hoje quero abrir o coração sobre algo que aconteceu comigo recentemente. tudo começou com uma situação aparentemente simples, mas que me deixou em um nível de estresse que, confesso, foi difícil de controlar. era um daqueles dias caóticos, com prazos apertados, cobranças por todos os lados e a sensação de que tudo estava fora de controle.

até que, em meio a tudo isso, meu corpo começou a dar sinais de alerta: palpitação, mãos suando e, sem aviso, um choro que eu não consegui segurar. uma crise de ansiedade. ali, no meio do turbilhão, parecia que o mundo estava desabando.

o interessante é que, quando a crise passou e consegui respirar fundo, percebi que a situação não era tão grave quanto parecia. as coisas se resolveriam, de um jeito ou de outro. e foi nesse momento de clareza que me perguntei: por que eu sofri tanto?

O ESTRESSE COMO REAÇÃO NATURAL

estresse, segundo os especialistas, é uma resposta natural do nosso corpo a situações desafiadoras. o problema é que, muitas vezes, exageramos essa resposta.

de acordo com o relatório Stress in America™ 2020, da American Psychological Association, o estresse prolongado desde o início da pandemia de Covid-19 teve um impacto notável na saúde geral, refletido no aumento de doenças crônicas. entre os adultos de 35 a 44 anos, por exemplo, os casos subiram de 48% em 2019 para 58% em 2023. essa faixa etária também registrou o maior crescimento em diagnósticos de saúde mental, passando de 31% em 2019 para 45% em 2023. o pior? apenas uma parcela busca ajuda ou aprende a lidar com isso de forma saudável.

se você também sente que não sabe gerenciar o estresse, saiba que não está sozinho. e sim, dá para aprender a fazer isso melhor (spoiler: ainda estou nesse processo).

ALGUMAS COISAS QUE ESTOU TENTANDO

  1. pausa consciente:durante os momentos mais tensos, faço um esforço consciente para parar e respirar. parece clichê, mas ajuda a desacelerar o ritmo da mente.
  2. delegar e priorizar:nem tudo precisa ser resolvido ao mesmo tempo ou por mim. estou aprendendo (com dificuldade) a pedir ajuda e estabelecer prioridades reais.
  3. falar sobre:admitir que você está sobrecarregado é libertador. pode ser com um amigo, terapeuta ou até alguém do trabalho. compartilhar alivia o peso.
  4. identificar gatilhos:comecei a perceber padrões no que me estressa. só de identificar, já me sinto mais preparada para lidar com esses momentos no futuro.

é um fato que a vida vai “jogar na caixa dos nossos peitos”, como se diz aqui na Bahia, situações desafiadoras. mas será que precisamos reagir a todas como se fossem emergências? quando olho para trás, percebo que poderia ter lidado melhor com aquele dia. não porque eu “falhei”, mas porque talvez eu tenha esquecido de uma coisa importante: o que não se resolve hoje, pode ser resolvido amanhã. e quase nada é o fim do mundo.