar dessa monotonia que só nos adoece.

então vamos fazer um combinado? eu e você? vamos botar a cara no mundo, expor nossas opiniões, hobbies e características sem medo – e respeitar as das pessoas colegas também.

a vida é curta demais para viver entediado em função das expectativas dos outros.

bora viver de forma plena?

SE JOGA!