tendência 2025: economia da impaciência
você já se pegou pesquisando “como resolver X coisa em 5 minutos” ou clicando salvando aquela checklist que promete mudar sua vida em 10 passos? calma, você não está sozinho (ou sozinha), além de mim, tem uma galera com esse mesmo comportamento e, acreditem, isso virou tendência. segundo o relatório Life Trends 2025 da Accenture, 55% das pessoas preferem soluções rápidas aos métodos tradicionais, e muitos estão dispostos a assumir riscos para atingir metas de saúde, bem-estar ou finanças. parece familiar? pois é, vivemos na era da economia da impaciência.
mas, afinal, por que estamos todos tão apressados? a resposta estaria em dois fatores-chave apontados pelo relatório:
- a tecnologia nos dá atalhos como nunca antes: redes sociais e buscadores facilitam o acesso a soluções práticas para quase tudo.
- o poder da coletividade: a ****internet se tornou o maior grupo de apoio do mundo, com pessoas compartilhando hacks, experiências e dicas que desafiam o status quo.
essa nova forma de viver tem muito a ver com empoderamento pessoal, mas também carrega armadilhas.
O lado bom (não sei se é essa a palavra) da pressa
com a economia da impaciência, as pessoas não esperam mais por soluções institucionais: buscam respostas imediatas em conteúdos online, desde vídeos de influenciadores a fóruns cheios de conselhos.
precisa de dicas de treino, tentar formatar o computador, dicas de limpeza para aquela gordura encrustada? muitos recorrem a criadores digitais que entregam respostas rápidas (mesmo que nem sempre precisem de aprofundamento da área).
o relatório também mostrou que 28% das pessoas começaram uma atividade paralela no último ano. boa parte dessa inspiração veio de hashtags como #liberdadefinanceira, que democratizam o acesso ao conhecimento sobre dinheiro.
para as marcas, esse cenário traz oportunidades incríveis de criar conexão genuína. produtos ou serviços que entregam conveniência, como apps de saúde e bancos digitais, estão alinhados com esse novo comportamento. se você, enquanto marca, consegue ser “o atalho” na vida de alguém, bingo!
O custo (não sei se é essa a palavra) da pressa
por outro lado, precisamos falar sobre os riscos. essa busca por rapidez pode levar à desinformação ou escolhas precipitadas. por exemplo, a automedicação via redes sociais pode gerar diagnósticos errados ou tratamentos inadequados.
outro dado preocupante é o que jovens têm explorado caminhos arriscados, como o crescimento do jogo online — 16% das pessoas relataram praticar frequentemente, segundo o relatório.
aqui entra o maior desafio para as marcas: como oferecer soluções rápidas sem sacrificar a profundidade e a confiabilidade? um conteúdo atraente, mas mal fundamentado, pode gerar frustração ou até prejudicar a reputação da marca.
E agora, faz o que?
marcas que entendem esse comportamento podem usar a impaciência como um ponto de partida, e não um obstáculo. mas isso exige equilíbrio:
- seja prático, mas profundo: não basta ser rápido, é preciso ser útil. vídeos curtos e conteúdos bem-humorados podem capturar a atenção, mas só funcionam a longo prazo se entregarem valor real.
- crie confiança: em tempos de pressa, confiança é moeda. use dados claros, reviews honestos e até humor (quem nunca confiou mais em uma marca que faz você rir?).
- entenda que nem tudo é urgente: por mais que a pressa seja uma tendência, há valor em lembrar as pessoas que algumas coisas levam tempo — e tudo bem.
pra mim, a impaciência não é boa ou ruim por si só, mas sim uma lente para entender como queremos interagir com o mundo. como marca (ou pessoa), o importante é equilibrar a rapidez com a qualidade, lembrando que o que é valioso na vida nem sempre (na verdade, raramente) cabe em 5 minutos.